sábado, 30 de abril de 2011

Momento Musical

Depois de reger o célebre coro dos escravos, "Va pensiero", do terceiro acto da Ópera Nabucco de Verdi, Riccardo Muti voltou-se para a plateia e, recordando o significado patriótico de "Va pensiero", pede ao público presente no Teatro da Ópera de Roma que o cante nesse momento, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça contida nos planeados cortes do orçamento da Cultura (em Itália).

Europa pode estar a mergulhar por baixo de África

Um estudo de geofísicos holandeses sugere que a Europa pode estar começando a mergulhar sob a África, dando origem a uma nova zona de subducção, o que aumenta o risco de actividade sismica no Mediterrâneo, como terramotos e tsunamis.

Mar Mediterrâneo (Europa à esquerda e África à Direita) - Fonte: wikipédia

As zonas de subducção formam-se quando placas tectónicas colidem, com uma placa mergulhando, no manto terrestre, por baixo da outra. Às vezes essas colisões são graduais, mas frequentemente elas ocorrem em grandes saltos, desencadeando terramotos. Geralmente as zonas de subducção estão localizadas no leito marinho, por isso os terramotos também originam tsunamis, tal como aconteceu no Japão, em Março deste ano, e em Sumatra em 2004.
Há milhões de anos que a placa Africana, que contém parte do leito do Mediterrâneo, se desloca para norte, em direcção à placa Eurasiática, cerca de um centímetro por ano.
Estudando os terramotos na região, os cientistas acreditam que pode estar a formar-se uma nova zona de subducção no ponto de encontro das duas placas, ao longo da costa da Argélia e do norte da Sicília.
Para Rinus Wortel, líder do estudo e geofísico da Universidade de Utrecht, na Holanda, “A formação de novas zonas de subducção é muito raro”.

Placas tectónicas - Fonte: wikipédia

No entanto, de acordo com Wortel, há cerca de 30 milhões de anos, a situação era oposta, era a placa africana que mergulhava sob a eurasiana, ao longo de uma ampla zona de subducção no Mediterrâneo ocidental.
Como as placas continuaram a convergir, foram-se acumulando tensões tectónicas. Parte dessa tensão foi aliviada quando a placa eurasiática se dobrou para produzir as cordilheiras dos Alpes, do Cáucaso e de Zagros.
Agora, segundo a equipa de Wortel, a subducção recomeçou, mas com a Europa deslizando para baixo da África. A descoberta foi anunciada durante a reunião da União de Geociência da Europa, em Viena.
Para Wortel, a formação de uma zona de subducção é um processo lento: “Acontecem numa escala de tempo de vários milhões de anos”. O cientista acredita que os dados podem implicar que o risco de terramoto no oeste do Mediterrâneo vem sendo subestimado, e pode estar aumentando.

Localização potencial do epicentro do terramoto de 1755, que destruiu Lisboa, e tempos de chegada do tsunami, em horas após o sismo - Fonte: wikipédia

O Mediterrâneo não é considerada uma região de grande actividade sísmica, não da grandeza do que aconteceu no Japão, no entanto o risco pode existir.
Em 1908, morreram 70.000 pessoas em Messina, quando um terramoto de magnitude 7,1 causou ondas com altura estimada de 12 metros.
E em 1755, a oeste de Gibraltar, um dos mais devastadores terramotos da história europeia destruiu Lisboa, originando uma onda gigante que matou mais de 100.000 pessoas.
Fonte: ÚltimoSegundo

Aranhas (e borboletas) no espaço

Na sua última viagem, o vaivém espacial Endeavour (missão STS-134) transporta dois passageiros especiais, duas aranhas "Nephila clavipes" que fazem parte de uma investigação científica (CSI-05), em que os pesquisadores observam os hábitos do aracnídeo em ambiente de microgravidade.
A investigação utiliza o ambiente de microgravidade único da Estação Espacial Internacional (ISS) como parte da formação na sala de aula, para estimular a aprendizagem e interesse em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (a experiência também é realizada por alunos na Terra). É realizado em parceria com BioServe Space Technologies, da Universidade de Colorado.

Fêmea de Nephila clavipes (aranhas de ouro) na sua teia - Crédito: NASA/Danielle Anthony

Cada aranha viaja no seu habitat, uma espécie de sala de estar, sala de tecelagem para a teia e onde encontra moscas da fruta como fonte de alimento. Os habitats serão transferidos para a Estação Espacial Internacional e instalados de modo a manter uma temperatura adequada, humidade e ciclo de iluminação para as aranhas e a sua fonte de sustento de moscas da fruta.

Habitat da aranha durante a investigação no espaço - Crédito: NASA/BioServe

Esta é a segunda pesquisa realizada com aranhas na Estação Espacial Internacional, a primeira foi (CSI-03) que também viajou com o vaivém espacial Endeavour, na sua missão STS-126. O objectivo foi analisar a capacidade das aranhas para tecer uma teia, comer e manter-se saudáveis no espaço.
Nesta primeira investigação foram usadas duas aranhas, "Larinioides patagiatus" e "Metepeira labyrinthea", seleccionadas especificamente pela simetria da formação da sua teia.

Aranha tecendo a teia em CSI habitat-03, a bordo da Estação Espacial Internacional, durante a Expedição 18 da ISS. Embora existam duas aranhas a bordo da ISS, apenas uma era visível quando a equipa filmou o video.

O par de aranhas actualmente previstos para a investigação em CSI-05 são aranhas "Nephila clavipes", que tecem uma teia assimétrica a três dimensões.
As moscas não são, contudo, simplesmente alimento para as aranhas. Elas são objecto de um estudo secundário. Os cientistas pretendem analisar a sua mobilidade ao longo do tempo, para ver se e como eles reagem ao ambiente de microgravidade. Pretende-se observar o crescimento, padrões de comportamento e de vôo à medida que as moscas se desenvolvem. A investigação ajudará a compreender mais claramente como organismos diferentes são afectados pelo ambiente de microgravidade.
A investigação CSI-03 também analisou o ciclo de vida completo de borboletas "senhoras pintadas" "Vanessa cardui ".
Vídeo time-lapse da borboleta, em órbita a bordo da Estação Espacial Internacional. Este vídeo é uma compilação de imagens capturadas do habitat, durante um período de três semanas, mostrando as metamorfoses da borboleta.


