sábado, 28 de setembro de 2013

Robô Curiosity encontra água no solo marciano analisado

Auto-retrato do robô Curiosity, obtido em 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2012. O robô encontrava-se em "Rocknest", o local da Cratera Gale onde foi usada a colher, pela primeira vez, para recolher uma amostra de solo. Na frente do robô, podem distinguir-se quatro locais já escavados. O mosaico mostra ainda, à direita, o Monte Sharp, uma montanha sedimentar de 5 Km de altura, situada na base da Cratera Gale, o destino final da viagem do Curiosity - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Análises feitas pelo robô Curiosity, da NASA, revelaram que o solo marciano da Cratera Gale contém uma quantidade de água que surpreendeu os cientistas.
Cerca de 2 por cento do solo na superfície de Marte é constituído por água, em que as moléculas de água estão ligadas quimicamente às partículas de solo de granulação fina.
Embora as evidências de água em Marte não sejam uma novidade, a descoberta do Curiosity pode vir a ser importante para futuros exploradores de Marte, pela possibilidade de acesso a este recurso vital para os seres humanos. À partida, basta escavar o solo e aquecê-lo, para obter água.
O robô Curiosity poisou na Cratera Gale, na superfície de Marte, em 6 de agosto de 2012, com o objectivo de saber se, algum dia, o planeta vermelho teve ambiente favorável à vida. Para isso ele, ele possui dez instrumentos científicos, alguns dos quais podem recolher e processar amostras de solo e rochas.
Um dos equipamentos usados nesta investigação, de nome SAM (Análise de Amostras de Marte), permite identificar uma vasta gama de compostos químicos e determinar as proporções de diferentes isótopos de elementos chave.
Estes resultados fazem parte de um artigo científico publicado, em 27 de Setembro de 2013, na revista Science, conjuntamente com outros quatro artigos, todos sobre a missão Curiosity.
Fonte: NASA

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Distribuição do dióxido de carbono global

As concentrações de dióxido de carbono atingiram o seu máximo entre 1 e 31 de Maio de 2013 - Crédito: NASA/Earth Observatory

O mapa da figura mostra o dióxido de carbono na troposfera média, a parte da atmosfera onde ocorre a maioria dos fenómenos meteorológicos associados ao tempo meteorológico.
Os dados foram recolhidos em maio de 2013, quando os níveis de dióxido de carbono atingiram o seu valor mais alto, pelo menos em 800 mil anos .
As maiores concentrações do gás, em amarelo, estão no Hemisfério Norte, e são mais baixas no Hemisfério Sul . Em maio, a época de crescimento das plantas está a começar no Hemisfério Norte, e assim elas removem ainda pouco carbono da atmosfera.
Embora o dióxido de carbono não seja o gás de efeito de estufa mais potente, nem o mais abundante, ele é o principal responsável pela alteração das temperaturas globais. É controlado na atmosfera através do satélite Aqua, da NASA, que consegue medir as diferentes concentrações em todo o mundo, de dia e de noite, independentemente das condições atmosféricas, esteja o céu nublado ou claro.
O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa devido à sua estrutura molecular, o que significa que ele deixa passar a luz visível do Sol através da atmosfera enquanto absorve e reenvia radiação infravermelha, aquecendo a Terra.
Os gases de efeito estufa actuam como um isolamento e são responsáveis ​​por tornarem o clima da Terra confortável. Sem eles, o nosso planeta teria uma temperatura média de -18 graus Celsius. No entanto, quando as suas quantidades aumentam, surgem os problemas.
Desde o início da Revolução Industrial, a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera é grande, sobretudo pela queima de combustíveis fósseis. A adição de gases de efeito estufa extra para a atmosfera faz aumentar a temperatura do planeta, com impactos importantes, nomeadamente em dois dos principais recursos dos seres humanos e dos ecossistemas, a terra e a água.

Visão espacial da nova ilha formada pelo terramoto do Paquistão

Nova "ilha de lama" formada depois do catastrófico sismo do Paquistão - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jesse Allen/Robert Simmon

Imagem da nova ilha surgida ao largo da costa do Paquistão, captada pelo satélite Earth Observing-1 (EO-1), da NASA, em 26 de Setembro de 2013.
A "ilha de lama" emergiu do fundo do mar Arábico, perto da cidade costeira Gwadar, em 24 de Setembro, pouco depois de um terramoto de magnitude 7.8 que atingiu a província do Baluchistão, no noroeste do Paquistão, causando grande destruição e centenas de mortes e feridos.
A imagem da mesma região adquirida pelo satélite Landsat 8, em 17 de Abril de 2013, não revela qualquer formação na superfície do mar.
Fonte: NASA/Earth Observatory

Somos culpados das alterações climáticas do nosso planeta, confirma novo relatório climático da ONU

O homem altera o clima e ameaça a Terra, "a nossa única casa"! - Crédito imagem: wikipédia

Agora os cientistas têm 95% de certeza que a actividade humana é a grande responsável pelo aquecimento global do nosso planeta. É o que diz uma síntese do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentada esta sexta-feira (27 de Setembro de 2013).
De acordo com o relatório do IPCC, “a atmosfera e o oceano aqueceram, diminuiu a quantidade de neve e de gelo, o nível do mar subiu e a concentração de gases com efeito de esfufa aumentou”, e o ser humano é a causa destas alterações que ameaçam o nosso planeta, "a nossa única casa".
O documento adverte que a manutenção das emissões de gases de efeito estufa irá provocar maior aquecimento e mudanças em todos os aspectos do sistema climático, prevendo que até 2100 o planeta pode aquecer 0,3 a 4,8 graus Celsius.
Neste resumo para os decisores políticos (como é designado), os cientistas dizem que o aumento do nível do mar vai continuar a um ritmo mais rápido do que tem acontecido nos últimos 40 anos, prevendo-se uma subida entre 26 e 82 centímetros, dependendo do que acontecer com as emissões de efeito estufa neste século. Em cenários mais pessimistas, muitas áreas costeiras em todo o mundo serão afectadas.
No futuro, o relatório afirma que o aquecimento deverá continuar em todos os cenários. As simulações indicam que a mudança da temperatura global da superfície, até ao final do século 21, provavelmente será superior a 1,5 graus Celsius, em relação a 1850.
Tal como disse o Prof Sir Brian Hoskins, do Imperial College London, à BBC News: "Estamos numa experiência muito perigosa com o nosso planeta, e eu não quero que os meus netos sofram as consequências dessa experiência."

