segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dione para além do sul de Rhea

A sonda Cassini olha para além da área de crateras do pólo sul da lua de Saturno Rhea e vê a lua Dione e os anéis do planeta à distância.

Dione para lá do sul de Rhea - Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute

A imagem mostra as faixas esbranquiçadas e brilhantes da superfície de Dione e que, geologicamente, são fraturas jovens expondo a superfície gelada da lua.
Esta visão mostra a área do pólo sul do lado anti-Saturno de Rhea e o lado de Dione voltado para o planeta. O Norte nas luas está para cima. Vê-se o lado norte iluminado dos anéis, um pouco acima do seu plano. Os anéis, que estão mais perto da sonda do que de Dione, escurecem o sul da lua.
A imagem foi tirada em luz visível, em 11 de Janeiro de 2011, com a Cassini a cerca de 61.000 Km de Rhea e a 924.000 Km de Dione.
Fonte: NASA/Photojournal

Imagens do rinoceronte-de-Java à beira da extinção

A organização para a conservação da natureza WWF Indonésia capturou imagens de vários rinocerontes-de-Java com as suas crias, no Parque Nacional de Ujung Kulon (Indonesia).


O rinoceronte-de-Java está bastante ameaçado por doenças, caça furtiva e ainda desastres naturais. Uma erupção do vulcão Krakatoa poderia arrasar rapidamente a península onde se encontra esta população de rinocerontes. Em todo o caso, estas imagens permitem verificar que os rinocerontes se estão a reproduzir no seu habitat natural (estes animais não existem em cativeiro), embora a sua sobrevivência não esteja garantida.

O Parque Nacional de Ujung Kulon, em Java, abriga a última população de Rhinoceros sondaicus. O parque foi criado em 1980, compreendendo a península de Ujung Kulon e várias ilhas adjacentes, cercando a reserva natural de Krakatoa. Em 1991 foi declarado pela UNESCO como Património Mundial - Fonte: wikipédia

De acordo com a organização ambientalista, o rinoceronte de Java provavelmente é o mamífero mais ameaçado do planeta, pois só existem 40 indivíduos desta espécie e todos vivem isolados no Parque Nacional onde foram filmados.
A WWF Indonésia defende a deslocalização de alguns destes animais para desenvolver novas populações, como tem acontecido com outras espécies de rinocerontes na África e Sudeste Asiático.
Fonte: El Mundo

Tartarugas-cabeçudas mas bem orientadas

 Sabe-se que as tartarugas marinhas, quando adultas, voltam sempre à mesma praia onde nasceram para desovar. Mas como conseguem isto?
Kenneth e Catherine Lohmann, pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (UNC), num trabalho publicado, em 2001,  na revista Science, mostraram que as tartarugas-cabeçudas, 'Caretta caretta', usavam referências do campo magnético da Terra para determinar as posições de latitude (norte-sul).

A tartaruga marinha 'Caretta caretta' uitiliza o campo magnético para navegar no oceano - Fonte: wukipédia

Passados 10 anos, os mesmos pesquisadores acabam de revelar, no estudo publicado na revista Current Biology, que as tartarugas utilizam esse mesmo mecanismo para determinar também a sua posição de longitude (leste-oeste).
Os resultados da pesquisa sugerem que as tartarugas podem usar o campo magnético da Terra como uma espécie de mapa com as duas coordenadas, de onde elas retiram as informações sobre a latitude e a longitude. É como se elas tivéssem um GPS na cabeça, embora não se saiba como elas fazem isso. As tartarugas-cabeçudas possuem um composto de ferro, magnetita (utilizada no fabrico de agulhas magnéticas),  no cérebro e algumas explicações referem que elas usam essa magnetita para navegação, pois é uma característica que lhes permite perceber o campo magnético da Terra.
Fonte: Estadão

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Discovery na Estação Espacial Internacional

O vaivém espacial Discovery já se encontra acoplado, desde ontem, à Estação Espacial Internacional (ISS), na sua última missão STS-133 com seis tripulantes, transportando um novo módulo Express Logistics Carrier-4 para a estação, peças de reposição e o Robonaut 2, o primeiro robô humanóide a viajar no espaço.


A chegada do Discovery aumentou o peso da ISS até 545 toneladas, um recorde de massa já que tem acoplados, pela primeira vez ao mesmo tempo, o Discovery, os módulos espaciais ATV 2, da Agência Espacial Europeia, e HTV 2, do Japão, e as naves russas Soyuz e Progress.

Tendo como fundo o azul e branco da Terra, o vaivém espacial Discovery aproxima-se da Estação Espacial Internacional, para se juntar à nave Progress (na imagem) e todas as outras que já se encontram acopladas. A imagem foi obtida pela tripulação da Expedição 26, a bordo da ISS 
Crédito: NASA/ISS

No primeiro dia da viagem, após o lançamento,os astronautas da Discovery realizaram uma inspeção do sistema de proteção térmica da nave, usando o braço robótico do vaivém.


Enquanto a nave se aproximava lentamente da estação, parou a cerca de 183 metros dela e girou 360º para trás (cambalhota para trás), para permitir que os astronautas Paolo Nespoli e Cady Coleman da ISS pudéssem tirar fotografias de alta resolução do escudo térmico do vaivém. As fotos foram analisadas por especialistas para verificar se havia algum dano, e a Equipa de Gestão da Missão decidiu que não seria necessária nenhuma inspecção da blindagem térmica do vaivém Discovery.



Discovery está programado para passar uma semana na estação, embora a NASA considere a possibilidade de adicionar mais um dia para fotografar a estação neste momento único, em que tem acopladas as frotas de naves espaciais de três países e Europa. Três membros da tripulação da estação poderão voar ao redor da estação numa cápsula Soyuz para tirar fotos e vídeo. Espera-se uma decisão na próxima terça-feira.
Depois da retirada dos vaivéns, as naves de carga da Rússia, Europa e Japão vão manter a estação abastecida com alimentos, água, abastecimentos e experiências científicas. Espera-se que no próximo ano se possam juntar a Space Exploration Technologies, com base na Califórnia e a Orbital Sciences Corp, com base na Virginia.
O transporte da tripulação já foi entregue à Rússia , a outra única entidade, além da China, que tem a capacidade para transportar as pessoas no espaço. Eventualmente a NASA poderá fazer acordos com campanhias americanas, se alguma desenvolver condições para isso.
Crédito (imagens, vídeo): NASA TV
Fonte: NASA / Reuters (actualizado em 28/02/2011)

Links relacionados:
Música para acordar astronautas
A NASA e os Beatles

Momento musical com os copos

"Toccata e Fuga em D menor", de JS Bach, tocada em harpa de copos de vidro
por Robert Tiso.

