Uma das mais longínquas e das mais jovens galáxias do Universo aparece como um ponto vermelho fraco, nesta imagem do Hubble. É a imagem mais profunda do Universo, obtida com infravermelhos.
A galáxia de nome UDFj-39546284 é uma galáxia compacta de estrelas azuis que existiu 480 milhões anos após o Big Bang, o que a torna na mais jovem (mais primitiva) das que se conhecem. É uma galáxia minúscula, na direcção da constelação de Fornax. Seriam precisas mais de uma centena para fazer a Via Láctea.
O anterior record era da galáxia UDFy-38135539, também encontrada pelo telescópio Hubble e posteriormente observada com o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Os astrónomos encontraram evidências de que a taxa com que o universo estava a formar estrelas cresceu vertiginosamente em cerca de 200 milhões de anos. A taxa de nascimento de estrelas aumentou em cerca de um factor de dez ao passar de 480 milhões de anos para 650 milhões de anos após o Big Bang.
Os resultados do Hubble mostram que a taxa de nascimento de estrelas no Universo mudou radicalmente ao longo de apenas 170 milhões ano, aumentando dez vezes de 480 milhões de anos após o Big Bang, a 650 milhões de anos, e duplicando novamente nos próximos 130 milhões anos.
Esta grande mudança na taxa de nascimento de estrelas significa que, se for possível observar um pouco mais para trás no tempo, talvez se possa encontrar as primeiras estrelas que apareceram no Universo. A descoberta desta galáxia sugere que se está cada vez mais perto. Os astrónomos esperam que o Telescópio Espacial James Webb, sucessor do Hubble, consiga ir um pouco mais além no conhecimento da origem e história do Universo.
O Telescópio Espacial Hubble encontrou a maioria das candidatas a galáxias mais distantes do Universo.
O estudo, publicado na revista Nature, foi realizado por um grupo internacional de astrónomos liderados por Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia e Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden (Holanda).
Mais informações em: HubbleNewsCenter e El Mundo
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