Modelos climáticos mostram como podem mudar as temperaturas e a precipitação no século 21


Novas visualizações de dados do Centro de Simulação Climática da NASA mostram as estimativaas dos modelos climáticos sobre como podem mudar as temperaturas globais e a precipitação da Terra, ao longo do século 21, dado o aumento dos níveis actuais de gases de efeito estufa.
Este vídeo retrata um cenário em que as concentrações de dióxido de carbono atingim 670 partes por milhão (ppm), em 2100, contra cerca de 400 ppm hoje.
Estes mesmos modelos climáticos foram utilizados no relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), divulgado esta sexta-feira (27 de Setembro de 2013), e que considera a actividade humana como a principal responsável pelo aquecimento global do nosso planeta.
Fonte: NASA

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nova tripulação para a Estação Espacial Internacional


Por entre os gases da descolagem, o foguetão russo Soyuz TMA-10M é lançado para o espaço a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 25 de setembro, transportando a bordo os astronautas da Rússia, Oleg Kotov e Sergey Ryazanskiy, e o astronauta americano Michael Hopkins. A viagem demora seis horas até à Estação Espacial Internacional, onde os astronautas vão permanecer durante cerca de 5 meses, conjuntamente com outros três tripulantes da estação orbital.
De acordo com a NASA, a nova tripulação vai participar em várias investigações científicas incidindo sobre a saúde e fisiologia humana no espaço, sob o efeito da microgravidade.
Actualmente, a Soyuz é a única nave espacial capaz de transportar seres humanos para o espaço.
Crédito da imagem: NASA / Carla Cioffi

Sismo faz surgir uma pequena ilha na costa do Paquistão


As autoridades paquistanesas estão a investigar uma pequena ilha que apareceu na costa do Paquistão, provavelmente como consequência do sismo que abalou a província do Baluchistão, no sudoeste do país, na última terça-feira.
A ilha tem cerca de 30 metros de comprimento, 76 de largura e 18 de altura, e emergiu perto da cidade costeira de Gwadar, no Mar Arábico, um dia depois do terramoto que destruiu milhares de habitações em Awaran, matando cerca de 400 pessoas e ferindo outras 500.
O sismo, de magnitude 7,7 na escala de Richter, aconteceu numa área pobre e bastante populosa, onde a grande maioria das habitações é feita de barro e ruiu facilmente. Foi sentido na capital do país, Carachi, e ainda no Irão e na Índia.
De acordo com cientistas, a ilha que surgiu no mar será o resultado de um vulcão de lama, criado pelo movimento de gases alojados no interior da terra - sacudidos pelo violento sismo - e que forçaram a subida do material - lama e rochas - à superfície da água.
Os vulcões de lama podem surgir em zonas de intensa actividade sísmica, como no caso do sul da província do Baluchistão, situado no cruzamento de placas tectónicas.
Fonte imagem: ÚltimoSegundo

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Impactos de cometas e outros corpos celestes podem criar células básicas da vida, sugere um novo estudo

Júpiter visto a partir da superfície gelada da lua Europa. Este salélite natural tem condições ambientais favoráveis à criação de aminoácidos por colisão de cometas ou outros corpos espaciais, de acordo com o novo estudo - Crédito imagem: NASA / JPL-Caltech

Um novo estudo realizado por uma equipa de cientistas, da qual faz parte a astrobióloga portuguesa Zita Martins, sugere que os impactos violentos de cometas gelados num planeta podem produzir aminoácidos, os blocos de construção das proteínas que compõem os organismos vivos. Estes blocos essenciais da vida também podem ser produzidos quando os meteoritos e outras rochas espaciais colidem com a superfície gelada de um planeta.
Os pesquisadores descobriram que as colisões de alta velocidade desencadeiam ondas de choque intensas que podem transformar compostos orgânicos simples, como água e gelo de dióxido de carbono, encontrados em cometas e em mundos gelados em aminoácidos, o primeiro passo para a vida. São estes "blocos constituintes da vida" que estão na origem de moléculas mais complexas, como as proteínas, assim como os componentes do ADN, a molécula que contém o património genético dos seres vivos.
Embora os impactos de cometas e asteróides sejam associados à destruição da vida, os resultados mostram que também contribuíram para aumentar as oportunidades de vida no Sistema Solar.
Os cientistas do Imperial College London, da Universidade de Kent e Lawrence Livermore National Laboratory fizeram a descoberta ao reproduzirem o impacto de um cometa, disparando projécteis através de uma arma de alta velocidade em alvos de misturas de gelo, com composição semelhante ao dos cometas. Do impacto resultaram aminoácidos, tais como glicina e D-e L-alanina.
O estudo publicado neste domingo (15 de setembro de 2013), na versão online da revista Nature Geoscience, contribui também para o estudo do processo da criação da vida na Terra, possivelmente iniciado há cerca de quatro mil milhões de anos, quando o planeta foi bombardeado por cometas e meteoritos.

domingo, 15 de setembro de 2013

Incêndios em Moçambique e Madagascar

Incêndios em Moçambique e Madagáscar, captados pelo satélite Aqua, da NASA, em 11 de Setembro de 2013. Os incêndios estão destacados a vermelho e, na sua maioria, o fogo é em pastagens ou terra cultivada, de cor castanha nesta imagem. - Crédito: NASA/Jeff Schmaltz, MODIS Rapid Response Team.