Os macacos também têm dúvidas e incertezas

Uma recente investigação com macacos, jogando um vídeojogo, mostrou que eles também têm dúvidas e incertezas perante uma decisão complicada e, além disso, têm consciência disso, algo que até agora se pensava que só acontecia com os humanos.
Os especialistas em Psicologia John David Smith, da Universidade de Búfalo e Michael Bern, da Universidade de Georgia, testaram os animais apresentando-lhes pequenos quadrados de densidades diferentes num monitor e que eles deveriam reconhecer usando um joystick. O jogo também tinha uma opção a ser usada em caso de dúvida, um pequeno ponto de interrogação.
Os investigadores verificaram que os macacos,  de grupo de primatas do Velho Mundo, espalhados pela África e Ásia, se comportaram e recorreram à interrogação, tal como o fizéram os jogadores humanos que também participaram na experiência.


Fonte: El Mundo / ÚltimoSegundo

Evolução estelar: estrelas e supernovas, fábricas de elementos químicos

As supernovas resultam das explosões de estrelas massivas ou supermassivas, produzindo objetos extremamente brilhantes, mas com o passar do tempo, a sua temperatura e brilho diminuem podendo tornar-se invisíveis. A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. Este material das supernovas deverá colidir com outros restos estelares, talvez para formar novas estrelas, planetas ou luas, ou para servir com material suporte para uma vasta variedade de formas de vida.

Supernova de Kepler ou SN 1604, a supernova observada em 1604. Kepler não foi o seu primeiro observador, mas quem publicou os principais estudos sobre ela. A explosão ocorreu há 20.000 anos atrás, e a sua luz chegou à Terra em 1604. Observa-se uma nuvem de gás e poeira que possui 14 anos-luz de diâmetro e se expande a 2.000 Km por segundo - Fonte: wikipédia

A ciência moderna não tem uma resposta clara sobre o real mecanismo da explosão da supernova e o que resta da estrela original. Pensa-se que o núcleo remanescente poderá formar uma estrela de neutrões ou um buraco negro.
Numa estrela gigante vermelha (ver formação de uma gigante vermelharesultante de uma estrela massiva ou supermassiva, depois das camadas externas crescerem mais do que cinco massas solares, ela transforma-se em supergigante vermelha. O núcleo começa a perder para a gravidade e a encolher. Quanto mais ele encolhe, mais se torna quente e denso e começa a verificar-se uma nova série de reações nucleares. Essas reações fundem progressivamente elementos mais pesados, adiando temporariamente o colapso do núcleo.

 Nebulosa do Caranguejo é um remanescente de supernova e uma nebulosa de vento de pulsar na constelação do Touro. É a mais forte fonte de radiação eletromagnética persistente no céu e no seu centro está o Pulsar do Caranguejo (estrela de neutrões). A nebulosa foi o primeiro objeto astronómico identificado com uma explosão histórica de supernova - Fonte: wikipédia

Eventualmente, a estrela prossegue para a formação de elementos mais pesados na tabela periódica, até à fusão do silício para o ferro. Até então, a estrela tinha sido mantida pela energia libertada pelas reações de fusão de elementos mais leves, mas o ferro não pode fornecer energia através da fusão, pelo contrário, a fusão do ferro absorve energia. Deste modo não há mais fluxo de energia para se contrapor à enorme força da gravidade, e o interior da estrela colapsa quase instantaneamente, causando uma tremenda explosão de supernova.

Pulsar do Caranguejo, uma estrela de neutrões com 28 a 30 Km de diâmetro, que emite pulsos de radiação que variam desde raios gama a ondas de rádio no espectro eletromagnético, com uma taxa de rotação de 30,2 vezes por segundo - Fonte: wikipédia

Na supernova dá-se a libertação de jactos de neutrinos e muito do material acumulado da estrela, elementos mais leves ou iguais ao ferro, é ejectado para o espaço. Alguma parte desta massa ejetada é bombardeada por neutrinos, criando os materiais mais pesados que o ferro, incluindo elementos radioativos, além do urânio. Sem as supernovas, elementos mais pesados que o ferro não poderiam existir.
Através da fusão nuclear, as estrelas são responsáveis pela formação de todos os elementos que ocorrem naturalmente mais pesados que o hidrogénio e o hélio e até ao ferro. As supernovas criam os elementos mais pesados que o ferro. Este vídeo, em inglês, resume a participação das estrelas e supernovas na formação dos elementos da tabela periódica. O mesmo vídeo, com legendas em português, encontra-se aqui.


Fonte: Wikipédia/NASA/ESA/ESO/Hubble

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Evolução estelar: formação de anãs brancas

Uma estrela anã branca resulta do processo evolutivo de estrelas de tamanho médio, é o que resta de uma estrela que completou o seu ciclo de vida normal e cessou sua fusão nuclear, porque a sua massa não chega para que a temperatura no núcleo seja suficientemente alta para que possa fundir carbono em reações nucleares. Depois de transformadas em gigantes vermelhas, durante a fase de queima nuclear de Hélio/Hidrogénio, elas ejetarão a sua camada externa, formando uma nebulosa planetária e deixando para trás um núcleo composto praticamente de carbono e oxigénio, a anã branca.

Nebulosa planetária NGC 3132. No centro, pode ver-se uma anã branca - Fonte: wikipédia

As estrelas apresentam tamanhos e cores variadas, onde o brilho e a cor dependem da temperatura superficial, a qual depende por sua vez da massa.
As estrelas anãs vermelhas ( sistema Gliese 581), menores e frias, queimam o hidrogénio vagarosamente e podem durar centenas de bilhões de anos, enquanto que as supergigantes massivas e quentes, queimam o hidrogénio rapidamente, terminando em alguns milhares de anos. Uma estrela de tamanho médio como o Sol, tem um tempo de vida de cerca de 10 bilhões de anos. O Sol possui a metade desta idade.

