O crocodilo-do-Nilo, espécie ameaçada pelo comércio ilegal da sua péle
Fonte: wikipédia
No Antigo Egipto, os crocodilos-do-Nilo ocorriam no rio Nilo e no seu delta, onde eram venerados como um deus, Sobek, uma figura humana com cabeça do réptil, era o deus criador do Nilo, deus da fertilidade e da vida. Actualmente povoam as margens do lago Nasser, a grande represa do rio Nilo, no sul do país, revelando alguma recuperação, depois de ter estado em perigo de extinção.
O crocodilo-do-Nilo foi caçado, principalmente pela alta qualidade do couro obtido da sua pele, mas também pela carne e supostas propriedades curativas. A caça ilegal e a contaminação das águas reduziu severamente a população de crocodilos e a espécie enfrentou a extinção.
Nos últimos anos o Egipto tem desenvolvido alguns programas de recuperação da espécie no lago Nasser. Como consequência deixou de estar em perigo de extinção, ao mesmo tempo que se tenta aumentar a consciencialização dos egípcios para a importância de conservar uma espécie com uma história ligada à do próprio Egipto.
No Antigo Egipto, o crocodilo-do-Nilo era venerado como o deus Sobek, deus da fertilidade e da vida
Fonte: wikipédia
Com esta recuperação, em Junho de 2010, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) decidiu alterar o estatuto do crocodilo-do-Nilo no Egipto, mudou do Apêndice I, a que pertencem os animais em perigo de extinção, para o Apêndice II, para espécies "não ameaçadas, mas cujo comércio se deve controlar".
Em colaboração com especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza, está a decorrer, até 2013, o censo da espécie no lago Nasser, onde se encontra a quase totalidade dos crocodilos do Egipto. Só depois serão estabelecidas as cotas de exemplares para a caça ou exportação.
Um dos maiores problemas actuais é combater o comércio ilegal do crocodilo, assim como evitar que ele se distribua pelo rio Nilo, como antigamente. A represa de Assuan impede a sua saída, no entanto as pessoas recolhem crocodilos pequenos no lago, nomeadamente turistas, e acabam por lançá-los no rio, facilitando a sua propagação.
Uma outra situação que o Egipto enfrenta, tem a ver com a grande quantidade de zoológicos privados existentes, considerados uma grave ameaça para as espécies africanas. A procura de espécies exóticas pelos turistas, leva à sua criação em cativeiro, quase sempre em más condições.
Fonte: El Mundo
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