sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vestígios da nuvem radioactiva foram detectados em Ponta Delgada e Santarém, em Portugal, mas sem perigo para a saúde

Partículas radioactivas libertaram-se dos reactores de Fukushima e são transportadas pela circulação atmosférica (reprodução)

De acordo com um comunicado, divulgado ontem 31 de Março de 2011, pelo Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN), vestígios ínfimos da nuvem radioactiva libertada pela central de Fukushima, no Japão, já chegaram a Portugal. Foram detectados vestígios de radionuclidos de iodo e césio na Estação de Amostragem do Campus do ITN, em Sacavém. As concentrações medidas para estes elementos são muito baixas e não representam quaisquer perigos para a saúde pública.
O resultado das medições de ontem pode ser visto num gráfico, na página do ITN na Internet, em que cada pequeno pico é a assinatura de um elemento radioactivo.
De acordo com Pedro Vaz, responsável pela Unidade de Protecção e Segurança Radiológica do ITN, são quantidades muito abaixo de um milésimo da dose máxima admissível para membros do público, isto é, são doses bastante inferiores a um milésimo de um milisievert, que é a dose máxima de radiações artificiais admitida por ano para quem não tem um trabalho que o exponha a materiais radioactivos.
Esta nuvem com substâncias radioactivas, libertada entre 12 e 15 de Março de Fukushima, já percorreu milhares de quilómetros até chegar à Europa, depois de atravessar o Pacífico, os Estados Unidos e o Atlântico. Ao longo do percurso a nuvem vai-se dispersando cada vez mais.
Também foram detectados vestígios de Fukushima em Ponta Delgada, nos Açores.
Fonte: Público.pt

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