Na Nebulosa de Orion, as estrelas anãs vermelhas libertam mais energia do que se pensava - Crédito: ESO and Igor Chekalin 

Depois de vários bilhões de anos, dependendo de sua massa inicial, o suprimento de hidrogénio acaba e a fusão nuclear na estrela cessa.
Sem a pressão interna gerada por esta reação, para se contrapor à força da gravidade, as camadas externas da estrela começam a contrair-se em direção ao núcleo. A temperatura e a pressão crescem como na formação da proto-estrela, mas agora para níveis muito mais altos, suficientes para começar a fusão do hélio.
O núcleo muito quente causa a expansão das camadas mais exteriores, levando a aumentar enormemente o tamanho da estrela, que se torna muito maior do que era. Torna-se, então, numa gigante vermelha. A queima do hélio dura alguns milhões de anos. A maior parte de todas as gigantes vermelhas são estrelas variáveis.

Uma gigante vermelha (Antares) comparada com o Sol e outras estrelas - Fonte: wikipédia

O que acontece depois depende, uma vez mais, da massa estelar. Uma estrela menor de que 0,5 massas solares nunca será capaz de iniciar a fusão do hélio, mesmo depois do núcleo terminar a fusão do hidrogénio, pois ela não tem a massa necessária para produzir pressão suficiente no núcleo. Estas são as anãs vermelhas, tais como Proxima Centauri, que viverá por centenas de bilhões de anos, continuando a irradiar na parte do infravermelho e micro-ondas do espectro eletromagnético.
Uma estrela de tamanho médio (até 10 massas solares) na sua fase de gigante vermelha, as camadas externas continuam a expandir, o núcleo contrai, e o hélio começa a fundir-se formando carbono. A fusão gera energia, fornecendo à estrela um crescimento temporário. Nma estrela do tamanho do Sol, este processo pode levar aproximadamente um bilhão de anos.
As reações de queima do hélio são extremamente sensíveis à variação de temperatura, o que causa grande instabilidade. Ocorrem grandes pulsações, o que eventualmente cede às camadas externas da estrela bastante energia cinética, sendo esta ejetada como uma nebulosa planetária. No centro da nebulosa permanece o núcleo da estrela, que arrefece para se tornar numa pequena mas densa anã branca, com cerca de 0,6 massas solares normalmente, mas com um volume semelhante ao da Terra.

Ilustração artística de Sírius A (maior e a estrela mais brilhante do céu - constelação Canis Majoris) e de Sírius B (menor). Sírius B foi a primeira anã branca descoberta - Fonte: wikipédia

As anãs brancas são estáveis e sem combustível para queimar, o seu calor da radiação estelar mantém-nas aquecidas por muitos milhões de anos. No fim, tudo o que pode restar é uma massa escura e fria, algumas vezes chamadas como anãs negras. Contudo, o universo não é velho o suficiente para que qualquer estrela anã negra possa existir.

Nova Cygni 1992 foi a mais brilhante nova na história recente - Crédito: NASA, ESA, HST, F. Paresce, R. Jedrzejewski (STScI)

Se as anãs brancas crescem acima de 1,4 massas solares, dá-se o colapso da estrela. Isto transforma a anã branca numa supernova Ia. Estas supernovas podem ser muito mais poderosas que as supernovas tipo II, as supernovas que marcam o fim de uma estrela massiva. Por consequência, não pode existir uma anã branca mais massiva que 1,4 massas solares.
Se uma anã branca forma um sistema binário fechado com outra estrela, o hidrogénio da companheira maior pode migrar para dentro da anã branca, aumentando a sua massa, até que ela aquece o suficiente para estabelecer uma reação de fusão, levando a uma explosão denominada como nova.
Fonte: Wikipédia/NASA/ESA/ESO/Hubble

Evolução estelar: formação de estrelas

Na impossibilidade de observar o ciclo de vida de uma simples estrela, em Astrofísica tenta-se entender como as estrelas evoluem pela observação de numerosas estrelas, cada uma num diferente ponto do ciclo de vida (evolução estelar em Andrómeda), e simulando a estrutura estelar com modelos de computadores.

Nestas imagens de Andrómeda podemos observar as fases do ciclo de vida estelar. A imagem infravermelha de Herschel mostra nuvens de poeira e gás frio no interior das quais se podem formar estrelas. A imagem óptica mostra estrelas já formadas, luminosas e cintilantes vistas da Terra. Quando observada pelo Observatório XMM-Newton, a imagem em raios X de Andrómeda mostra o violento fim da evolução estelar - Crédito: ESA

A evolução estelar começa com uma nuvem molecular gigante (NMG), também conhecida como um berçário estelar. Para que se forme uma estrela é necessário que se verifique um colapso gravitacional dentro da nuvem, o que pode ser provocado, por exemplo, pela explosão de uma supernova nas proximidades, que envia um choque de matéria dentro da nuvem a velocidades muito altas.
 
As nebulosas são nuvens de poeira, hidrogênio e plasma. São regiões de formação estelar, como a Nebulosa da Águia. Esta nebulosa forma uma das mais belas e famosas fotos, "Os Pilares da Criação" - Crédito: NASA, ESA, STScI, J. Hester and P. Scowen (Arizona State University)

Finalmente, uma colisão galáctica pode iniciar uma explosão de formação estelar quando as nuvens de gás em cada galáxia são comprimidas e agitadas pela colisão (interacção entre as galáxias M 81 e M 82).

Messier 81(vista em infravermelho pelo Apitzer) é uma galáxia espiral com braços bem pronunciados. Nos braços notam-se áreas de compressão de gás e poeira interestelar, lado a lado com áreas de grande formação de estrelas. Isto deve-se à interação gravitacional próxima com sua galáxia parceira, Messier 82, tornando os braços mais proeminentes do que acontece normalmente em galáxias espirais isoladas - Crédito: wikipédia

Uma nuvem molecular colapsada fragmenta-se durante o evento, quebrando-se em pedaços cada vez menores. Fragmentos com massas menores que 50 massas solares são capazes de formar estrelas. Nestes fragmentos, o gás é aquecido por este colapso devido à energia potencial gravitacional, e estas nuvens podem formar uma proto-estrela. Este estágio inicial da existência é sempre oculto profundamente numa densa nuvem de gás e poeira.