Antes da Estação Espacial Internacional, em 1973, duas aranhas comuns viajaram até ao espaço, lançadas na nave espacial Apollo com a tripulação do segundo Skylab. Teceram as suas teias, embora com algumas dificuldades, acabando por chegar à Terra já mortas por desidratação.
Arabella e Anita, aranhas comuns Araneus diadematus, estiveram no espaço com a tripulação do Skylab - Fonte: Skylab SP-401, em sala de aula no espaço

Fonte: NASA

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma verdadeira incógnita(X)

Cratera X - Crédito: NASA / Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory / Instituição Carnegie de Washington

Imagem de uma cratera de Mercúrio, ainda sem nome. As linhas perpendiculares que a atravessam são cadeias de crateras secundárias, causadas por material ejectado a partir de dois impactos primários fora do campo de visão.
A cratera tem 116,5 Km de diâmetro e a imagem foi obtid pela sonda MESSENGER, em 24 de Abril de 2011.
Fonte: MESSENGER

Exposição com dinossáurios robóticos em Londres


A exposição "Era do Dinossauro", no Museu de História Natural de Londres, combina robôs e efeitos de computação gráfica para dar ao visitante uma ideia de como era o mundo há cerca de 65 milhões de anos.
Os dinossáurios são mostrados num contexto ecológico o mais real possível, conjuntamente com outros animais e plantas dos períodos Jurássico e Cretáceo e também os seus fósseis.
Fonte: ÚltimoSegundo

Magnetosfera da Terra

Magnetosfera da Terra. As linhas de cor laranja e azul representam as linhas de campo da Terra com polaridades opostas, norte e sul - Crédito: Earth Observatory

O núcleo de ferro da Terra comporta-se como um grande íman e cria à sua volta um campo magnético. Esta ilustração mostra o campo magnético à volta da Terra - a magnetosfera - como deve parecer vista do espaço. É uma visão baseada em observações científicas reais que têm sido feitas desde o início da Era Espacial.
As linhas do campo não são visíveis, mas podem ser detectadas por sensores que detectam partículas atómicas, protões e electrões carregados que se movem no espaço ao redor da Terra. A magnetosfera é comprimida no lado voltado para o Sol e esticada para o lado da sombra da Terra. Isso é causado pelo vento solar, uma corrente de partículas de alta velocidade que flui para fora do Sol.
 
A magnetosfera protege a superfície da Terra das partículas carregadas do vento solar. É comprimida no lado diurno (Sol) devido à força das partículas que chegam, e estendida no lado nocturno - Fonte: wikipédia

Tal como a camada de ozono, a magnetosfera é importante para a vida na Terra, pois protege-a da maior parte da radiação nociva e plasma quente do Sol, desviando-o para o espaço. O campo magnético é constantemente assolado pelas emissões solares, que podem formar correntes eléctricas que fluem no espaço à volta da Terra, correntes que podem interromper as transmissões de rádio e danificar satélites, num fenómeno conhecido como o clima espacial. Mas também podem produzir belas auroras.



Fonte: Earth Observatory

O vaivém espacial Endeavour durante a tempestade - lançamento adiado

Vaivém espacial Endeavour - Crédito: NASA/Bill Ingalls

O vaivém espacial Endeavour permanece na plataforma de lançamento 39A durante a tempestade que passou, quinta-feira, 28 de Abril de 2011, no Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, na Flórida. O seu lançamento para missão STS-134 foi adiado devido a problemas técnicos.
Endeavour é o quinto vaivém espacial e último construído pela Nasa. Foi construído para substituir o Challenger, que explodiu matando toda a tripulação logo após a descolagem, em 1986. O último vôo do vaivém espacial Atlantis, está programado para 28 de Junho.

Fonte: NASA

A viagem mais distante da Humanidade

Após 33 anos da sua partida da Terra, as sondas gémeas Voyager da NASA encontram-se na borda do sistema solar e ainda continuam activas, recebendo e enviando mensagens. Actualmente, as sondas ainda estão na heliosfera, uma bolha gigante feita de plasma solar e campos magnéticos. A heliosfera é aproximadamente três vezes maior do que a órbita de Plutão. Todos os planetas, asteróides, naves espaciais, e formas de vida que pertencem ao nosso sistema solar estão dentro dela.

Ilustração com as duas sondas Voyager da NASA, atravessando uma região turbulenta do espaço, a heliosfera, a casca exterior da bolha de partículas carregadas em torno de nosso Sol - Crédito: NASA / JPL-Caltech

Não se sabe ao certo quantos quilómetros faltam para que a Voyager 1, a mais adiantada, entre no espaço interestelar. A maioria dos pesquisadores acredita que acontecerá no prazo de cinco anos. As Voyagers obtêm energia pelo decaimento radioactivo de uma fonte de calor plutónio 238, que deve manter os sistemas das naves funcionando pelo menos até 2020.
Depois disso, a "Voyager tornar-se-á o nosso embaixador em silêncio para as estrelas".
Cada sonda está equipada com um disco de ouro, "Golden Record", literalmente, um registo fonográfico de cobre revestido de ouro. Contém fotografias da Terra, música do mundo, um ensaio de áudio com sons da Terra; saudações em 55 línguas humanas e uma língua de baleia; as ondas cerebrais de uma jovem apaixonada e saudações do secretário-geral das Nações Unidas. Uma equipa liderada por Carl Sagan montou o registo como uma mensagem a possíveis civilizações extraterrestres que possam encontrar a nave espacial.

Cada uma das duas Voyagers, lançadas em 1977, transporta um registo fonográfico de 12 polegadas, banhado a ouro, com imagens e sons da Terra. A capa do Golden Record, mostrada na parte superior direita, tem instruções explicando como usar o registo, um diagrama mostrando a localização do nosso Sol e os dois estados mais baixos do átomo de hidrogénio, como um relógio de referência fundamental. A imagem à esquerda é uma ampliação do interior do registo - Crédito: NASA/JPL-Caltech

"Um bilião de anos a partir de agora, quando tudo o que fizémos na Terra estiver reduzido a pó, quando os continentes mudarem para além do reconhecimento e a nossa espécie estiver inimaginavelmente alterada ou extinta, o registo Voyager falará por nós", escreveu Carl Sagan e Ann Druyan, na introdução para uma versão em CD.
Este vídeo apresenta destaques das viagens Voyager aos planetas exteriores, e mostra onde se encontram agora, na heliosfera, prontas para entrar no espaço interestelar.



