sábado, 30 de junho de 2012

Telescópio NuSTAR abriu os seus olhos de raios X

Primeiras imagens em raios X de alta energia, captadas como teste pelo telescópio Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR), da NASA. Foi escolhido um buraco negro brilhante da Via Láctea, Cygnus X-1, na constelação de Cygnus (à esquerda) - Crédito: NASA/JPL-Caltech

O telescópio Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR), da NASA, captou as suas primeiras imagens de teste do universo de raios X de alta energia. Foi lançado a 13 de Junho, e é o primeiro telescópio espacial com capacidade para detectar raios X de alta energia.
As imagens mostram Cygnus X-1, um buraco negro na nossa galáxia, que está a atrair gás de uma estrela companheira gigante, a cerca de 6000 anos-luz, na constelação Cygnus. Ele foi escolhido pela equipa científica para testar os instrumentos do telescópio por ser muito brilhante em raios X, o que facilita o trabalho.
A calibração do telescópio continua das duas próximas semanas, com outros dois objectos brilhantes: G21.5-0.9, o remanescente de uma explosão de supernova que ocorreu na nossa galáxia, a Via Láctea, há vários milhares de anos e 3C273, um buraco negro que está a alimentar-se activamente, ou quasar, localizado a 2000 milhões de anos-luz, no centro de outra galáxia.
Outros telescópios colaboram na calibração de NuSTAR, incluindo os telescópios espaciais Swift e Chandra, da NASA, e o telescópio XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA). A missão deve iniciar a sua actividade científica principal dentro de duas semanas.
Fonte: NASA

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Aproveite bem o segundo extra que vai ter este fim-de-semana

O tempo oficial terá um segundo extra às 23:59:60, de 30 de Junho, nos Açores e às 00:59:60, de 1 de Julho, em Portugal continental e Madeira (com uma hora a mais) - Crédito imagem da Terra: NASA

Este fim-de-semana todo o mundo vai ter um tempo extra, precisamente mais um segundo. Os relógios do planeta vão dar um "salto" de um segundo, em 30 de Junho, o chamado "segundo intercalar", porque a Terra está a levar cada vez mais tempo para completar uma rotação - isto é um dia - ou um dia solar (do ponto de vista técnico). Por isso, o dia solar está a ficar gradualmente maior com o abrandamento da rotação da Terra.
De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), responsável pela hora legal de Portugal, essa mudança acontecerá nos Açores na noite do próximo sábado, 30 de Junho. Normalmente, o relógio passaria de 23:59:59 para 00:00:00, no dia seguinte. Em vez disso, às 23:59:59, em 30 de Junho, irá mover-se para 23:59:60 UTC, e depois para as 00:00:00 de 1 de Julho.
Em Portugal Continental e na Madeira, onde é uma hora a mais do que nos Açores, o acerto vai ocorrer já no domingo, 1 de Julho, às 00h59m59s o relógio move-se para 00h59m60s UTC e depois para 01h00m00s. Na prática, isso significa que os relógios de muitos sistemas serão desligados durante um segundo.

Tártaro dos dentes de um Australopithecus revela que ele comia cascas de árvores e madeira

Crânio de Australopithecus sediba - Fonte: wikipédia
Um artigo publicado na revista Nature revela que o Australopithecus sediba comia casca de árvores e madeira, uma alimentação semelhante à dos chimpanzés que vivem hoje nas florestas, e que nunca tinha sido encontrada em qualquer antepassado do homem, até agora.
O Australopithecus sediba é uma espécie de hominídeo, cujos restos fósseis conhecidos foram encontrados em 2008 em Malapa, num sítio arqueológico a 40 quilómetros de Joanesburgo, na África do Sul, rico em fósseis.
Eram as ossadas de uma fêmea e de um jovem que terão vivido há quase 2 milhões de anos, muito tempo depois de Lucy, uma Australopithecus afarensis que viveu há 3,2 milhões de anos. Para alguns cientistas, o Australopithecus sediba pode ser uma espécie de transição entre os australopitecos e os primeiros Homo, uma fase mal conhecida da evolução humana.
Segundo o estudo publicado, os cientistas analisaram o carbono dos dentes do Australopithecus sediba e descobriram que eles mastigavam, de preferência, arbustos e árvores, em vez de gramíneas ou plantas herbáceas.
O tártaro dos seus dentes também mostrou que eles se alimentavam de madeiras de várias espécies de plantas, para além de folhas e frutos. A dieta destes hominídeos permitiu aos investigadores concluirem que, há dois milhões de anos, a região onde foram encontrados era um bosque, o que pode explicar ser uma alimentação parecida com a dos chimpanzés actuais e diferente doutra espécie de australopiteco ou de Homo.
Mais informações em Publico.pt