Nebulosa Tromba de Elefante obtida pelo Telescópio Espacial Spitzer, combinando observações do fotómetro (imagem multibanda) e da câmara infravermelha. Dentro da nuvem podem ver-se proto-estrelas luminosas de cor avermelhada. As jovens estrelas formam-se nesta nuvem densa de gás devido à compressão dos ventos e radiação de uma estrela massiva próxima (situada à esquerda do campo de visão). Os ventos desta estrela também são responsáveis por esta espectacular aparência de dragão voador - Crédito: NASA/JPL-Caltech/W. Reach (SSC/Caltech)

As proto-estrelas muito pequenas nunca alcançam temperaturas suficientemente altas para começar a fusão nuclear, são chamadas de anãs castanhas.
A temperatura central nas proto-estrelas mais massivas, contudo, é suficientemente grande para que o hidrogénio começe a se fundir formando o hélio e a estrela começa a brilhar. O início da fusão nuclear estabelece um equilíbrio no qual a energia libertada pelo núcleo se opõe ao colapso gravitacional. A estrela então pode existir num estado estável.
Fonte: Wikipédia/NASA/ESA/HubbleCenter

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Sol mostra a sua actividade com uma erupção de grande dimensão

Explosão solar classe M3,6 - Crédito: NASA/SDO

Uma erupção de grande dimensão (classe M3,6) ocorreu perto da borda do Sol, em 24 de fevereiro de 2011, lançando para o espaço grande quantidade de plasma durante 90 minutos. O Observatório Solar Dinâmico captou o evento em luz ultravioleta extrema. Como as imagens são de alta definição, foi possível ampliar a explosão solar do material e observar tudo com grande detalhe, em imagem e vídeo.


Crédito: NASA/SDO

Dione e o nebuloso Titã


A superfície nítida e com detalhes de Dione, lua de Saturno, contrasta com o 'nebuloso' Titã. A imagem foi obtida, em luz visível, pela câmara da sonda Cassini, em 10 de abril de 2010, a 1,8 milhões de Km de Dione e 2,7 milhões de Km de Titã.
Fonte: NASA/Photojornal

Maratona de robôs no Japão

Começou na quinta-feira a primeira maratona de robôs do Japão, num percurso construído num centro de convenções de Osaka. Espera-se que os "atletas", com pouco menos de meio metro de altura, consigam percorrer os 42 Km e 195 m em três ou quatro dias.


Fonte: ÚltimoSegundo

Ciência e beleza em imagens

O concurso Wellcome Image Awards 2011 seleccionou as 21 imagens científicas vencedoras, visualmente impressionantes, de melhor qualidade técnica e mais informativas, com grande capacidade para comunicar a ciência. Podem ser observadas, clicando na imagem (legendas em inglês).

Vespa cauda de rubi
Fotomicrografia da vespa cauda de rubi, Chrysis ignita, em postura defensiva.

A fundação britânica Wellcome, que promove o concurso, controla o Wellcome Images, uma das coleções visuais mais ricas e únicas do mundo, com temas que vão desde a história médica e social aos cuidados de saúde e da ciência biomédica contemporânea. A coleção Biomédica detém mais de 40 000 imagens de alta qualidade a partir das ciências biomédicas.
Wellcome Images é uma das principais coleções visuais da Biblioteca Wellcome. Esta biblioteca tem mais de 750 000 livros e revistas, uma extensa gama de manuscritos, arquivos e filmes, e mais de 250 000 pinturas, gravuras e desenhos.
Fonte: ÚltimoSegundo (com imagens e uma pequena legenda em português)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Space shuttle Discovery final lift off

vaivém espacial Discovery faz a última descolagem do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, para a sua missão STS-133 de onze dias na Estação Espacial Internacional. - Crédito: NASA


Crédito: NASA

Um pouco da história do Discovery em imagens

Mercúrio a cores

Este mosaico de cores espetaculares mostra a parte oriental de Mercúrio, visto pela nave Messenger após o seu primeiro sobrevôo do planeta, em janeiro de 2008. As cores da imagem não são naturais, têm como objectivo transmitir informações sobre a distribuição dos diferentes tipos de rochas na superfície de Mercúrio.

Tipos de rochas diferentes resultam em diferenças subtis nas cores

A bacia Caloris, visível na imagem como uma grande área circular amarelo brilhante devido ao seu enchimento de planícies vulcânicas, domina a região norte. Tem cerca de 1550 Km de diâmetro.
Brevemente Messenger irá tornar-se a primeira nave a orbitar Mercúrio e começar a sua missão científica de observação do planeta, o que inclui imagens de toda a sua superfície, em cores e resolução média de cerca de 1 km / pixel (0,6 km / pixel), três vezes melhor que a resolução desta imagem.
Fonte: Photojournal (NASA)

Shikotan rodeada pelo mar gelado

Ostrov Shikotan (ou Shikotan) é uma ilha vulcânica no extremo sul da cadeia de Ilhas Curil. A cerca de 43 graus de latitude Norte, mais de meia distância para o Equador, Shikotan fica ao longo da extremidade sul da zona onde o mar gela no inverno, no Hemisfério Norte.

O mar gelado à volta de Shikotan - um turbilhão de véus rodeando a ilha - Crédito: NASA/Earth Observatory

A imagem de Shikotan em cor natural foi obtida pelo satélite Earth Observing-1 da NASA, em 14 de fevereiro de 2011. A ilha está rodeada por mar gelado, com formas estranhas e cor azul-acinzentado. Embora o mar congele à volta Shikotan, a extensão varia muito de ano para ano, e até no dia-a-dia.
O gelo desta imagem pode ter-se formado em poucos dias e move-se facilmente com as correntes. A Norte e extremo Oeste de Shikotan, redemoinhos moldaram o gelo em círculos. Os redemoinhos podem resultar de ventos opostos, ventos de norte empurrando o gelo para o sul, e os ventos de sudoeste empurrando o gelo em direção ao nordeste.
A desigual cobertura de neve salienta a aparência rugosa da ilha. Estudos geológicos indicam que ela foi atingida por vários tsunamis, embora, a chuva, o vento e as forças tectónicas, provavelmente, desempenharam um papel mais importante na formação da sua superfície. A ilha faz parte do Anel de Fogo do Pacífico e é sismicamente activa.
Fonte: Earth Observatory

Formação planetária?

Uma equipa internacional de astrónomos utilizou o Very Large Telescope do ESO para estudar um disco de matéria de curta duração em torno de uma estrela jovem que se encontra nas fases iniciais da formação de um sistema planetário, a estrela T Cha.

