Imagens da missão Cassini, da NASA, mostrando o poder da tubulência de uma gigantesca tempestade em Saturno. A imagem Cassini de luz visível na parte de trás, obtida em 25 de Fevereiro de 2011, mostra as nuvens turbulentas produzidas através de Saturno. A imagem em infravermelho inserida, obtida no dia anterior, mostra gelo de água e amónia de profundidade trazidos para a atmosfera de Saturno - Crédito: NASA / JPL-Caltech / SSI / Univ. of Arizona / Univ. de Wisconsin
No final de 2010, a sonda Cassini detectou uma monstruosa e turbulenta tempestade que rodeou o hemisfério norte de Saturno, numa banda à volta de 33 graus norte, e com uma extensão de mais de 300.000 Km.
Um novo estudo, publicado na revista Icarus, revela que a gigantesca tempestade fez subir água gelada a partir das grandes profundidades da atmosfera de Saturno.
A descoberta resultou das medições em infravermelho próximo da sonda Cassini. É a primeira vez que se detecta gelo de água em Saturno. A água tem origem nas camadas profundas da atmosfera do Planeta Vermelho.
O novo estudo baseia-se nos dados colhidos, em 24 de Fevereiro de 2011, pelo espectrómetro de mapeamento visual e infravermelho da Cassini. A equipa de cientistas, liderada por Lawrence Sromovsky, da Universidade de Wisconsin, descobriu que as partículas das nuvens, no topo da grande tempestade, são compostas por uma mistura de água gelada, gelo de amónia, e um terceiro elemento incerto, possivelmente, hidrossulfeto de amónio.
O modelo clássico da atmosfera de Saturno diz que é formada por camadas, com nuvens de água no fundo, nuvens de hidrossulfeto de amónia no meio, e nuvens de amónia perto do topo. Estas camadas estão cobertas por uma neblina na troposfera superior, cuja composição se desconhece e que tapa quase tudo.
No entanto, de acordo com os investigadores, parece que a tempestade revolveu a atmosfera e desfez as camadas, trazendo o vapor de água a partir de uma camada inferior, que condensou e congelou enquanto subia na atmosfera. Os cristais de gelo de água parecem ter ficado revestidos com materiais mais voláteis, como hidrossulfeto de amónia e amónia, à medida que a temperatura diminuiu durante a sua ascensão.
Fonte: NASA
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