Nebulosa de Caranguejo não é tão estável como parecia - Crédito: NASA/ESA/ASU/J. Hester
Durante muitos anos os astrónomos pensaram que a Nebulosa do Caranguejo era a fonte de energia de emissão de raios X mais constante do espaço. No entanto, os dados colhidos por observatórios em órbita, sensíveis aos raios X, mostraram que a produção de energia da Nebulosa do Caranguejo declinou em 7% em dois anos. Além disso, o telescópio Fermi também detectou poderosas erupções de raios gama, mostrando que a nebulosa também é surpreendentemente variável com energias muito maiores.
Os observatórios em órbita da NASA, RXTE, Swit e INTEGRAL detectaram uma diminuição de energia emitida pela Nebulosa de Caranguelo, nos últimos dois anos. O telescópio Fermi da ESA observou duas erupções de raios gama no mesmo período(cor magenta).
Crédito: Goddard Space Flight Center
Durante décadas, os astrónomos têm considerado as emissões de Caranguejo como as mais estáveis, por isso as usam para calibrar os instrumentos de origem espacial. Também costumam descrever as emissões de outras fontes de alta energia em "millicrabs", uma unidade derivada da emissão da nebulosa.
De acordo com os cientistas, os astrónomos terão de encontrar novas maneiras de calibrar os instrumentos e explorar os possíveis efeitos das alterações da Nebulosa de Caranguejo em descobertas anteriores. Os resultados desta investigação serão publicados no jornal The Astrophysical Journal Letters, em 1 de Fevereiro de 20011.
A Nebulosa do Caranguejo é um remanescente de supernova, localizada 6.500 anos-luz de distância na constelação de Touro.
O poder da nebulosa vem da estrela de neutrões central, que também é um pulsar que emite sinais de rádio e de raios X rápidos e regulares. Como não há alteração deste tipo de emissão por impulsos, esta não pode ser a causa do declínio da energia. Em vez disso, os investigadores suspeitam que provavelmente ocorrem mudanças a longo prazo na parte mais central e interior da nebulosa (com um ano-luz de diâmetro), dominada pelo campo magnético do pulsar. É necessário continuar a investigar com telescópios mais poderosos do futuro.
Fonte: NASA
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