Ilustração artística do disco ao redor da jovem estrela T Cha. O objeto companheiro, visto em primeiro plano, pode ser uma anã castanha ou um grande planeta. Crédito: ESO/L. Calçada

Numa primeira fase, os astrónomos observaram T Cha e descobriram que uma parte do material do disco formou um anel de poeira fino a apenas 20 milhões de quilómetros da estrela. Para lá deste disco interior encontraram uma região desprovida de poeiras que se estende até cerca de 1.1 mil milhões de quilómetros da estrela, distância a partir da qual começa o disco de poeira exterior.
No interior desse espaço limpo foi detectado, pela primeira vez, um objecto companheiro mais pequeno que pode ser o causador desse grande espaço vazio encontrado no disco protoplanetário. São necessárias observações futuras para determinar se este companheiro é um planeta ou uma anã castanha.
Os planetas formam-se a partir de discos de matéria em torno de estrelas jovens, mas a transição do disco de poeira para o sistema planetário é rápida, o que faz com que poucos objetos sejam observados durante essa fase. Um destes objetos é T Chamaeleontis (T Cha), uma estrela de baixa luminosidade situada na pequena constelação austral do Camaleão que, embora comparável ao Sol, se encontra ainda no início da sua vida. T Cha situa-se a cerca de 330 anos-luz de distância e tem apenas sete milhões de anos de idade. Até agora nunca foram encontrados planetas a formarem-se nestes discos em transição, embora já tenham sido vistos planetas em discos mais maduros, como o planeta Beta Pictoris b e o planeta Fomalhaut b.
Qualquer que seja o objeto recém-descoberto, este achado pode ajudar os astrónomos a melhorar os seus modelos de formação planetária.
Fonte: ESO


A imagem, obtida com a Advanced Camera for Surveys a bordo da NASA / ESA Hubble Space Telescope, mostra o planeta Fomalhaut b, orbitando a sua estrela mãe, Fomalhaut.
A pequena caixa branca no canto inferior direito aponta a localização do planeta durante as observações do Hubble tiradas em 2004 e 2006. Fomalhaut b abriu um caminho ao longo da borda interna de um vasto anel de destroços, empoeirado circundando Fomalhaut, que tem 34,5 bilhões km de diâmetro. Fomalhaut b situa-se a três bilhões de Km para dentro da beira do anel interior e orbita a 17.000 milhões de Km da sua estrela, cuja localização é marcada pelo ponto branco no centro da imagem.
O sistema de Fomalhaut está a 25 anos-luz de distância, na constelação de Piscis Austrinus.
Fonte: ESO

Nave europeia "Johannes Kepler" já chegou à Estação Espacial Internacional

ATV 2 aproxima-se lentamente da ISS - Crédito: NASA TV (reprodução)

"Johannes Kepler," o veículo automatizado de transporte (ATV 2) da Agência Espacial Europeia, acoplou automaticamente no módulo Zvezda da Estação Espacial Internacional, em 24 de fevereiro, oito dias após o seu lançamento a partir Courou, na Guiana Francesa. ATV-2 transporta mais de sete toneladas de material para experiências, combustível, água, comida e outros abastecimentos para a estação espacial.
Fonte: NASA

Vaivém espacial Discovery pronto para o lançamento

Discovery (1/2/2011) - Crédito: NASA/Bill Ingalls

O vaivém espacial Discovery na plataforma de lançamento 39A, no Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, na Flórida, quarta-feira 23 de fevereiro de 2011. Discovery, no seu último vôo 39, missão STS 133, levará até à Estação Espacial Internacional o astronauta robô Robonaut 2, o primeiro robô humanóide do espaço.
O vaivém espacial Discovery está programado para começar a sua missão de 11 dias à Estação Espacial Internacional, com o lançamento às 4:50 pm EST de hoje, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011.
Um olhar retrospectivo sobre o vaivém espacial Discovery, pouco tempo antes do seu vôo final.



Fonte: NASA

Superfluido no núcleo de uma estrela de neutrões

Bonita imagem composta, em raios X e luz visível, de Cassiopeia A (Cas A),  um remanescente de supernova localizado na nossa galáxia, aproximadamente a 11.000 anos-luz de distância. Estes são os restos de uma estrela massiva que explodiu há cerca de 330 anos atrás (tempo terrestre). Os raios-X do Chandra aparecem em vermelho, verde e azul, juntamente com dados ópticos do Hubble em ouro.
No centro da imagem está uma estrela de neutrões, uma estrela ultra-densa criada pela supernova. Dez anos de observações com o Chandra revelaram um declínio de 4% na temperatura da estrela de neutrões, um resfriamento rápido de forma inesperada.


Dois novos artigos de equipas de investigação independentes mostram que o resfriamento é causado, provavelmente, por um superfluido de neutrões formado nas suas regiões centrais, a primeira evidência direta para este estado estranho da matéria no núcleo de uma estrela de neutrões.
A inserção mostra uma ilustração artística da estrela de neutrões no centro da CAS A. As camadas de diferentes cores na região de recorte mostram a crosta (laranja), o núcleo (vermelho), onde as densidades são muito maiores, e a parte do núcleo onde se pensa que os neutrões estão num estado superfluido (bola vermelha interna). Os raios azuis que emanam do centro da estrela representam os elevados números de neutrinos - quase sem massa, partículas de interação fraca - que são criados à medida que a temperatura do núcleo desce abaixo de um nível crítico e se forma um superfluido de neutrões, um processo que começou há cerca de 100 anos atrás, como observado da Terra. Estes neutrinos escapam da estrela, transportando energia com eles e fazendo com que a estrela arrefeça muito mais rapidamente.


Crédito: X-ray: NASA / CXC / xx; Óptica: NASA / STScI; Ilustração: NASA / CXC Weiss / M.

Utilizando um modelo que tem sido condicionado pelas observações do Chandra, foi previsto o comportamento futuro da estrela de neutrões. O resfriamento rápido deve continuar por algumas décadas e, em seguida, ele deve desacelerar.
Fonte: NASA / CHANDRA

A nossa bonita Lua


Espectacular imagem da Lua obtida a partir de um mosaico de imagens da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO). As imagens foram colhidas pela câmara da sonda (LROC), durante duas semanas, em meados de Dezembro de 2010.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University

Lista das 25 espécies de tartarugas mais ameaçadas

Um relatório da Turtle Conservation Coalition, da Wildlife Conservation Society (WCS) e outras organizações ambientalistas, apresenta uma lista das 25 espécies de tartarugas mais ameaçadas do mundo.
De acordo com o relatório "Turtles in Trouble", muitas espécies de tartarugas se extinguirão na próxima década, a menos que sejam tomadas medidas drásticas de conservação. A perda de habitat e a caça ilegal para alimentação, comércio e medicamentos tradicionais, ameaçam a vida das tartarugas que habitam a Terra há 220 milhões de anos.