A imagem do satélite Aqua, da NASA, em 11 de Setembro de 2013, mostra a quantidade enorme de focos de incêndio detectados em Moçambique e Madagáscar.
A localização, dispersão na natureza e quantidade sugerem que os fogos têm uma origem humana, como resultado do cultivo da terra.
Os agricultores usam as queimadas para devolver os nutrientes ao solo e destruir as plantas indesejadas, para ajudar as culturas e as gramíneas para pastagem, embora o fumo resultante prejudique a qualidade do ar. Em Moçambique e Madagáscar, o desenvolvimento das culturas acontece a partir das primeiras chuvas em Outubro-Novembro, daí a limpeza das terras em Setembro.
Madagáscar é um dos países com maior diversidade de fauna e flora em todo o planeta, abrigando milhares de espécies de plantas, pássaros, répteis e anfíbios, muitos deles existentes apenas no seu território, como o lémure. No entanto, cerca de 90% das suas matas já foram destruídas por meio de corte e queimadas para cultivo de arroz e crescimento de erva de pasto para gado.
Fonte: NASA

Descoberta a maior população conhecida de aglomerados de estrelas e que fornece pistas sobre a matéria negra

A imagem do Telescópio Espacial Hubble mostra a maior população conhecida, mais de 160.000 aglomerados globulares, no agrupamento de galáxias Abell 1689. À esquerda, as inúmeras galáxias que compõem o gigante agrupamento de galáxias Abell 1689. A caixa perto do centro representa uma das regiões observadas pelo Hubble, que contém uma enorme colecção de aglomerados globulares, e que aparece ampliada, à direita. A visão é monocromática, tirada em comprimentos de onda visíveis, onde os aglomerados globulares aparecem como milhares de pequenos pontos brancos, que se parecem com uma tempestade de flocos de neve. As manchas brancas maiores são galáxias de estrelas - Crédito:NASA, ESA, J. Blakeslee

Com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble, uma equipa internacional de astrónomos descobriu a maior e a mais distante população conhecida de aglomerados globulares, um número estimado de 160 mil, localizados perto do núcleo do gigante aglomerado de galáxias conhecido por Abell 1689. Em comparação, a Via Láctea abriga cerca de 150 desses aglomerados.
Ao estudar os aglomerados globulares deste enorme aglomerado de galáxias, os astrónomos descobriram que eles estão intimamente relacionados com a matéria negra e que podem ser usados como traçadores confiáveis ​​da quantidade de matéria escura contida em aglomerados de galáxias como Abell 1689.
O estudo dos aglomerados globulares é importante para compreender os primeiros e mais intensos episódios de formação estelar durante a formação de galáxias. Embora a matéria escura seja invisível, ela é considerada a estrutura gravitacional subjacente na formação de estrelas e galáxias. A compreensão da matéria escura pode fornecer pistas sobre como as grandes estruturas como galáxias e aglomerados de galáxias se uniram há milhares de milhões de anos.

As 17 crias de lince ibérico nascidas no centro de reprodução em cativeiro português, este ano, continuam vivas e saudáveis

A reprodução em cativeiro do lince Ibérico,  Lynx pardinus,  tenta evitar que este precioso felino desapareça para sempre da Terra - Crédito: wikipédia

Este ano, os centros de reprodução do lince ibérico em cativeiro, em Portugal e Espanha, estão de parabéns. Nasceram 53 crias, das quais sobreviveram 44 - o mesmo que em 2012. No centro de Silves, no Algarve, a taxa de sucesso foi maior, com o nascimento de 17 crias - pelo segundo ano consecutivo - e todas elas estão vivas e saudáveis, preparando-se para serem libertadas na Natureza, mais tarde, em território espanhol.
O Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince Ibérico, na Herdade das Santinhas, em Silves, foi inaugurado em 2009, no âmbito do projecto ibérico LIFE Iberlince (2011-2016), com o objectivo de reforçar com os seus animais "as duas únicas populações em estado selvagem, em Doñana e na Serra de Andújar, na Andaluzia, recuperando também as populações que existiam em Portugal, na Extremadura espanhola e em Castela-La Mancha".
A reprodução em cativeiro é uma tentativa final para evitar a extinção do lince-ibérico (Lynx pardinus), a espécie de felino mais ameaçada do mundo, classificada como criticamente em perigo de extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. O último censo, de 2011, indicava apenas 298 exemplares de lince-ibérico.
Fonte: lince ibérico(ICNF) via Publico.pt

Planta do tempo dos dinossauros tem esporos saltitantes

As cavalinhas (Equisetum ssp.), também conhecidas por rabo-de-cavalo, são plantas perenes e herbáceas, comuns em várias partes do mundo. Não têm flores nem sementes e reproduzem-se por libertação de esporos. São consideradas uma das formas de vida vegetal mais antigas do mundo, existindo há mais de 300 milhões de anos na Terra, quando ainda existiam dinossauros.
Observando esporos de cavalinha ao microscópio, pesquisadores franceses descobriram que eles se expandem e contraem, de acordo com a humidade ambiente, com um movimento muito rápido, fazendo com que os pequenos esporos saltem e, simultâneamenete, vão-se deslocando em várias direcções. Em câmara lenta fazem lembrar movimentos de ballet.
Esta característica associada ao vento ajudam a cavalinha a dispersar os esporos, de que ela depende para se reproduzir, o que os cientistas consideram uma grande vantagem evolutiva.
Fonte: ÚltimoSegundo

sábado, 14 de setembro de 2013

Anel de matéria escura num aglomerado de galáxias

"Anel" espectral de matéria escura no aglomerado de galáxias Cl 0024+17 (ZwCl 0024+1652). As observações do Hubble foram obtidas em Novembro de 2004. A alta resolução dos seus instrumentos permitiram aos astrónomos observarem, com detalhe, a teia de formas distorcidas de galáxias distantes pelo efeito de lente gravitacional no aglomerado de galáxias - Crédito: HubbleSite news

A imagem composta do Telescópio Espacial Hubble mostra um "anel" espectral da matéria escura no aglomerado de galáxias ZwCl0024 1652. Os astrónomos sugerem que o anel de matéria escura foi produzido durante uma colisão entre dois aglomerados de galáxias gigantescos.
A matéria escura - embora não se saiba de que é feita - constitui a maior parte do material do universo. A matéria comum, que compõe estrelas e planetas, compreende apenas uma pequena percentagem da matéria do universo. Os cientistas acreditam que a matéria escura é a fonte de gravidade adicional que mantém unidos os aglomerados de galáxias.
Os pesquisadores detectaram o inesperado anel, com 2,6 milhões de anos-luz de diâmetro, quando estavam a mapear a distribuição da matéria escura no aglomerado de galáxias Cl 0024 +17 (ZwCl 0024 1652), localizado a 5 biliões de anos-luz da Terra.
Embora não se possa ver a matéria escura, pois ela não brilha nem reflecte a luz, os astrónomos podem inferir a sua existência em aglomerados de galáxias ao observar como a sua gravidade desvia a luz de fundo das galáxias mais distantes, uma ilusão de óptica chamada de lente gravitacional.
As galáxias mais afastadas surgem deformadas, com a aparência de arcos e faixas. Mapeando as formas distorcidas das galáxias de fundo, os astrónomos podem deduzir a massa do conjunto da matéria escura e traçar como ela está distribuída no aglomerado.
Fonte: Hubble/ESA

