"Anel" espectral de matéria escura no aglomerado de galáxias Cl 0024+17 (ZwCl 0024+1652). As observações do Hubble foram obtidas em Novembro de 2004. A alta resolução dos seus instrumentos permitiram aos astrónomos observarem, com detalhe, a teia de formas distorcidas de galáxias distantes pelo efeito de lente gravitacional no aglomerado de galáxias - Crédito: HubbleSite news
A imagem composta do Telescópio Espacial Hubble mostra um "anel" espectral da matéria escura no aglomerado de galáxias ZwCl0024 1652. Os astrónomos sugerem que o anel de matéria escura foi produzido durante uma colisão entre dois aglomerados de galáxias gigantescos.
A matéria escura - embora não se saiba de que é feita - constitui a maior parte do material do universo. A matéria comum, que compõe estrelas e planetas, compreende apenas uma pequena percentagem da matéria do universo. Os cientistas acreditam que a matéria escura é a fonte de gravidade adicional que mantém unidos os aglomerados de galáxias.
Os pesquisadores detectaram o inesperado anel, com 2,6 milhões de anos-luz de diâmetro, quando estavam a mapear a distribuição da matéria escura no aglomerado de galáxias Cl 0024 +17 (ZwCl 0024 1652), localizado a 5 biliões de anos-luz da Terra.
Embora não se possa ver a matéria escura, pois ela não brilha nem reflecte a luz, os astrónomos podem inferir a sua existência em aglomerados de galáxias ao observar como a sua gravidade desvia a luz de fundo das galáxias mais distantes, uma ilusão de óptica chamada de lente gravitacional.
As galáxias mais afastadas surgem deformadas, com a aparência de arcos e faixas. Mapeando as formas distorcidas das galáxias de fundo, os astrónomos podem deduzir a massa do conjunto da matéria escura e traçar como ela está distribuída no aglomerado.
Fonte: Hubble/ESA
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