 "George Solitário" é o único exemplar da sua espécie - Fonte: wikipédia

A número um na lista é Tartaruga da Ilha Pinta (Chelonoidis abingdonii) , uma das espécies de tartarugas das ilhas Galápagos, que contribuíram para as teorias de Charles Darwin sobre a seleção natural. Infelizmente, apenas um único macho dessa espécie, "George Solitário", continua vivo hoje. Ironicamente, Darwin e outros viajantes, muitas vezes comeram tartarugas da ilhas e libertaram ratos, cabras e outros animais, o que contribuiu significativamente para o seu declínio.

Só existem 4 exemplares da tartaruga-gigante-da-casca-mole de Yangtzé
(reprodução)

Logo a seguir na lista, está a tartaruga-gigante-da-casca-mole de Yangtzé (Rafetus swinhoei ), da China e do Vietname, pesando mais de 250 libras e uma concha mais de três metros de comprimento. Restam apenas quatro indivíduos (três machos e uma fêmea).
Dezessete das 25 espécies mais ameaçadas são encontradas na Ásia, três na América do Sul, três na África, uma na Austrália, e uma na América Central e México.

A tartaruga estrela birmanesa (Geochelone platynota ) está em extinção na sua região de Mianmar(antiga Birmânia) - Fonte: wikipédia

Em toda a Ásia as tartarugas estão sendo caçadas de forma insustentável. Tartarugas e cágados estão na base de um lucrativo mercado negro internacional, onde as espécies mais raras atingem valores exorbitantes.
O relatório refere a necessidade de uma melhor aplicação das leis comerciais existentes, a proteção de habitats e a criação em cativeiro como formas para impedir que as espécies de tartarugas sejam extintas, ao mesmo tempo que se reforçam as populações existentes.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sismo de magnitude 6,3 de Christchurch (NZ)


O mapa mostra os sismos que ocorreram perto de Christchurch, na Nova Zelândia, desde 3 de setembro de 2010. Nesse dia, um terramoto de magnitude 7,1 atingiu o oeste de Christchurch. Os círculos pretos representam os terramotos de 3 de setembro de 2010, até 21 de fevereiro de 2011. Os círculos vermelhos mostram as localizações do terramoto de magnitude 6,3 e réplicas em 22 de fevereiro e na manhã de 23 de fevereiro. círculos maiores representam os sismos mais fortes. Amarelo mostra áreas urbanas, incluindo a Christchurch.
O Geological Survey dos Estados Unidos (USGS) caracterizou o terramoto de magnitude 6,3, em 22 de fevereiro, como uma réplica do terramoto que atingiu o oeste, em Darfield, Nova Zelândia, em 3 setembro de 2010. Darfield fica a cerca de 50 km (30 milhas) a oeste-noroeste de Christchurch.

História da acoplagem no espaço

ATV-2 - O Johannes Kepler, lançado em 16 de fevereiro de 2011, deve acoplar-se à Estação Espacial Internacional, no porto de ancoragem Zvezda, na quinta - feira, 24 de fevereiro, às 16:45 CET.
Há 45 anos que se verifica a acoplagem no espaço entre naves espaciais. Em março de 1966 deu-se o primeiro encontro de sempre entre duas naves espaciais, Gemini 8 (comandado por Neil Armstrong) e um veículo Agena. A acoplagem foi bem sucedida, mas a Gemini teve uma falha no sistema que ameaçou a vida dos astronautas e teve que desencaixar depois de menos de um minuto.
O vídeo da ESA TV resume a história da acoplagem no espaço, passado e presente, a partir de Gémeos e Soyuz até aos Vaivéns Espaciais, ATV e, ainda, o futuro possível. Em ESA atv blog há mais informações sobre cada uma das várias acoplagens.


Fonte: ESA

Sismo causa destruição na catedral de Christchurch

O repórter de uma televisão da Nova Zelândia registou imagens da destruição da catedral de Christchurch, causada pelo sismo de terça-feira, de magnitude 6,3, que provocou 75 mortos.
Este terremoto foi o desastre natural que causou o maior número de vítimas fatais dos últimos 80 anos na Nova Zelândia.

Fonte: ÚltimoSegundo

Recifes de coral em risco: ameaças e conservação

Um novo relatório do World Resources Institute alerta para a sobrevivência dos recifes de coral, considerados como “floresta tropical do mar”, que poderão desaparecer, dentro de 40 anos, do fundo dos oceanos demasiado quentes e ácidos.


Como principais ameaças, já conhecidas, encontram-se o aumento da temperatura da água do mar, a acidificação dos oceanos causada pela poluição e dióxido de carbono, a navegação marítima, excesso de pesca e a urbanização das zonas costeiras.
O novo relatório conclui que cerca de 75% dos recifes de coral do mundo estão actualmente ameaçados por pressões locais e globais. As pressões locais representam a ameaça mais imediata, especialmente da sobre-pesca e da pesca destrutiva, sobretudo no Sudeste Asiático. Os corais da Austrália são os menos ameaçados do planeta. Apenas 27 por cento dos recifes do planeta estão em áreas protegidas marinhas.
A nível global, as alterações climáticas e as alterações da composição química dos oceanos são as principais ameaças sobre os recifes, que vão agravar ainda mais os impactos das actividades humanas.
As alterações climáticas estão a aumentar a temperatura dos oceanos, o que provoca o branqueamento dos corais. Segundo dados do NOAA, 2010 foi um dos anos mais quentes já registados, e foi, igualmente, um dos piores anos para o branqueamento de corais.

A destruição dos recifes significa uma perda enorme de biodiversidade, uma vez que neles vive um terço das espécies marinhas registadas até hoje - Fonte: wikipédia

De acordo com o relatório “Reefs at Risk Revisited”, se nada for feito para reverter a situação, mais de 90% dos recifes estarão ameaçados até 2030 e quase todos os recifes até 2050.
O relatório salienta a importância dos recifes de coral lembrando que 275 milhões de pessoas vivem nas suas proximidades. Os países mais dependentes destes ecossistemas estão no Pacífico e nas Caraíbas. Pelo menos 94 países e territórios beneficiam do turismo relacionado com os recifes, e em 23 deles, o turismo ligado aos corais contribui com mais de 15% do produto interno bruto (PIB).
A destruição dos recifes significa uma perda enorme de biodiversidade, uma vez que neles vive um terço das Fonte: Público.pt / Recifes em risco: Ameaças e Resposta

Encontrado dinossáurio capaz de dar pontapés poderosos

Um novo saurópode, chamado Brontomerus mcintoshi, foi descoberto em Utah, EUA. A nova espécie é descrita num artigo recentemente publicado na revista 'Acta Palaeontologica Polonica', por uma equipa internacional de cientistas do Reino Unido e dos EUA.