Uma flor etérea cósmica

Nebulosa planetária IC 5148, observada pelo New Technology Telescope do ESO - Crédito: ESO

Bonita imagem da nebulosa planetária IC 5148, a cerca de 3.000 anos-luz de distância na constelação de Grus. A nebulosa tem um diâmetro com cerca de dois de anos-luz, e ainda está a crescer a mais de 50 km por segundo, sendo uma das nebulosas planetárias de mais rápida expansão conhecida.
Apesar do nome, esta nebulosa nada tem a ver com planetas. O termo "nebulosa planetária" surgiu no século 19, quando este tipo de objectos foram confundidos com planetas gigantes, ao serem observados através dos pequenos telescópios disponíveis na época. Pelo contrário, estes objectos cósmicos têm uma origem estelar.
Quando uma estrela, com uma massa semelhante ou algumas vezes maior que a do nosso Sol, se aproxima do fim da vida, lança para o espaço as suas camadas mais exteriores. O gás em expansão é iluminado pelo núcleo quente remanescente da estrela no centro, formando a nebulosa planetária que, muitas vezes, adquire uma espectacular forma brilhante.
Quando observada por telescópios mais pequenos, IC 5148 parece um anel de material, com a estrela moribunda brilhando no meio do buraco central. Este aspecto fez com que a nebulosa seja conhecida, também, por Pneu de Reserva (Pneu Sobressalente). A estrela central vai arrefecendo até se tornar numa anã branca.
Na imagem apresentada, captada pelo New Technology Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul), o Pneu Sobressalente Cósmico mostra-se como uma bela flor etérea com pétalas em camadas.
Uma outra beleza cósmica semelhante é NGC 5882, uma nebulosa planetária pequena, mas bastante brilhante, localizada no sul da Via Láctea, na constelação de Lupus.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O voo do sapo astronauta

Uma câmera remota da NASA captou esta foto espectacular de um sapo no ar, durante o lançamento da missão LADEE para estudar o pó lunar, na passada sexta-feira, no centro Wallops da NASA, na Virgínia. A equipa que captou a imagem confirma que o sapo é real.
O pobre animal encontrava-se na rampa de lançamento do foguetão Minotaur V que transportou a sonda, o local mais errado para estar naquele momento, e acabou por ser lançado também para o espaço. Sem querer, transformou-se no primeiro sapo astronauta da história.
Não é a primeira vez que um animal é afectado por um lançamento. Na era dos vaivéns espaciais, foram captadas imagens de um abutre colidindo com o tanque de combustível do veículo e do também famoso morcego astronauta que ficou agarrado ao tanque do Discovery, em 2009.
Crédito da imagem: NASA Wallops Flight Facility/Chris Perry
Fonte: Solar System Exploration

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Como a Terra vê a sonda Voyager 1 - um pálido ponto azul também

Imagem do sinal da Voyager 1, em 21 de Fevereiro de 2013, captado pelos rádio telescópios do Very Long Baseline Array (VLBA), com a sonda a cerca de 18500 milhões de km de distância - Crédito: NRAO / AUI / NSF

Em 14 de Fevereiro de 1990, a pedido de Carl Sagan, a sonda Voyager 1 voltou-se e tirou várias fotografias, entre elas a histórica fotografia da Terra, "Pálido ponto azul", do tamanho de um pixel azul, suspensa num raio de Sol reflectido pela nave. Esta encontrava-se a 6,4 biliões de quilómetros de distância, nos confins do Sistema Solar.
Em 21 de Fevereiro de 2013, os rádio telescópios do Very Long Baseline Array (VLBA) captaram o sinal da nave espacial como um ponto de luz semelhante, um pálido ponto azul, um pouco alongado.
Estes telescópios de rádio não podem ver a Voyager 1 em luz visível, mas conseguem "ver" o sinal de nave espacial em luz de rádio, que depois é transformado em pixeis. Nessa data, a sonda estava a cerca de 18.500 milhões de km de distância.
No seu discurso na Cornell University, em 13 de Outubro de 1994, Carl Sagan afirmou, apontando para o minúsculo ponto azul enviado pela Voyager 1: "toda a história humana aconteceu neste pequeno pixel, que é o nosso único lar".
Agora, pode dizer-se que a história da humanidade está um pouco mais rica. A Voyager 1 deixou o Sistema Solar e entrou no espaço interestelar, um dos marcos mais importantes da história da exploração espacial. Nunca um objecto construído pelo homem chegou tão longe!
Mais informações na página web da missão Voyager.
Fonte: NASA

A nave Voyager 1 deixou o Sistema Solar e entrou no espaço interestelar

No espaço de transição: a ilustração mostra a sonda Voyager 1 a entrar no espaço entre as estrelas. O espaço interestelar é dominado por plasma, gás ionizado que foi expulso por gigantescas estrelas há milhões de anos. Aqui é mostrado de cor alaranjada semelhante à cor vista em imagens de luz visível do telescópio espacial Hubble, que mostram estrelas viajando através do espaço interestelar, na nebulosa de Orion - Crédito: NASA/JPL-Caltech

A nave espacial Voyager 1, da NASA, já está no espaço interestelar. A veterana sonda de 36 anos de idade é, oficialmente, o primeiro objecto feito pelo homem a entrar no espaço entre as estrelas, a cerca de 19.000 milhões de km do nosso Sol. É um marco histórico para a humanidade!
Novos dados recebidos pelos cientistas da missão indicam que a nave finalmente deixou o Sistema Solar, em Agosto de 2012, segundo um relatório de análise desta informação publicado na edição desta quinta-feira do Jornal Science.
Actualmente, a sonda encontra-se na sua viagem histórica de exploração espacial por entre o plasma ou gás ionizado, presente no espaço entre as estrelas - e que foi expulso pela morte de estrelas gigantes, há milhões de anos - numa região de transição imediatamente fora da bolha solar, onde se notam alguns efeitos do nosso Sol. O interior da bolha solar é dominado pelo plasma emanado do Sol, conhecido por vento solar.
Voyager 1 e sua sonda gémea, a Voyager 2, foram lançadas em Setembro e Agosto de 1977, respectivamente. As duas sondas passaram por Júpiter e Saturno. Voyager 2 também voou por Urano e Neptuno. Voyager 2, lançada antes da Voyager 1, é a nave que viaja continuamente no espaço há mais tempo. Encontra-se a cerca 15.000 milhões de km de distância do nosso Sol.
A quantidade de energia disponível para a Voyager 1 tem diminuído ao longo do tempo. De acordo com os cientistas da missão, todos os instrumentos científicos da nave deverão parar de funcionar, provavelmente, em 2025.
Mais informações na página web da missão Voyager.
Pode ver o vídeo que mostra como a equipa descobriu que a sonda tinha atingido o espaço interestelar.
Fonte: NASA

