As inundações do Paquistão, que cobriram uma quinta parte do seu território, mataram quase 2.000 pessoas e afectaram 20 milhões, desencadeando a pior crise humanitária do mundo.
Metade dos 20 milhões de afectados pelas cheias do Paquistão são crianças e jovens.
O representante da UNICEF neste país, Pascal Villeneuve, assegurou que o Paquistão ainda se encontra num período de emergência, pois cerca de 3,5 milhões de pessoas ainda recebem, cada dia, água potável da UNICEF, um indicador da grandeza das necessidades que ainda persistem. A petição internacional de fundos rendeu cerca de 2.000 milhões de dólares, mas só recebeu 56% para atender 14 milhões de pessoas durante um ano.
Por sua vez, a organização internacional de defesa dos direitos da infância, PLAN, alertou sobre a situação de vulnerabilidade em que vivem as crianças do país, cerca de 48% da população do país e metade dos 20 milhões de afectados.
A organização também denuncia que a situação continua sendo de emergência e corre o risco de agravar-se com as baixas temperaturas e a escassez de alimentos.
O estudo realizado pela PLAN e a organização Interact Worldwide, na região de Punjab, mostra que num contexto em que os adultos não podem atender às necessidades dos menores, aumenta o risco de matrimónios infantis e dispara o absentismo escolar, especialmente entre as meninas.
Fonte: El Mundo
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