Fonte: NASA

Link relacionado:
Há 25 anos, a sonda Voyager 2 visitou Urano
Sondas Voyager 1 e 2

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Andrómeda em várias cores


Os telescópios espaciais da ESA observaram a vizinha galáxia de Andrómeda, também conhecida como M31, em diferentes comprimentos de onda. A maioria destes comprimentos de onda são invisíveis a olho nu e cada um apresenta um aspecto diferente da natureza da galáxia.
A luz visível, visto por telescópios ópticos terrestres, revela as várias estrelas brilhantes da galáxia de Andrómeda, mas é apenas uma pequena parte do espectro de radiação eletromagnética. Há muitos comprimentos de onda que são invisíveis para nós, mas que são revelados pelos telescópios em órbita no espaço.

A Guarda Costeira do Japão divulgou novas imagens do tsunami


A Guarda Costeira do Japão divulgou novas imagens do tsunami que atingiu o país depois do terramoto de 11 de março.
Mais de um mês depois da catástrofe, o Japão ainda busca as vítimas desaparecidas. Muitas pessoas foram arrastadas para o alto-mar e outras ficaram soterradas pelos escombros e pela lama.
O governo enviou cerca de 25 mil soldados para uma nova busca por vítimas. Até agora, 14.238 pessoas foram confirmadas mortas e 12.228 continuam desaparecidas. Outras 139.350 pessoas continuam vivendo em abrigos provisórios.
Fonte: ÚltimoSegundo

Número recorde de baleias e krill encontrados nas baías da Antárctida

Cientistas observaram um número elevado de baleias-jubarte, mais de 300, alimentando-se numa grande concentração de krill antárctico, como já não se via há mais de 20 anos, nas baías ao longo da Península Antárctida Ocidental.

A baleia-jubarte ou baleia-de-bossa, Megaptera novaeangliae, é uma espécie ameaçada - Fonte: wikipédia

Os avistamentos foram feitos durante o outono austral, em águas ainda não geladas, o que sugere que estas baías são importante locais de alimentação para esta espécie ameaçada, mas revelam também os impactos rápidos das alterações climáticas na região.

O Krill é o alimento de muitas espécies na Antárctida - Fonte: wikipédia

Esta concentração de baleias e krill foi monitorada por uma equipa da Universidade Duke, durante uma expedição de seis semanas nas baías da Península da Antárctida, em Maio de 2009, segundo um estudo publicado na revista “PLoS ONE”.

Tornados causam destruição nos Estados Unidos


Tornados e tempestades já mataram algumas pessoas na região central dos Estados Unidos. Os ventos fortes estão a causar destruição em diversas cidades do centro e sul do país.
Só no mês de Abril, mais de 400 tornados já atingiram a região. Alguns são acompanhados por chuvas torrenciais e alagamentos.
Os Estados de Tenessee, Arkansas, Texas e Missouri continuam em alerta, com previsão de novas tempestades nos próximos dias.
Fonte: ÚltimoSegundo

Link relaconado:
Tempestades e tornados matam dezenas no sul dos EUA

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Caranguejo-rei invade a Antárctida

Milhares, talvez milhões, de caranguejos-rei estão a deixar as águas frias profundas e deslocam-se subindo em direcção à Antárctida.
De acordo com James McClintock, professor de Biologia Marinha Polar da Universidade do Alabama em Birmingham, e outros pesquisadores da vida marinha interessados ​​no continente, a situação é muito preocupante porque o ecossistema vulnerável pode ser eliminado.

Caranguejo-rei, Paralithodes camtschaticus - Fonte: wikipédia

Os caranguejos não existem na Antárctida, o continente mais austral da Terra, talvez há milhões de anos por causa das baixas temperaturas. No entanto algo deve ter mudado, pois eles já estão a aproximar-se da plataforma que circunda a Antárctida, vindos de zonas profundas entre 1.800 e 2.700 metros (6.000 e 9.000 pés).
Os moluscos, caracóis e estrelas do ecossistema, por causa da adaptação ao seu ambiente, têm protecções macias e nunca tiveram predadores deste tipo. Poderão ser a principal presa para os caranguejos-rei.
A perda de moluscos únicos pode comprometer organismos com compostos usados no combate a doenças, como as ascídias, por exemplo, que produzem um agente que combate o cancro de pele. O desaparecimento destas espécies pode significar a perda da cura para doenças.

Ascídias, ilustração de Ernest Haeckel - Kunstformen der Natur , 1904 - Fonte: wikipédia

Não se conhece a causa desta invasão, mas os cientistas acreditam que está ligada ao aquecimento do clima pela intervenção humana.
O aparecimento dos caranguejos-rei pode trazer, ainda, outros impactos para a Antárctida. A região tem vindo a tornar-se um destino popular para turistas, mas agora os caranguejos estão a atrair também os pescadores.
Segundo McClintock, "Todo o ecossistema pode mudar. E isto é apenas o exemplo de uma espécie expandindo-se para um novo território. Certamente haverá mais à medida que o clima for aquecendo".
Fonte: ScienceDaily

Nave de carga russa Progress no abastecimento da Estação Espacial Internacinal

Crédito: NASA

A nave russa, não tripulada, Progress 41, um veículo da abastecimento, afasta-se da Estação Espacial Internacional, em 22 de Abril. A nave, repleta de lixo e objectos descartados, permanecerá em órbita a uma distância segura da estação para testes de engenharia, antes de fazer uma reentrada destrutiva na atmosfera terrestre sobre o Oceano Pacífico.
Brevemente, chegará à estação espacial outra nave de carga, a Progress 42, que foi lançada hoje a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, para entregar três toneladas de alimentos, combustíveis e reabastecimentos para a tripulação da Expedição 27.