Links relacionados:
Sonda Voyager 1, uma viajante longe de casa

Peixe da espécie Psychrolutes marcidus é a nova mascote das espécies menos atraentes

Hoje, a Ugly Animal Preservation Society (Sociedade para a Preservação do Animal Feio) anunciou que o blobfish (peixe-bolha), um peixe gelatinoso da espécie Psychrolutes marcidus - e com uma cara que dá pena - foi eleito a nova mascote após uma votação pública global online. O blobfish é, agora, o animal mais feio do mundo, embora um título não oficial, escolhido entre vários também não muito atraentes.
A sociedade criou a campanha da mascote com o objectivo de "incentivar os jovens a envolverem-se em projetos de conservação, assim como ajudar a salvar da extinção animais considerados feios" e que, normalmente, passam despercebidos nas campanhas de preservação de outras espécies que as pessoas conhecem e gostam mais.

Simon Watt, biólogo e presidente da Ugly Animal Preservation Society, anunciou o vencedor no Festival Britânico de Ciência, em Newcastle. Ele disse: "Nós precisávamos de uma cara feia para os animais em perigo e fiquei surpreendido com reacção do público. Durante muito tempo os animais bonitos e fofinhos foram o centro das atenções, mas agora o blobfish vai ser uma voz para os marginalizados que sempre ficam esquecidos."


Mapa 3D do bojo central da Via Láctea mostra que tem a forma de um amendoím

Ilustração que mostra qual a forma da Via Láctea, quando vista de perfil e de uma perspectiva completamente diferente da que se tem a partir da Terra. O bojo central parece uma bola brilhante de estrelas em forma de amendoim. Os braços em espiral e as suas nuvens de poeira associadas formam uma banda estreita - Crédito: ESO/NASA/JPL-Caltech/M. Kornmesser/R. Hurt

Dois grupos de astrónomos usaram dados de telescópios do ESO e criaram o melhor mapa a três dimensões de sempre das zonas centrais da Via Láctea. Os cientistas descobriram que a região interna da nossa galáxia se parece com um amendoim ou uma estrutura em X, quando observada de certos ângulos. Estruturas semelhantes também foram observadas nas protuberâncias centrais de outras galáxias.
O mapeamento foi conseguido com a ajuda de dados públicos do telescópio de rastreio em infravermelho VISTA do ESO e também a partir de medições dos movimentos de centenas de estrelas muito ténues situadas no bojo central, utilizando o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros. O objectivo era obter uma visão muito mais clara da estrutura do bojo central da Via Láctea.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Portugal está menos sorridente, e a culpa é da crise.

As pessoas felizes vivem mais, são mais produtivas e cívicas - Crédito imagem: wikipédia

As pessoas felizes vivem mais, são mais produtivas e cívicas. É a principal mensagem do Relatório Mundial sobre Felicidade 2013, elaborado pela Universidade de Columbia para a ONU, e apresentado esta segunda-feira (9 de Setembro de 2013).
Os países mais felizes do mundo continuam no Norte da Europa. Dinamarca, Noruega, Suíça, Holanda e Suécia ocupam os primeiros lugares, entre os 156 países classificados. Portugal ocupa a 85º posição, tendo descido 12 lugares em relação ao relatório anterior. Segundo o estudo, a queda deve-se ao “impacto da crise na zona euro”, que afectou de forma idêntica a Grécia, Itália e Espanha. Com a crise económica e o grande aumento do desemprego, Portugal e os seus vizinhos do sul da Europa estão menos sorridentes.
"Os cidadãos destes quatro países, os mais atingidos pela crise na zona do euro, percebem que perderam a liberdade para tomar decisões importantes nas suas vidas", diz o documento. "A crise tem limitado as suas oportunidades e há a percepção de um aumento de corrupção na política e nos negócios; e menor apoio social e generosidade ", acrescenta.
O Relatório Mundial sobre Felicidade de 2013, foi lançado pela primeira vez no ano passado, e analisa o impacto de factores como a família, educação, saúde, esperança de vida, liberdade de escolha, ou ainda capacidade económica e relações com a comunidade e instituições públicas na felicdade individual.
Portugal foi um dos 41 países analisados onde se verificou uma descida do nível de felicidade (de 5,4, em 2012, para um nível médio de felicidade de 5,1, em 2013). Em 60 outras nações os cidadãos mostraram-se mais satisfeitos com a vida.

Considerado um grande asteróide próximo à Terra (NEO), afinal é um cometa!

A imagem da esquerda mostra o coma e a cauda de Don Quixote - características dos cometas - tal como foram revelados em luz infravermelha pelo telescópio Spitzer. O coma aparece como um brilho ténue em torno do centro do corpo, causado pela poeira e gás. A cauda, que aparece mais claramente na imagem da direita, aponta para o lado direito de Don Quixote, na direcção oposta do sol. A imagem do lado direito representa uma etapa de processamento de imagem mais elaborada, em que o brilho do coma foi removido. As manchas brilhantes em torno Don Quixote são estrelas de fundo, e a barra horizontal cobre artefactos de imagem causados ​​pelo processamento de imagem. - Crédito: NASA/JPL-Caltech/DLR/NAU

Durante 30 anos, os cientistas acreditaram que um grande objecto próximo à Terra (NEO), conhecido como 3552 Don Quixote, era um asteróide. Mas, usando o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, astrónomos da Universidade de Northern Arizona descobriram que o terceiro maior corpo celeste que tem órbita entre o Sol e Júpiter é um cometa.
Os pesquisadores reexaminaram as imagens de Don Quixote desde 2009, quando ele estava na parte da órbita mais próxima do Sol, e observaram que ele tinha um coma ténue e uma cauda.
Os resultados mostram que Don Quixote não é um cometa morto, isto é, que perdeu a água e o dióxido de carbono do coma - nuvem gasosa que envolve o núcleo - e da cauda, restando uma rocha que se parece com um asteroide. Na realidade, Don Quixote é um cometa activo, com grandes depósitos de dióxido de carbono e, presumivelmente, gelo de água, com cerca de 18 Km de comprimento.