O novo saurópode Brontomerus mcintoshi tinha patas poderosas (ilustração) - Crédito: Francisco Gascó

O novo dinossáurio, membro do grupo dos saurópodes de pescoço longo, que inclui o Diplodocus e o Brachiosaurus, tinha poderosos músculos nas coxas que pode ter usado para afastar os predadores, ou para ajudar a caminhar sobre o terreno montanhoso áspero. O seu nome tem a ver com essa característica física, pois em grego 'Brontomerus' significa algo como 'coxas trovão'. A segunda parte do nome é uma homenagem ao paleontólogo John 'Jack' McIntosh, de la Universidad de Wesleyan, especialista em saurópodes.
O Brontomerus viveu há cerca de 110 milhões de anos, durante o Período Cretáceo, e, provavelmente, teve que lutar com ferozes "raptores", como o Deinonychus e Utahraptor.

Reconstrução do Brontomerus mcintoshi (a parte do esqueleto encontrada está representada a branco)
Crédito: Mike Taylor

Os ossos fossilizados dos esqueletos incompletos de dois espécimes de Brontomerus mcintoshi - um adulto e um juvenil - foram resgatados de uma pedreira já danificada e saqueada, em Utah leste, por pesquisadores do Museu Sam Noble. Alguns paleontólogos consideram que se trata de uma progenitora e a sua cria, embora não se possa provar. O adulto aparentava ter pesado cerca de 6 toneladas, aproximadamente o tamanho de um elefante grande, e medir 14 metros de comprimento. A cria, com um terço do tamanho, teria pesado cerca de 200 kg, o tamanho de um pônei, e com cerca de 4,5 m de comprimento.
Brontomerus é o último de vários dinossáurios encontrados nos passados 20 anos, o que contraria a ideia anterior de que os saurópodes desapareceram no início do Cretáceo. O osso invulgar do quadril do Brontomerus sugere não só que eram saurópodes ainda vivos e poderosos, mas que eles eram um grupo biologicamente diverso de animais.


Os saurópodes eram os dinossauros mais abundantes durante o período Jurássico e mais raros durante o Cretáceo Inferior. Há muito tempo que se pensa que os saurópodes foram bem sucedidos no Jurássico e foram substituídos por dinossáurios 'bico de pato' e dinossáurios com chifres no Cretáceo. No entanto, nos últimos 20 anos têm sido encontrados mais saurópodes do Período Cretáceo, o que pode significar que neste período eles foram tão diversos como no Jurássico, mas menos abundantes e com menor probabilidade de serem encontrados.
Fonte: New 'thunder-thighs' dinosaur discovered / Guardian

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Foguete Taurus XL e Observatório Glory prontos para o lançamento

Foguete Taurus XL e Observatório Glory prontos para o lançamento junto ao oceano Pacífico

No complexo de lançamento espacial 576 E da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, o foguete Taurus XL está pronto para o lançamento em 23 de Fevereiro de 2011. O foguete Orbital Sciences Taurus XL vai colocar o Observatório Glory em órbita baixa da Terra.
Os dados colhidos na missão Glory permitirão aos cientistas entender melhor como o sol e as minúsculas partículas chamadas aerossóis atmosféricos afetam o clima da Terra, informação essencial para fornecer modelos da Terra  e prever com precisão o clima futuro da Terra e como a vida humana pode ser afectada.
Fonte: NASA

Comparando tamanhos de astros


Este vídeo mostra os tamanhos relativos dos planetas do nosso sistema solar, do Sol e outras estrelas, desde o mais pequeno ao maior.

O mocho-galego foi eleito "Ave do Ano 2011" em Espanha

Todos os anos a organização científica e conservacionista Sociedad Española de Ornitología (SEO/BirdLife) escolhe a ave do ano com o propósito de chamar a atenção sobre a situação de determinadas espécies de aves que se encontram em perigo.
Em 2011 foi eleito o mocho-galego, 'Athene noctua', uma pequena ave de rapina nocturna cujas populações estão em franco declínio em Espanha. O seu número diminuiu mais de 40% na última década. Estima-se que existam cerca de 50 mil parelhas no país. O abandono do meio rural e a intensificação das culturas são as principais ameaças para esta ave nocturna.

O mocho-galego foi eleito Ave do Ano 2011, pela organização SEO/BirdLife
Fonte: wikipédia

Durante muitos anos o mocho beneficiou das actividades humanas no sector agrícola. Paralelamente, ele foi um dos melhores aliados do agricultor, combatendo as pragas de roedores de forma natural e sem os custos derivados do uso de produtos químicos.
A intensificação agrícola e as mudanças no uso dos solos dos últimos tempos alterou, de forma negativa, o benefício mútuo entre o homem e o mocho.

Melhores imagens de ciência do ano de 2010

O concurso International Science and Engineering Visualization Challenge, promovido pelo periódico científico Science e a National Science Foundation (NSF), premiou os vencedores nas categorias fotografias, infografia, ilustrações e vídeo sobre Ciência.
A fotografia de duas moléculas de água numa superfície de ouro, uma ilustração 3D do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e uma infografia com os conceitos básicos de fungos são alguns dos trabalhos vencedores, que podem ser observados no ÚltimoSegundo ou no site da National Science Foundation.

Sonda Messenger aproxima-se da órbita de Mercúrio

Nas próximas semanas, 18 de Março de 2011, a sonda Messenger, enviada ao espaço pela Nasa em 2004, deve entrar na órbita de Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar e também o mais próximo do Sol. A sonda inicia assim a sua missão científica de observação de Mercúrio durante um ano, embora já tenha enviado à Terra fotos nítidas da superfície do planeta. Será a primeira nave a orbitar o planeta.

Mercúrio observado pela Messenger após o primeiro sobrevôo do planeta, em 14 de Janeiro de 2008.

A sonda tem um isolamento térmico capaz de proteger os instrumentos das temperaturas de Mercúrio que chegam a atingir os 400ºC.
Os cientistas acreditam que um melhor conhecimento de Mercúrio ajuda a compreender como a Terra e os outros planetas do sistema solar se formaram.