Robô de corpo macio imita movimento rápido de algumas lagartas

Cientistas da Universidade de Tufts, em Massachusets, conseguiram construir um robô que imita o rápido movimento de uma lagarta, quando escapa do perigo. O robô, de 10 cm de comprimento, foi baptizado de GoQBot e é feito de silicone macio.
Algumas lagartas têm a capacidade extraordinária de enrolar-se rapidamente e saltar para escapar dos predadores, e este movimento, chamado de "rolamento balístico", é considerado um dos mais rápidos que se conhecem na natureza. Os pesquisadores acreditam que o robô com esta capacidade poderá ser usado em operações de busca e salvamento de humanos em desastres.
A pesquisa vem publicada na revista "Bioinspiration & Biomimetics", e é acompanhada de um vídeo que demonstra o movimento da lagarta e do robô que a imita.


O GoQBot foi projetado para copiar especificamente a morfologia funcional de uma lagarta. A denominação "Q" faz referência à forma adoptada pelas lagartas antes de pular e que permite que se afastem para longe, rolando a mais de meio metro por segundo.
Fonte: ÚltimoSegundo / EurekAlert (inglês)

Protestos contra a energia nuclear assinalaram o aniversário da catástrofe de Chernobyl


Em vários países do mundo, protestos contra a energia nuclear marcaram o 25º aniversário da grande catástrofe de Chernobyl, ocorrida na Ucrânia, em 26 de abril de 1986, com a explosão do reactor 4 da central nuclear. A recente fuga de material radioactivo da central nuclear de Fukushima, no Japão, levantou, mais uma vez, a questão da segurança da energia nuclear.
Ver fotos das manifestações neste endereço.

Link relacionado:
Chernobyl, 25 anos depois (galeria de imagens)
Turismo radioactivo (em espanhol)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Aniversário do naturalista John James Audubon

Audubon viajou em busca das aves que queria desenhar. Ele procurou os seus modelos na Natureza, na época uma abordagem totalmente nova da ilustração científica. No entanto não era um ecologista, porque primeiro matava os animais que pretendia ilustrar. Uma vez mortas, as aves eram repostas em posição de vida com arames e então desenhadas - Fonte: wikipédia

John James Audubon (26 de Abril de 1785 – 27 de Janeiro 1851) foi um naturalista e ornitólogo americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. "The Birds of America" (As Aves da América em língua portuguesa), considerada uma das melhores obras de ornitologia, foi o seu trabalho mais conhecido, deu-lhe grande popularidade e sucesso comercial.
Audubon identificou 25 novas espécies e várias novas sub-espécies de aves.

Imagem de "Aves da América" ilustrando o cisne-trombeteiro, Cygnus buccinator - Fonte: wikipédia

O prestígio científico alcançado pela obra permitiu-lhe tornar-se o segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a ser incluido na Royal Society britânica para as ciências.

Vôo final do vaivém espacial Endeavour

O vôo final do vaivém espacial Endeavour está programado para as 19h47 (hora de Lisboa) de sexta-feira, 29 de Abril, na sua missão STS-134 de 14 dias à Estação Espacial Internacional.

Vaivém Espacial Endeavour - Crédito: NASA/Terry Zaperach

O vaivém vai entregar o Espectrómetro Alfa Magnético 2 (AMS-02), produzido por uma equipa internacional que inclui investigadores portugueses do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas. O AMS é um detector de partículas projectado para operar a partir da estação espacial e procurar diversos tipos de matéria invulgar medindo os raios cósmicos. Irá ajudar no estudo da formação do Universo e na pesquisa de evidências da matéria escura e antimatéria. Além do AMS-2, o vaivém vai transportar peças de reposição para a plataforma EXPRESS, que apoia caminhadas espaciais e experiências na estação internacional.
A missão STS-134 inclui quatro caminhadas espaciais dedicadas à manutenção da estação e instalação de novos componentes. Estas são as últimas caminhadas espaciais programadas por membros da tripulação do vaivém espacial. A Missão STS-134 é o último vôo do Endeavour e o penúltimo do Programa dos vaivéns espaciais.

Os astronautas Musgrave e Hoffman, na missão STS-61 do Endeavour, instalaram a óptica correctiva no Telescópio Espacial Hubble, durante cerca de 10 dias - Crédito: NASA

Endeavour foi o último vaivém a ser construído e teve a sua viagem inaugural em 7 de Maio de 1992, na missão STS-49. Mais tarde, as missões incluíram a primeira missão de manutenção do Telescópio Espacial Hubble, STS-61 em Dezembro de 1993; entrega do primeiro componente americano da estação espacial, o módulo Unity, na STS-88 em Dezembro de 1998 e, ainda, o vôo da primeira astronauta educadora, Barbara Morgan, que voou para o espaço na STS-118, em Agosto de 2007.
Endeavour recebeu o nome do primeiro navio, HMS Endeavour, comandado por James Cook, explorador britânico do século 18, um navegador e astrónomo. A viagem de Cook no Endeavour foi a primeira expedição científica pelo Pacífico.
A missão também inclui a abordagem do vaivém Endeavour de volta à estação espacial, após desencaixe, para testar novas tecnologias de sensores que poderão tornar mais fácil a acoplagem à Estação Espacial Internacional para os futuros veículos espaciais.
Mark Kelly (Marinha dos EUA) vai comandar o Endeavour e o astronauta Gregory H. Johnson (Força Aérea dos EUA) é o piloto. Serão acompanhados pelo especialista da missão Mike Fincke (Força Aérea dos EUA), o astronauta da Agência Espacial Europeia Roberto Vittori (Força Aérea Italiana), Andrew Feustel e Greg Chamitoff.
Fonte: STS-134, vôo final do Endeavour (kit)

Um sorriso de Mercúrio



grande cratera ("sorridente") na parte superior da imagem é Al-Hamadhani, no planeta Mercúrio, nomeada em 1979 em homenagem ao autor iraniano do século X Zaman al Badi 'al-Hamadhani.
A imagem foi obtida pela sonda MESSENGER, orbitando Mercúrio, em 18 de Abril de 2011.
Fonte: MESSENGER

Saturno "cortado" pelas sombras

Saturno truncado pelas sombras dos anéis - Crédito: NASA / JPL / Space Science Institute