Astronautas da Estação Espacial Internacional regressam à Terra

A cápsula da nave russa Soyuz TMA-08M, suspensa do paraquedas, aterra numa área remota perto da cidade de Zhezkazgan, no Cazaquistão, nesta quarta-feira (11 Setembro, 2013). No seu interior estão os astronautas Pavel Vinogradov e Alexander Misurkin, da Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos), e o astronauta da NASA Chris Cassidy, que regressam à Terra, após 166 dias no espaço, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).
Pode ver o vídeo do regresso dos astronautas, Welcome Home Expedition 36! (Benvindos a casa, Expedição 36!).
Crédito: NASA/Bill Ingalls

Um terço dos alimentos produzidos é desperdiçado, com danos económicos e ambientais, segundo relatório da FAO

Nos países mais ricos, os consumidores dão demasiada importância ao aspecto estético dos alimentos, como a hortaliça e a fruta, rejeitando alimentos perfeitamente comestíveis - Crédito imagem: wikipédia

Segundo o relatório apresentado nesta quarta-feira (11 de Setembro de 2013) pela agência das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), mais de 1.300 milhões de toneladas de alimentos produzidos em todo o mundo perdem-se ou são desperdiçados, com custos económicos anuais de 570 mil milhões de euros.
Para além das perdas económicas, o relatório adverte que este desperdício danifica gravemente os recursos naturais de que a humanidade depende para se alimentar. "Food Wastage Footprint: Impacts on Natural" (Pegada dos desperdícios alimentares: impactos nos Recursos Naturais") é o "primeiro estudo que analisa os efeitos do desperdício alimentar a nível mundial desde uma perspectiva ambiental, centrando-se especificamente nas consequências para o clima, o uso da água, do solo e da biodiversidade.
Anualmente, os alimentos produzidos e que não são consumidos utilizam um volume de água equivalente ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia, para além de ocuparem 30% da terra cultivada em todo o mundo. Eles são responsáveis pela emissão de 3,3 mil milhões de toneladas de gases com efeito de estufa na atmosfera, de acordo com o relatório.
Para o director-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, “Não podemos simplesmente permitir que um terço de todos os alimentos que produzimos seja perdido ou desperdiçado devido a práticas inadequadas, quando 870 milhões de pessoas passam fome todos os dias”.
Pode ver uma animação sobre a pegada do desperdício de alimentos neste endereço.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Comissão Europeia propõe novas medidas contra as espécies invasoras

Em Portugal, o chorão-das-praias, Carpobrotus edulisinvade dunas e zonas arenosas - Crédito: wikipédia

A Comissão Europeia (CE) apresentou nesta segunda-feira um conjunto de medidas legislativas com o objectivo de impedir o aumento do número de plantas invasoras na Europa.
Umas das propostas apresentadas aos 28 Estados-membros é a elaboração, em conjunto, de uma lista de plantas invasoras preocupantes para a União Europeia (UE). “As espécies seleccionadas serão banidas da UE, deixando de ser possível importá-las, comprá-las, utilizá-las, libertá-las ou vendê-las.” Além disso, durante o período de transição (não especificado na nota), serão adoptadas medidas para apoiar os comerciantes, criadores e proprietários destas espécies.
Segundo a CE, existem actualmente na Europa mais de 12 mil espécies exóticas, isto é, espécies que estão fora do seu habitat natural. Destas, apenas 15% são invasoras, pois crescem e reproduzem-se rapidamente, prejudicando o ecossistema onde se encontram.
As espécies invasoras causam prejuízos económicos calculados em 12 milhões de euros por ano, com riscos para a saúde pública, infra-estruturas e culturas agrícolas. A nível ambiental, estas espécies danificam os ecossistemas e conduzem à perda de biodiversidade.
Portugal também é afectado pelas espécies exóticas, cujo número tem aumentado, segundo informação no site do projecto Invasoras, da Universidade de Coimbra. Actualmente, existem em Portugal continental cerca de 670 espécies exóticas, das quais 8% têm comportamento invasor.
Desde 1999, Portugal tem legislação que regula a introdução de espécies exóticas, e onde estão assinaladas as invasoras proibidas. Entre as mais conhecidas e problemáticas estão as acácias, as mimosas, o chorão-das-praias ou o jacinto-de-água.
Fonte: Invasoras e Comunicado Europeu

Celebrando 1000 imagens compartilhadas da sonda Messenger, em órbita de Mercúrio

Mosaico comemorativo das 1000 imagens da sonda Messenger - Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington (permite ver imagem ampliada)

O mosaico apresentado pela equipa Messenger, esta terça-feira (10 de Setembro), celebra as 1000 imagens compartilhadas no site da missão, seleccionadas entre a enorme variedade de imagens, mapas e outros dados científicos enviados pela sonda, actualmente em órbita de Mercúrio. A primeira imagem foi apresentada em Agosto de 2005.
A sonda Messenger foi lançada para o espaço em 3 de Agosto de 2004, entrando em órbita em torno do planeta mais interno cerca de seis anos e meio depois, em 18 de Março de 2011. Pode ver a primeira imagem de Mercúrio a partir da sua órbita, assim como um vídeo de tributo à sonda Messenger.
As imagens apresentadas constituem, apenas, uma pequena parte do total de imagens já disponível online, e onde se pode distinguir, entre outras, o misterioso e escuro pólo norte de Mercúrio, a bacia Caloris em cores, canais de lava, Pantheon Fossae, imagens da Terra e de Vénus, e o monstro Cookie (O Monstro das Bolachas)!
Fonte: Messenger

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Biodiversidade de Bragança

Mosca-das-flores-comum, Episyrphus balteatus. Na sua forma adulta, alimenta-se do néctar e do pólen das flores.

Saturno, Lua, Vénus e o avião

Três planetas brilham ao anoitecer, a oeste sudoeste de Bragança: o ténue Saturno, mais alto, a Lua em quarto crescente e o luminoso Vénus, mais baixo. O rasto gasoso de um avião também é visível no céu crepuscular.

domingo, 8 de setembro de 2013

Vénus e a Lua em quarto crescente

Vénus e a Lua em quarto crescente num pôr-do-sol muito colorido, a oeste-sudoeste em Bragança.