Fonte: ÚltimoSegundo

Sismo em Christchurch, na Nova Zelândia

Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, foi abalada ontem por um sismo de magnitude 6,3 na escala de Richter. De acordo com as notícias, há pelo menos 65 mortos, não se descartando a possibilidade do número aumentar.
O mayor de Christchurch, Bob Parker, disse ao jornal “New Zealand Herald” que mais de cem pessoas continuam debaixo dos destroços em seis locais da cidade mas admite que mais vítimas possam estar presas nas suas casas.


Segundo informações do Instituto de Geofísica dos Estados Unidos, o sismo foi sentido às 12h51 locais (23h51 em Portugal) e o epicentro situou-se a cinco quilómetros de Christchurch, e apenas a quatro quilómetros de profundidade. Foram já sentidas várias réplicas (a mais forte de 5,6 na escala de Richter).
Há registos de estragos significativos em alguns edifícios da cidade. O sismo levou ainda ao corte de estradas e a quebras de energia e de telecomunicações em diversas áreas.


O sismo fez desprender um bloco de gelo de 30 milhões de toneladas do glaciar Tasman, o maior do país. O bloco de gelo caiu no lago terminal do glaciar, a 200 quilómetros de Christchurch, formando pequenos icebergs e provocando ondas de 3,5 metros de altura que varreram o lago durante cerca de meia hora.
Este glaciar, na ilha Sul, desce as encostas da montanha Cook e é o maior da Nova Zelândia, com uma extensão de 29 quilómetros e 2,5 quilómetros de largura.
A Nova Zelândia, situada entre as placas tectónicas do Pacífico e Indo-australiana, regista em média mais de 14 mil sismos por ano; apenas cerca de 20 ultrapassam a magnitude 5.


Fonte: Mais informações e imagens em Público.pt

Carnavais da Europa

Algumas imagens das celebrações de rua de Carnavais Europeus: Carnaval de Veneza, o mais tradicional com origem em 1268, Carnaval de Viareggio, na Itália e Carnaval de Nice, na França (clicar na imagem)

Carnaval de Veneza
(clicar na imagem)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vulcão do Monte Bulusan entrou em erupção

O vulcão do Monte Bulusan entrou em erupção nesta segunda-feira, no leste das Filipinas, com uma enorme explosão de cinzas e vapor até três quilómetros de altura, que cobriu parcialmente as localidades próximas. De acordo com o Instituto de Vulcanologia e Sismologia (Philvolcs), a explosão durou 19 minutos e foi acompanhada de um som estrondoso escutado a 10 Km de distância.

Vulcão Bulusan - existe o risco de explosões repentinas (reprodução)

O monte fica na província de Sorsogon, a 250 Km a sudeste de Manila. O Phivolcs recomendou aos moradores que permaneçam a uma distância de pelo menos quatro quilómetros do vulcão, já que existe risco de explosões repentinas e expulsões de fumo e cinzas. Os pilotos também foram aconselhados a não sobrevoar a região.
Fonte: ÚltimoSegundo

Campos agrícolas perto de Perdizes, em Minas Gerais, no Brasil

A fotografia mostra a diversificada e geométrica paisagem agrícola no oeste do estado de Minas Gerais, no Brasil. Embora mais conhecido por sua riqueza mineral, Minas Gerais também é um grande produtor agrícola para o Brasil.

Campos poligonais e circulares marcam o uso humano da região de Perdizes, Minas Geraius, no Brasil
Crédito: ISS/Earth Observatory

Nesta imagem, os campos estão localizados a sudoeste da cidade de Perdizes. Uma mistura de grelha regular de campos poligonais e campos circulares marca o uso humano da região. Pequenos riachos (e suas planícies de inundação adjacentes) do rio Araguari estendem-se por toda a paisagem.
A diversidade visual das formas do campo é compensada pela variedade de culturas: girassol, trigo, batata, café, arroz, soja e milho estão entre os produtos da região. Enquanto no Hemisfério Norte ainda é Inverno, as culturas desenvolvem-se no Hemisfério Sul, como se pode ver pelas muitas áreas verdes. As áreas de pousio mostram os solos violetas, avermelhados e castanhos claros comuns nesta parte do Brasil. Solos mais escuros são geralmente ricos em óxidos de ferro e alumínio, e são típicos de solos altamente intemperizados, que se formam em climas quentes e húmidos.
A imagem foi obtida pela tripulação da Expedição 26, a bordo da Estação Espacial Internacional.
Fonte: Earth Observatory

Nebulosa de reflexão Messier 78

Messier 78 é uma nebulosa de reflexão. A radiação ultravioleta emitida pelas estrelas que a iluminam não é suficientemente intensa para ionizar o gás e fazê-lo brilhar - as partículas de poeira refletem simplesmente a radiação estelar que as atinge. Apesar disso, Messier 78 pode ser facilmente observada com um pequeno telescópio, uma vez que é uma das nebulosas de reflexão mais brilhantes no céu. Situa-se a cerca de 1600 anos-luz de distância na constelação de Orion, podendo ser encontrada a nordeste da estrela mais a este do cinturão de Orion.

Nebulosa de reflexão Messier 78 - Crédito: ESO and Igor Chekalin

A imagem foi obtida pelo telescópio MPG/ESO de 2.2 metros instalado no Observatório de La Silla, com base nos dados selecionados por Igor Chekalin, que ganhou o concurso de astrofotografia Tesouros Escondidos do ESO 2010 com a foto deste objecto.

Saturno observado pela Cassini

Nesta imagem da Cassini, os anéis de Saturno aparecem apenas como uma fina linha vista de lado no meio da foto, mas as suas sombras projectadas no planeta são amplas (canto inferior esquerdo - hemisfério sul).

Saturno - Anéis lineares com sombras amplas - Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute

A foto mostra o lado sul não iluminado dos anéis, logo abaixo do plano dos anéis.
A imagem foi obtida pela sonda Cassini, em 9 de Janeiro de 2011, a uma distância aproximada de 796.000 Km de Saturno
Fonte: Missão Cassini

Uma impressora 3D pode vir a imprimir tecidos biológicos.


Cientistas apresentaram no encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência uma impressora 3D que pode vir a imprimir tecidos biológicos.
Segundo Hod Lipson, pesquisador  da Universidade Americana Cornell, estuda-se como imprimir com materiais biológicos, formando tecidos tridimensionais, em vez de imprimir em plástico.
Atualmente, a equipa trabalha na impressão de orelhas para serem usadas na medicina reconstrutiva.
Para Hod Lipson, a tecnologia pode fazer parte do dia-a-dia dentro de 20 anos
Fonte: ÚltimoSegundo