As sombras dos anéis de Saturno escurecem o seu hemisfério sul e fazem que pareça truncado. Nesta imagem da nave Cassini podemos ver ainda, à direita, Tétis, a lua de Saturno com cerca de 1062 Km de diâmetro. No centro da imagem, por baixo do plano dos anéis, encontra-se a lua mais pequena, Epimeteu, com 113 Km de diâmetro.
A imagem foi obtida pela sonda Cassini, em 8 de Março de 2011, à distância aproximadamente de 3,2 milhões de Km.
Fonte: Photojournal

A maior lição de Chernobyl é a necessidade de dizer a verdade às pessoas, afirmou o líder russo

A Ucrânia assinala hoje o 25º aniversário da explosão do reactor da central nuclear soviética de Chernobyl, considerada o mais grave acidente nuclear do mundo.
Na cerimónia na capital ucraniana de Kyiv estará presente o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich e o seu homólogo russo, Dmitry Medvedev.
A maior lição que as autoridades de todo o mundo aprenderam com as tragédias de Chernobyl e Fukushima é que é necessário dizer sempre a verdade, disse o presidente russo Dmitri Medvedev, nesta segunda-feira, 25 de Abril.

Monumento, em Obninsk, aos bombeiros que trabalharam no reactor de Chernobyl, após a explosão - Fonte: wikipédia

Medvedev encontrava-se numa reunião com socorristas que participaram dos arriscados trabalhos de limpeza de Chernobyl. Estes técnicos foram expostos a níveis muito elevados de radiação e reclamavam da falta de informação por parte do governo sobre os reais riscos que corriam.

Reactor nuclear de Chernobyl envolto num sarcófago protector - Fonte: wikipédia

Medvedev condenou a atitude da União Soviética durante a catástrofe de Chernobyl, em 1986, cujas autoridades não queriam admitir a extensão do acidente e que nada informaram durante os três primeiros dias. Só no dia 28 as Agências oficiais anunciaram o acidente, depois do reactor nuclear de Forsmark, na Suécia, ter detectado um nível alto de radiação no continente.
A Tokyio Electrical Power Co. (Tepco), responsável pela central nuclear de Fukushima, no Japão, também foi acusada de não divulgar tudo o que sabia de maneira clara, principalmente nos primeiros dias após o acidente, cujas consequências ainda não foram completamente controladas.
Seis trabalhadores de limpeza de Chernobyl e 22 técnicos do reactor nuclear morreram em poucos meses, devido à exposição radioactiva. A maioria dos trabalhadores que sobreviveu ainda sofre com  os graves problemas de saúde provocados pelo trabalho no local do desastre.
Dmitri Medvedev homenageou 16 dos trabalhadores com medalhas de honra, mas muitos veteranos do grupo lamentam o tratamento indiferente do Estado russo em relação a eles e às famílias dos que não sobreviveram nestes 25 anos.
Fonte: ÚltimoSegundo

Links relacionados:
Acidente de Chernobyl completa 25 anos
Chernobyl também carrega a negligência como legado
Milhares lembram Chernobyl e protestam contra energia nuclear

As formigas-de-fogo formam jangadas de vida para deslocar-se na água

Quando os seus ninhos subterrâneos são atingidos pelas águas das inundações, as formigas-de-fogo fazem uma jangada com os próprios corpos e escapam, navegando até outro local. Esta táctica de sobrevivência pode envolver colónias inteiras, de mais de cem mil formigas.
Uma investigação realizada no Georgia Institute of Technology, Atlanta, mostrou que, em circunstâncias normais, as formigas bloqueiam as pernas e, às vezes as mandíbulas, para formar um tapete que flutua sobre a água. Entre as formigas e à volta dos seus corpos ficam presas bolsas de ar que as ajuda a respirar quando ficam debaixo da água.

A camada inferior de formigas permanece sobre a água e esta é impedida de penetrar na jangada.

O estudo, publicado na Proceedings of National Academy of Sciences, revela, ainda, que em média as formigas se agarram com uma força equivalente a 400 vezes o peso do seu corpo.
As espécies de formiga Solenopsis invicta, é nativa da floresta tropical brasileira, onde as cheias são um perigo constante. Em estado selvagem, as jangadas de formigas podem sobreviver flutuando ao longo das águas, até desaparecer a inundação ou atingirem terra seca.
No vídeo, uma inundação atinge um colónia de formigas-de-fogo na selva amazónica. As imagens mostram a sua extraordinária adaptação à agua, tentando proteger a rainha, os ovos e a elas próprias.


Fonte: Guardian

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nasceram dois filhotes de tigre-da-Malásia no zoo de San Diego


No zoológico de San Diego nasceram dois filhotes de tigre-da-Malásia. As crias, agora com duas semanas, trouxeram um pouco mais de esperança para a sua espécie, reduzida a cerca de 500 indivíduos.

Tigre-da-Malásia

domingo, 24 de abril de 2011

Planta com a maior inflorescência do mundo floresce na Suiça


A flor-cadáver não é planta carnívora

A planta com a maior inflorescência do mundo floresceu no Jardim Botânico de Basel, na Suiça, atraindo muitos visitantes. É um acontecimento raro para a flor-cadáver Amorphophallus titanum, natural da Indonésia, que tem a sua "flor" pela primeira vez ao fim de 17 anos. O seu cheiro forte a carne em decomposição atrai os insectos para a polinização.
Fonte: ÚltimoSegundo

Link relacionado:
Flor-cadáver floresce pela primeira vez em Minas Gerais, no Brasil

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O meu planeta favorito

No dia 14 de Fevereiro de 1990, tendo completado a sua missão principal, a nave Voyager 1 voltou-se e tirou fotografias dos planetas do Sistema Solar que havia visitado.
Uma das imagens que a Voyager enviou era a Terra, a 6,4 biliões de Km de distância, mostrando-a como um "pálido ponto azul".
O astrónomo Carl Sagan fala sobre a histórica fotografia.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Telescópio Espacial Hubble celebra o 21º aniversário com uma "rosa" de galáxias

O 21º aniversário do Telescópio Espacial Hubble é celebrado com uma nova espectacular imagem, um par de galáxias em interacção, conhecido por Arp 273.