Vénus e a Lua, os dois astros mais brilhantes no pôr-do-sol. Um pouco acima e à esquerda está Saturno, que ainda não é visível nesta altura.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vídeos dos eclipses solares observados pelo robô Curiosity em Marte


Em 19 e 20 de Agosto, o robô Curiosity registou dois eclipses solares, a partir da superfície de Marte, quando a maior lua do planeta, Phobos, passou em frente ao Sol.
Com as imagens captadas pelo robô, os cientistas da missão criaram dois vídeos, um para cada dia. O primeiro, mostrado acima, inclui ainda imagens da sombra provocada à volta do robô, enquanto a lua marciana Phobos atravessou o disco solar.
O segundo vídeo, em baixo, mostra um eclipse solar anular, o mais parecido possível a um eclipse total observado de Marte. Phobos tem apenas 22 Km de largura média e não cobre completamente o Sol, tal como acontece quando a Lua tapa todo o Sol, num eclipse total visto da Terra.

Pôr-do-sol em Bragança

Pôr-do-sol em Bragança, quando parece que o tempo vai mudar. O verão está a terminar!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Imagens históricas da Lua, Vénus, Marte e Júpiter publicadas online

Fotografia da Terra e da Lua captada pelo primeiro Lunar Orbiter, em 1966 - Crédito: University College London (UCL)

Celebrando o Festival dos Planetas, que acontece na capital britânica de 8 a 13 de Setembro, a University College London (UCL) decidiu colocar online o seu arquivo de imagens históricas e mapas da corrida espacial da NASA e outras agências, nomeadamente da agência espacial soviética. As imagens estão disponíveis em alta resolução neste endereço.
Tal como explicou a UCL, antes do uso da internet para compartilhar informações científicas, a NASA enviava cópias das suas fotografias a sete instituições fora dos Estados Unidos, entre elas a universidade britânica. Apesar da competição espacial durante a Guerra Fria, os dois lados trocavam informações.
A primera imagem da Terra obtida a partir Lua, no âmbito do programa americano Lunar Orbiter, em 1966, fotografias soviéticas da superfície de Vénus, dos anos 80, mosaicos das luas de Júpiter captados pela sonda Voyager 1, dos anos 70, são alguns dos tesouros que se podem consultar online. Entre eles, encontra-se um mapa detalhado da Lua desenhado pelo astrónomo britânico Walter Goodacre, em 1910, reproduzido numa imagem digital de 400 megapixéis.
Mais informações em University College London (UCL)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NASA selecciona quatro possíveis locais de pouso para a missão robótica a Marte, em 2016

Os quatro potenciais locais de pouso para a próxima missão da NASA a Marte, prevista para 2016, estão localizados perto uns dos outros, na região de Elysium Planitia de Marte. O mapa topográfico usa dados do Mars Orbiter Laser Altimeter, na sonda Mars Global Surveyor, da NASA. A codificação de cor neste mapa indica elevação em relação a um dado de referência, pois em Marte não há "do nível do mar" como na Terra.  As menores elevações são apresentados em azul escuro e o mais alto, em branco. A diferença entre o verde e o laranja é de cerca de 2,5 milhas (4 km) verticalmente, na codificação de cores - Crédito: NASA / JPL-Caltech

A agência espacial americana escolheu quatro potenciais locais de pouso para a próxima missão a Marte, em 2016, para estudar o interior do planeta.
O robô estacionário Interior Exploration Using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport ou, usando as iniciais, InSight, está programado para ser lançado em Março de 2016 e pousar no Planeta Vermelho, seis meses depois, num dos quatro locais seleccionados entre os 22 possíveis candidatos.
Os quatro lugares são próximos uns dos outros e estão situados numa planície equatorial de uma área de Marte conhecida por Elysium Planitia, suficientemente perto do equador para que os painés solares da sonda robótica possam receber energia adequada em todas as épocas do ano.
"Nós escolhemos quatro locais que parecem mais seguros", disse o geólogo Matt Golombek, do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, Califórnia, e líder do processo de selecção. "Eles têm, sobretudo, terreno liso, com algumas pedras e muito pouca inclinação".

Alinhamento invulgar de nebulosas planetárias surpreende astrónomos

Espectacular nebulosa planetária bipolar Hubble 12, também conhecida por PN Hb 12, situada na constelação de Cassiopeia. A imagem foi captada pelo Telescópio Espacial Hubble - Crédito:NASAESA

Quando uma estrela como o Sol se encontra na fase final da sua vida lança as suas camadas exteriores para o espaço circundante, originando as chamados nebulosas planetárias que apresentam uma grande variedade de formas, muitas delas bonitas e invulgares.
Um novo estudo, usando observações do telescópio Hubble e do New Technology Telescope do ESO (NTT), descobriu que as nebulosas planetárias bipolares - com forma de borboleta cósmica - localizadas em direcção ao bojo central da Via Láctea, parecem estar alinhadas no céu, o que surpreendeu os astrónomos, pois todas estas nebulosas se formaram em locais diferentes e apresentam variadas características.
Os astrónomos observaram 130 nebulosas planetárias no bojo central da Via Láctea e identificaram os vários tipos destes objectos, estudando cuidadosamente as suas características e a sua aparência.
“Esta é verdadeiramente uma descoberta surpreendente e, se for confirmada, uma descoberta muito importante,” explica Bryan Rees da Universidade de Manchester, um dos dois autores do artigo científico que apresenta estes resultados. “Muitas destas borboletas fantasmagóricas parecem ter os seus eixos maiores alinhados ao longo do plano da nossa Galáxia. Ao usar imagens tanto do Hubble como do NTT, pudemos ver muito bem estes objectos e por isso conseguimos estudá-los com grande detalhe.”

