Em Portugal, o chorão-das-praias, Carpobrotus edulis, invade dunas e zonas arenosas - Crédito: wikipédia
A Comissão Europeia (CE) apresentou nesta segunda-feira um conjunto de medidas legislativas com o objectivo de impedir o aumento do número de plantas invasoras na Europa.
Umas das propostas apresentadas aos 28 Estados-membros é a elaboração, em conjunto, de uma lista de plantas invasoras preocupantes para a União Europeia (UE). “As espécies seleccionadas serão banidas da UE, deixando de ser possível importá-las, comprá-las, utilizá-las, libertá-las ou vendê-las.” Além disso, durante o período de transição (não especificado na nota), serão adoptadas medidas para apoiar os comerciantes, criadores e proprietários destas espécies.
Segundo a CE, existem actualmente na Europa mais de 12 mil espécies exóticas, isto é, espécies que estão fora do seu habitat natural. Destas, apenas 15% são invasoras, pois crescem e reproduzem-se rapidamente, prejudicando o ecossistema onde se encontram.
As espécies invasoras causam prejuízos económicos calculados em 12 milhões de euros por ano, com riscos para a saúde pública, infra-estruturas e culturas agrícolas. A nível ambiental, estas espécies danificam os ecossistemas e conduzem à perda de biodiversidade.
Portugal também é afectado pelas espécies exóticas, cujo número tem aumentado, segundo informação no site do projecto Invasoras, da Universidade de Coimbra. Actualmente, existem em Portugal continental cerca de 670 espécies exóticas, das quais 8% têm comportamento invasor.
Desde 1999, Portugal tem legislação que regula a introdução de espécies exóticas, e onde estão assinaladas as invasoras proibidas. Entre as mais conhecidas e problemáticas estão as acácias, as mimosas, o chorão-das-praias ou o jacinto-de-água.
Fonte: Invasoras e Comunicado Europeu
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