Arp 273, uma "rosa cósmica" celebra o 21º aniversário do Hubble - Crédito: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

A maior das galáxias em espiral, UGC 1810, tem um disco distorcido numa forma semelhante a uma rosa, pela atracção gravitacional da companheira menor e quase de lado, que se encontra em baixo, UGC 1813.
Arp 273 encontra-se na constelação de Andrómeda, a cerca de 300 milhões de anos-luz da Terra. A imagem mostra uma ténue ponte de material entre as duas galáxias, que estão separadas entre si por dezenas de milhares de anos-luz.
O Telescópio Espacial Hubble é um telescópio para a luz visível e infravermelha que orbita a Terra. A sua posição acima da atmosfera, que distorce e bloqueia a luz que atinge o nosso planeta, dá uma visão do universo que, normalmente, ultrapassa de longe os telescópios terrestres.

Hubble orbita a Terra a 569 Km acima da sua superfície. Completa cada órbita em 97 minutos, à velocidade de 8 Km por segundo. Enquanto viaja, o espelho do Hubble capta a luz e orienta-o nos seus diversos instrumentos científicos. Hubble é um tipo de telescópio conhecido como um reflector Cassegrain - Crédito imagem: wikipédia

Hubble é uma das missões científicas mais bem sucedidas e de longa duração da NASA. Entre outras descobertas, ele revelou a idade do universo aproximadamente 13 a 14 biliões de anos e desempenhou um papel fundamental na descoberta da energia escura, uma força misteriosa que faz com que a expansão do Universo se acelere.
Os milhares de fotografias que tem enviado para a Terra mostram o Universo com um detalhe sem precedentes contribuindo, nomeadamente, para uma melhor compreensão sobre a formação de galáxias, ou o nascimento de novos planetas através dos discos protoplanetários, aglomerados de gás e poeira em torno de estrelas jovens.
Hubble também descobriu que explosões de raios gama, poderosas explosões de energia, ocorrem em galáxias muito distantes, devido ao colapso de estrelas massivas.

Lançamento do Hubble pelo Vaivém Espacial Discovery na Missão STS-31 - Fonte: wikipédia

O telescópio foi lançado em 24 de Abril de 1990, a bordo do Vaivém Espacial Discovery, na sua missão missão STS-31, pilotado pelo actual administrador da NASA, Charles Bolden. Já recebeu várias visitas espaciais da NASA, para a manutenção e/ou substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes.
Imaginado nos anos 40, projectado e construído nos anos 70 e 80 e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi baptizado em homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao constatar a expansão do Universo.
Fonte: Hubble NewsCenter

terça-feira, 19 de abril de 2011

Arqueólogos encontram indícios de massacre na Idade do Ferro


Esqueletos de mulheres e crianças, encontrados numa vala na Inglaterra, indicam que a história da região é mais violenta do que esperavam. Os achados evidenciam um massacre ocorrido na Idade do Ferro numa colina em Derbyshire, no centro da Inglaterra, junto ao forte de Fin Cop, em Peak District.

Teste de DNA é usado para salvar cobra venenosa


Pesquisadores da Grã-Bretanha usam testes de DNA para proteger a única espécie de cobra venenosa do país. Nos últimos 50 anos, o número destas cobras reduziu-se a metade.
Segundo os especialistas, é possível que a área onde estas cobras vivem esteja menor e cercada de barreiras como estradas. As cobras não conseguem movimentar-se e receia-se que as populações estejam a reproduzir-se entre si, o que poderia causar doenças.
Se os exames de DNA confirmarem que as populações se reproduzem entre si, as cobras poderão até ser levadas para locais diferentes. Cobras de populações maiores e mais saudáveis introduzidas em populações menores, ajuda a melhorar a diversidade da espécie, tornando-a mais saudável.
Fonte: ÚltimoSegundo

Mais de 40 espécies de peixes do Mediterrâneo podem desaparecer nos próximos anos

De acordo com um estudo para a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, sobre o estatuto dos peixes marinhos no Mar Mediterrâneo, quase metade das espécies de tubarões e raias (peixes cartilaginosos) e pelo menos 12 espécies de peixes ósseos estão ameaçadas de extinção devido à exploração excessiva, degradação do habitat marinho e da poluição. Mais de 40 espécies podem desaparecer nos próximos anos.

Metade das espécies de tubarões e raias estão ameaçadas - Fonte: wikipédia

Espécies comerciais, como atum-rabilho ( Thunnus thynnus ), garoupa verdadeira ( Epinephelus marginatus ), robalo ( Dicentrarchus labrax ) e pescada ( Merluccius merluccius ) são consideradas ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção a nível regional, principalmente devido à sobre-pesca.
As populações de atum-rabilho do Mediterrâneo e Atlântico Oriental estão numa situação considerada preocupante, com um declínio de 50% nos últimos 40 anos, devido à sobre-pesca intensiva. "A falta de cumprimento das quotas actuais combinado com a falta de notificação generalizada das capturas, podem ter prejudicado os esforços de conservação da espécie no Mediterrâneo."

A sobre-pesca está a levar o atum-rabilho à extinção - Fonte: wikipédia

A utilização de linhas de pesca, de emalhar ou redes de arrasto, e o uso ilegal de redes de deriva faz com que centenas de animais marinhos, sem valor comercial, sejam capturados, ameaçando as populações de muitas espécies de tubarões, raias e outros peixes, bem como outros animais marinhos, como golfinhos, baleias, tartarugas e aves.
"O uso de redes de arrasto é um dos principais problemas para a conservação e sustentabilidade de muitas espécies marinhas", comentou Maria del Mar Otero, responsável pelo programa da UICN para o Mar Mediterrâneo. "Porque não é uma técnica selectiva, que captura não só o peixe que interessa, mas também um grande número de outras espécies ao mesmo tempo, destruindo o fundo do mar, onde muitas espécies vivem, reproduzem-se e se alimentam".
O estudo, que é a primeira avaliação realizada pela IUCN das espécies nativas de peixes marinhos de um mar inteiro, enfatiza a necessidade de reforçar a regulamentação da pesca, a criação de novas reservas marinhas, redução da poluição e revisão das quotas de pesca, em particular o número de capturas permitidas para as espécies ameaçadas.
O consumo responsável é uma das maneiras pelas quais todos nós podemos contribuir para a conservação de muitas espécies marinhas.
Fonte: IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza)