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Grande tempestade de Saturno revela água no interior profundo da atmosfera do planeta

Imagens da missão Cassini, da NASA, mostrando o poder da tubulência de uma gigantesca tempestade em Saturno. A imagem Cassini de luz visível na parte de trás, obtida em 25 de Fevereiro de 2011, mostra as nuvens turbulentas produzidas através de Saturno. A imagem em infravermelho inserida, obtida no dia anterior, mostra gelo de água e amónia de profundidade trazidos para a atmosfera de Saturno - Crédito: NASA / JPL-Caltech / SSI / Univ. of Arizona / Univ. de Wisconsin 

No final de 2010, a sonda Cassini detectou uma monstruosa e turbulenta tempestade que rodeou o hemisfério norte de Saturno, numa banda à volta de 33 graus norte, e com uma extensão de mais de 300.000 Km.
Um novo estudo, publicado na revista Icarus, revela que a gigantesca tempestade fez subir água gelada a partir das grandes profundidades da atmosfera de Saturno.
A descoberta resultou das medições em infravermelho próximo da sonda Cassini. É a primeira vez que se detecta gelo de água em Saturno. A água tem origem nas camadas profundas da atmosfera do Planeta Vermelho.
O novo estudo baseia-se nos dados colhidos, em 24 de Fevereiro de 2011, pelo espectrómetro de mapeamento visual e infravermelho da Cassini. A equipa de cientistas, liderada por Lawrence Sromovsky, da Universidade de Wisconsin, descobriu que as partículas das nuvens, no topo da grande tempestade, são compostas por uma mistura de água gelada, gelo de amónia, e um terceiro elemento incerto, possivelmente, hidrossulfeto de amónio.

Biodiversidade de Bragança

Observando várias borboletas acobreadas,Lycaena phlaeas, empenhadas nos seus rituais de acasalamento. Abrem as asas, mostrando a sua beleza, para atrair parceiro. São pequenas, com 20/30 mm de envergadura, podendo encontrar-se mesmo à beira das estradas, no campo.


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Apreendidos ovos de papagaio, vindos do Brasil

Papagaio-de-cauda-curta, Graydidascalus brachyurus - wikipédia

Em Maio de 2013, no aeroporto da Portela, em Lisboa, foram apreendidos 61 ovos de papagaio que uma mulher, proveniente do Brasil, trazia à cintura. Os ovos estavam embrulhados em papel e enfiados em meias, o conjunto vinha enrolado à volta da cintura, por baixo da camisa.
O comércio ilegal de ovos é, actualmente, o principal negócio no contrabando de espécies vivas em Portugal. Mais tarde, depois da eclosão, as aves valem milhares de euros.
O transporte de ovos é uma forma de contrabando que já dura há uma década, uma maneira de contornar a dificuldade em transportar, às escondidas, aves vivas capturadas no seu habitat natural que, muitas vezes, não resistiam.
Descobriu-se que a temperatura do corpo humano é semelhante à da incubação dos ovos, por isso, manter os ovos junto à barriga era a melhor forma de os conservar vivos durante a viagem. Muitos deles acabam por eclodir já no destino final.
Foi o que aconteceu aos ovos apreendidos em Maio. A maior parte sobreviveu e são agora papagaios, a cargo de um parque zoológico. De acordo com o especialista João Loureiro, chefe da Divisão de Gestão de Espécies de Flora e Fauna do Instituto Nacional de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), são papagaios-de-cauda-curta, Graydidascalus brachyurus.

A viagem da luz através do espaço e do tempo

 

Cientistas da missão Planck revelaram, em 21 de Março, o mapa mais preciso e detalhado de como era o Universo 370 mil anos depois do Big Bang. Ele mostra a luz mais antiga desse tempo, chamada radiação cósmica de fundo, que tem viajado durante biliões de anos desde o Universo primordial, e que agora chega até nós sob a forma de microondas, captadas pelo telescópio espacial Planck, revelando novas informações sobre a sua idade, conteúdo e origens.
A animação mostra a "vida" de um fótão, ou partícula de luz, enquanto viaja através do espaço e do tempo, a partir de uma fase inicial do Universo, até chegar ao telescópio Planck.
A viagem da luz começa apenas momentos após o Big Bang, que criou o Universo há cerca de 13,8 biliões anos. Naquela época, o universo era um plasma quente de electrões, protões e fotões (bolas verdes e vermelhas e partículas lineares azuis, respectivamente). A luz é reflectida repetidamente pelos electrões e, como resultado, não pode viajar para muito longe.
Mais tarde, cerca de 370 mil anos após o Big Bang, o Universo arrefece o suficiente para que os electrões e os protões se possam unir, formando os átomos de hidrogénio. Os electrões deixaram o caminho livre para a luz, e ela inicia a sua viagem.

Biodiversidade de Bragança

Lagarta da borboleta Cauda de andorinha, Papílio machaon

Pequena borboleta Azul comum, Polyommatus icarus

domingo, 1 de setembro de 2013

Biodiversidade de Bragança

Mais uma manhã observando borboletas, nos arredores da cidade de Bragança. O dia está bastante luminoso e a fotógrafa, eu, limitou-se a carregar no botão e pouco mais.

Gostei particularmente deste exemplar, deixou-se fotografar mostrando uma atitude confiante. Pequena borboleta (cerca de dois centímetros) de nome Azul de cauda curta de Lang, Leptotus pirithous.

Voando no Campo Ultra Profundo do Hubble em 3-D


O vídeo mostra um voo através do Hubble Ultra Deep Field, a visão mais distante do universo em luz visível.
O Hubble Ultra Deep Field ("Campo Ultra Profundo do Hubble"), ou HUDF, é uma imagem de uma pequena região do espaço, na constelação de Fornax, composta por dados do Telescópio Espacial Hubble, captados entre 3 de Setembro de 2003 e 16 de Janeiro de 2004, com mais de 10.000 galáxias. É a imagem mais profunda do universo tirada em luz visível, mostrando o passado a mais de 13 biliões de anos atrás.
Neste vídeo, é possível ver mais de 5.330 galáxias da imagem do Campo Ultra Profundo do Hubble. Estas bonitas espirais e enormes elípticas são algumas das mais antigas e mais distantes galáxias já fotografadas por um telescópio óptico. Aqui, as galáxias são vistas como elas eram entre 400 a 800 milhões de anos após o Big Bang.
As distâncias para estas galáxias foram medidas usando o desvio para o vermelho cosmológico, que é o alongamento da luz devido à expansão do universo. Quanto mais a luz viajou por todo o universo, mais ela é esticada e tanto maior é o valor do desvio para o vermelho. Os desvios para o vermelho destas galáxias foram convertidos para distâncias para montar um modelo 3-D dos dados.
Esta visualização científica voa através dos dados para mostrar a verdadeira natureza 3-D da imagem do Hubble Ultra Deep Field.