Nebulosa do Caranguejo - Crédito:
Os pesquisadores utilizaram o Large Area Telescope (LAT), um dos principais instrumentos a bordo do Telescópio Espacial Fermi de Raios Gama, para confirmar uma erupção e descobrir outra. O trabalho foi apresentado na Science Express online.
A descoberta das emissões de raios gama, as partículas mais energéticas relacionadas com objectos astronómicos, chocou a comunidade científica ligada à Cosmologia e às astropartículas.
Esta nebulosa é o centro do remanescente de supernova SN1054, documentada pelos astrónomos chineses em 1054. Tem um pulsar que gira rapidamente, interagindo com a nebulosa circundante através de um vento de partículas. As emissões provenientes do pulsar têm sido consideradas estáveis até agora. A Nebulosa do Caranguejo, também conhecida como M1, foi o primeiro objeto astronómico catalogado em 1771 por Charles Messier.
O Pulsar do Caranguejo. A imagem combina informações ópticas do Hubble (em vermelho) e imagens de raios-X do Observatório de raios-X Chandra - Fonte: wikipédia
A quantidade de energia libertada pelo pulsar é muito grande, o suficiente para iluminar a Nebulosa do Caranguejo que brilha até 75 mil vezes mais que o Sol. A maior parte dessa energia resulta do vento de partículas, eletrões e positrões que viajam perto da velocidade da luz. Esses eletrões e positrões interagem com os campos magnéticos e fotões de baixa energia, fazendo brilhar a poeira, o que fez Messier confundir com um cometa, há 300 anos.
De acordo com o estudo publicado, atendendo à curta duração das erupções de raios gama, eles são emitidos através de radiação síncrotron, as partículas de maior energia que podem ser associadas a uma fonte astronómica, ou radiação emitida por electrões acelerando no campo magnético da nebulosa. Para os cientistas, esta descoberta coloca alguns desafios sobre a aceleração de partículas cósmicas.
Fonte: Estadão / Science Express (LAT) / Science Express (AGILE)
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