Lista Vermelha de peixes para Portugal
Lista vermelha de bolso

Filhotes de tigre branco apresentados num zoo alemão

O Safari Park Stukenbrock, na Alemanha, apresentou hoje (19 de Abril) quatro filhotes de tigre branco. Os animais, com dois meses, são o resultado de um gene recessivo que lhes dá pelagem branca, olhos azuis e nariz rosado. Os tigres brancos são raros na Natureza.
Veja fotos das crias, clicando na imagem

Tigre branco
Filhote de tigre branco (clicar na imagem para mais fotos)

BBC recorda gravação do som do "trompete do faraó Tutancamon" de 1939


O trompete de bronze do faraó Tutancamon foi um dos objetos raros roubados do Museu do Cairo, durante a recente revolta popular contra o governo egípcio.
Este trompete de bronze e outro de prata faziam parte do tesouro do faraó Tut do Antigo Egípto, encontrado pelo arqueólogo britânico Howard Carter, em 1922, na sua tumba, no Vale dos Reis, localizado no sul do território egípcio, onde permaneceu durante mais de 3.000 anos. Na altura do assalto, o trompete de prata não estava no museu.
O roubo e a posterior recuperação do instrumento musical antigo deixado, conjuntamente com outros artefactos roubados no museu, num saco no metro do Cairo, levaram a BBC a procurar nos seus arquivos uma gravação com o som do instrumento, feita em 1939.
O músico James Tappern executou o trompete do faraó no histórico programa da BBC, gravado em 1939 e transmitido para cerca de 150 milhões de ouvintes em todo o mundo.
Áudio do trompete de Tutancamon e mais informações em  BBC Brasil

Enceladus crescente e os seus espectaculares jactos


Enceladus crescente, observado do lado nocturno, mostra os seus espectaculares jactos de gelo de água em contraluz, emanando da região do pólo sul desta lua de Saturno.
A imagem de Enceladus, com 504 Km de diâmetro, foi obtida em luz visível pela sonda Cassini, em 30 de Janeiro de 2011, à distância de 228.000 Km do satélite.
Mais imagens de Saturno e os seus satélites em Photojournal.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nuvens brilhantes revelam que a atmosfera está intimamente ligada de um pólo ao outro

Bem alto no céu, perto dos pólos a cerca de 80 Km de altitude, por vezes surgem nuvens azul-prateadas, brilhando à noite. Observadas pela primeira vez em 1885, essas nuvens são conhecidas como noctilucentes e são pesquisadas há mais de um século.

Imagem composta da cobertura de nuvens noctilucentes sobre o Pólo Su,l em 31 de Dezembro de 2009. A temporada de nuvens de 2009 começou um mês da temporada de 2010 - Crédito: NASA HU / VT / LASP CU

Desde 2007, uma missão da NASA, denominada Aeronomia do Gelo na Mesosfera (AIM), mostrou que a formação das nuvens muda todos os anos, um processo que os cientistas acreditam estar intimamente ligado ao tempo e ao clima mundial.
Para Charles Jackman, um cientista atmosférico no NASA Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Maryland, e cientista do projeto de AIM da NASA, "A formação das nuvens exige água e temperaturas extremamente baixas". "A temperatura acaba sendo um dos factores primordiais envolvidos quando as nuvens aparecem".
Assim, o aspecto das nuvens noctilucentes, também conhecidas como nuvens polares mesosféricas ou PMCs já que ocorrem na mesosfera, pode fornecer informações sobre a temperatura e outras características da atmosfera.

Nuvens noctilucentes sobre o pântano de Kuresoo, em Viljandimaa, Estónia - Fonte: wikipédia

Desde que estas nuvens foram descobertas, os investigadores têm aprendido muito sobre elas. Sabe-se que brilham porque estando altas reflectem a luz solar por cima do horizonte. São formadas por cristais de gelo de água, provavelmente criados à volta de poeira de meteoros. E só aparecem no verão.

Cazaquistão pretende reintroduzir tigres no seu território

O Cazaquistão anunciou que pretende introduzir no seu território um grande grupo de tigres vindos da Rússia, da espécie ameaçada de tigres-siberianos, também conhecidos por tigres-de-Amur.

As grandes ameaças dos tigres-siberianos hoje em dia são o comércio de órgãos na medicina chinesa e a destruição de seu habitat. A Sibéria concentra grandes áreas de florestas e isso é um grande atractivo para as empresas madeireiras - Fonte: wikipédia

Situado na Ásia Central, o território do Cazaquistão já foi habitado pelo tigre-do-Cáspio, uma das nove subespécies de tigre, que se extinguiu no final de 1970, por caça ilegal e perda de habitat.
A reintrodução dos tigres está a ser organizada pelas autoridades do país, representantes da organização de conservação WWF e membros da WWF na Rússia, que estão a elaborar um programa global para reintroduzir o tigre na área ao redor do lago Balkhash, com cerca de 1 milhão de hectares de habitat adequado para tigres-siberianos.
Pesquisas genéticas recentes, através do seqüenciamento de DNA de exemplares de museu de tigres-do-Cáspio, revelaram que esta subespécie da Ásia Central é extremamente relacionada com os tigres-siberianos, Panthera tigris altaica, do Extremo Oriente.

Tigre-do-Cáspio (sêlo) - Fonte: wikipédia

O plano de realocação de tigre pretende estabelecer o seu território de novo perto do delta do rio Ili, no sudeste do Cazaquistão. Se o plano do Cazaquistão resultar, o tigre passará a existir em 14 países. Actualmente, a população mundial de tigres selvagens está à beira da extinção, e, de acordo com algumas estimativas, apenas 3.200 felinos continuam em 13 países na Ásia oriental e meridional.
Na primeira cimeira mundial sobre o tigre, na Rússia em 2010, os 13 países comprometeram-se a conservar e duplicar a população de tigres até 2022, o próximo ano do tigre de acordo com o calendário chinês.
Fonte: ourAmazingplanet

Link relacionado:
Répteis e pequenos peixes são usados vivos e vendidos em chaveiros (veja fotos)

Alteração climática destroi as costas do Árctico

Um duplo estudo tornado público hoje conclui que o aquecimento global está destruindo as costas do Árctico, através da erosão que afecta não só as populações humanas mas também a sobrevivência das espécies locais de plantas e animais.

