A falta de prevenção de deslizamentos agrava as consequências das inundações
Os dados colhidos pelo Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres (Cred), de Bruxelas, na Bélgica, mostram que, na última década, se verificou um aumento considerável no número de enchentes, quer na quantidade de eventos quer no número de vítimas.
As alterações climáticas têm impacto na incidência de catástrofes naturais, o que se verifica pelo aumento de inundações, furacões e tempestades tropicais. No entanto, fenómenos climáticos extremos não podem ser usados como desculpa para nada fazer.
De acordo com a directora do Centro, Debarati Guha-Sapir, como não é possível evitar a chuva, é necessário identificar outros factores não ligados à chuva para compreender melhor e, sobretudo, prevenir os desastrres como os da Austrália e Brasil. A urbanização caótica, as altas concentrações demográficas e a falta de actuação do poder público agravam as consequências das inundações, entre elas o número de vítimas.
A Austrália tem uma área muito maior inundada, no entanto tem melhores infraestruturas, mais recursos e equipamentos para socorrer as populaçoes e, também, instituições e mecanismos mais eficientes para atender toda a gente afectada.
Para a especialista, o nível de educação da população tem impacto no número de mortes. "Pessoas mais educadas estão mais conscientes dos riscos e têm mais possibilidades de adotar acções apropriadas". Mas considera que as populações não devem ser responsabilizadas pelas enchentes, a responsabilidade cabe às autoridades.
Fonte: ÚltimoSegundo
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