As costas do Árctivo constituem cerca de um terço do total das costas do planeta (imagem de satélite) - Fonte: wikipédia

Os resultados foram apresentados por uma equipa de trinta cientistas de dez países, que analisou a situação de 100.000 Km de costa, cerca de 25% das fronteiras terrestres dos oito países que têm a norte o Oceano Árctico.
De acordo com Volker Rachold, investigador do Instituto Alfred Wegener de Potsdam (este da Alemanha), a erosão das costas do Árctico avança a uma média de meio metro por ano, mas em algumas zonas chega a ser de dez metros por ano. As áreas mais afectadas estão na zona russa, mar de Laptev e o este da Sibéria.
As costas do Árctivo constituem cerca de um terço do total das costas do planeta, daí que o estudo alerta que a erosão pode vir a afectar grandes áreas no futuro.
Este retrocesso da costa é consequência do aquecimento global que é agravado no Círculo Polar Árctico, onde o aumento de temperatura é o dobro do aumento da temperatura média global.

O degelo do 'permafrost' favorece a erosão dos terrenos - Fonte: wikipédia

Este aquecimento está a descongelar parte do 'permafrost' costeiro, isto é, a camada de gelo permanente dos níveis mais superficiais do solo própria das regiões muito frias, o que desagrega o já fragmentado solo onde assenta, que assim fica totalmente exposto à acção do Oceano Árctico.
O documento sobre o "Estado da Costa Árctica 2010" refere o grande impacto deste processo de erosão grave nos ecossistemas árcticos costeiros e na população humana da região.

A destruição costeira do Árctico afecta os grandes rebanhos da região - Fonte: wikipédia

Os mais afectados são os animais selvagens que vivem nas regiões, como os grandes rebanhos, especialmente de renas, e os frágeis ecossistemas de lagos de água doce perto da costa. O homem também é afectado, mas dada a pequena população no litoral norte do planeta, não será a principal vítima deste problema ambiental.
A situação torna-se mais preocupante quando, tal como reconhece Rachold, há "grandes interesses" económicos e comerciais para os quais o degelo abre as rotas marítimas para a exploração da região árctica, rica em recursos naturais como o petróleo.
Fonte: El Mundo

Espécies ameaçadas de extinção nascidas em zoológicos

Uma em cada sete espécies ameaçadas de extinção pode ser encontrada num zoológico ou aquário, o que facilita fazer o que for necessário para que possa reproduzir-se, tornando estas instituições importantes para manter vivas determinadas espécies.
No entanto, a reprodução em cativeiro não implica diminuir os programas de conservação dos habitats naturais. A conservação das espécies é feita pela preservação dos seus espaços naturais. Os zoológicos também implementam programas para conservar espécies nos seus habitats naturais. Actualmente eles são a terceira maior instituição em projectos de conservação, atrás apenas das ONGs WWF e da The Nature Conservancy.
Veja algumas espécies ameaçadas nascidas em zoológicos (clicar na imagem).

Leopardo-de-Amur
Restam apenas 44 Leopardo-de-Amur em liberdade (clicar na imagem para ver fotos)

domingo, 17 de abril de 2011

Filhotes de leão-do-Atlas, extinto na Natureza, nasceram num zoo da Alemanha

Dois filhotes de leão-do-Atlas (Panthera leo leo), subespécie extinta na natureza, nasceram em Fevereiro de 2011, no zoológico de Hannover, na Alemanha. Foram apresentados ao público, sexta-feira 15 de Abril.
É a primeira vez que a mãe, Binta, dá à luz e está a comportar-se naturalmente, não rejeitando os filhotes.
Ver fotos neste endereço e clicar na imagem para ver o vídeo.

Leão-do-Atlas

Os leões-do-Atlas, também conhecidos como leõe berberes ou de Barbary, viviam no norte da África, mas foram extintos da natureza no século XX.

leão-do-Atlas é o maior e mais pesado dos leões. O macho apresenta uma juba espessa que cobre uma área maior do corpo, em comparação com outras subespécies. O pêlo mais longo chega às pernas da frente e ao abdomen - Fonte: wikipédia

Sobreviveu, apenas, um pequeno grupo que estava no Zoológico Nacional do Marrocos, em Rabat. A subespécie foi salva da extinção total através da reprodução controlada daqueles animais. Alguns indivíduos foram levados à Europa para aumentar a população.
Fonte: Terra

Muitas plantas carnívoras correm risco de extinção

Planta carnívora Dionaea muscipula, conhecida como Vénus para-moscas - Fonte: wikipédia

Um estudo de David Jennings e Jason Rohr do departamento de Biologia Integrativa da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, revelou que mais da metade das espécies de plantas carnívoras avaliadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) estão listadas como ameaçadas, sendo a ameaça mais comum a perda do habitat pela agricultura, seguido pela recolha ilegal de plantas silvestres, poluição e alterações dos sistemas naturais.

Planta carnívora Drosera rotundifolia, a orvalhinha, ainda com restos de uma borboleta. Esta espécie aparece também em Portugal, sobretudo nas margens e turfeiras das lagoas serranas da Serra da Estrela. Devido às suas particularidades medicinais foi muito procurada, tornando-se rara - Fonte: wikipédia

As plantas carnívoras vivem em ambientes pobres de nutrientes, têm crescimento lento e baixa taxa de reprodução.
O estudo, publicado no periódico científico Biological Conservation, foi baseado na lista da União Internacional de Conservação da Natureza, e quantifica as ameaças à conservação de 48 espécies de plantas carnívoras em todo o mundo.

Planta carnívora Drosophyllum lusitanicum, endémica de Portugal, semelhante à Drosera - Fonte: wikipédia

De acordo com os pesquisadores, é necessária mais pesquisa para quantificar o risco de extinção para muitas mais plantas carnívoras, pois actualmente apenas cerca de 17% das espécies foram avaliadas pela UICN. É importante assegurar a conservação das plantas carnívoras, para continuar a manter a sua importamte função nos ecossistemas e evitar a extinção de espécies secundárias especializadas que dependem delas.
Fonte: ÚltimoSegundo