Astronautas chineses regressam à Terra

A primeira astronauta chinesa, Liu Yang, regressa a casa sorridente, em 29 de Junho de 2012, depois da sua missão espacial em órbita terrestre(reprodução)

Os três astronautas chineses, incluindo a primeira mulher astronauta, regressaram à Terra, a bordo da nave espacial Shenzhou-9, depois de 13 dias no espaço numa missão histórica que fez da China o terceiro país a efectuar a acoplagem de uma nave tripulada com outra em órbita.
A nave aterrou na Mongólia Interior, Região Autónoma da República Popular da China, esta sexta-feira (29 de Junho), às 10h05 locais (3h05 em Portugal continental).
Jing, Liu Yang e Liu Wang mostraram-se muito sorridentes à saída da cápsula. Permaneceram sentados em cadeiras para ajudar na adaptação à gravidade da Terra, após quase duas semanas num ambiente sem gravidade.
Logo depois da aterragem, o primeiro ministro da China, Wen Jiabao, considerou a missão Shenzhou 9 um "sucesso completo".
Durante a missão, os astronautas conseguiram acoplar manualmente a sua nave com o laboratório espacial Tiangong-1. O sucesso desta manobra e de toda a missão constitui um passo fundamental para a China, que quer construir uma estação espacial de 60 toneladas em órbita (a Estação Espacial Internacional tem cerca de 400 toneladas), até 2020. Com isto a China torna-se o terceiro país a construir a própria estação orbital, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética.
Vídeo da aterragem dos astronautas chineses neste endereço.
Mais informações em Space.com

Neste fim-de-semana a hora tem "segundo intercalar"

A Terra vista pela tripulação da Apollo 8 - Crédito: NASA

Entre sábado e domingo deste fim-de-semana, vai ser acrescentado um segundo ao relógio. Este acerto, que ocorre em todo o mundo simultaneamente, acontece porque a rotação da Terra tem vindo a diminuir.
De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), responsável pela hora legal de Portugal, essa mudança acontecerá nos Açores na noite do próximo sábado, 30 de Junho, e o segundo a mais é introduzido entre 23h59m59s e as 00h00m00s.
Em Portugal Continental e na Madeira, onde é uma hora a mais do que nos Açores, o acerto vai ocorrer já a 1 de Julho, entre as 00h59m59s e as 01h00m00s.
A introdução de um “segundo intercalar” para acertar o tempo é feita, quando necessário, no final dos meses de Junho ou Dezembro. Neste ano de 2012 tal "acerto" é necessário e será efectuado no final de Junho, para manter sincronizado o tempo e a rotação do nosso planeta.
Este acerto do tempo (escala do Tempo Universal Coordenado (UTC)) começou em 1972, por recomendação da International Earth Rotation Service (IERS), a entidade da União Astronómica Internacional que estuda com rigor a relação entre a rotação da Terra e a medição do tempo. Desde então, já foram feitos 24 acertos.
Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) via Publico.pt

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Óptica no espaço

O astronauta Andre Kuipers (à esquerda), da Agência Espacial Europeia (ESA), mostra a sua imagem refractada e, depois, reflectida numa bolha de água fora do seu recipiente de bebida, a bordo da Estação Espacial Internacional.
Também o astronauta Joe Acaba, da NASA (à esquerda), tem a sua imagem refractada numa bolha de água que flutua livremente, entre ele e a câmara, no interior da estação orbital.
Actualmente a Estação Espacial Internacional tem uma tripulação de seis astronautas que formam a Expedição 31, três russos, dois americanos e um holandês. Três dos astronautas deverão regressar à Terra no domingo (1 de julho), a bordo de uma nave espacial russa Soyuz, depois de quase seis meses no espaço.
Andre Kuipers é um dos astronautas que regressam, juntamente com Don Pettit, da NASA, e o cosmonauta russo Oleg Kononenko. Ainda em Julho, os astronautas serão substituídos por outros três tripulantes.

Crédito imagens: NASA/ISS/ Joe Acaba/ Andre Kuipers

Titã pode conter um oceano subterrâneo de água líquida

Ilustração da possível estrutura interna da Titã, sugerida pelos dados da sonda Cassini, da NASA. Os cientistas têm tentado determinar o que está por baixo da atmosfera de Titã, rica em compostos orgânicos, e da crosta gelada. Os dados sugerem fortemente um oceano global subterrâneo, sobre uma camada de gelo de alta pressão e um núcleo de silicatos hidratados - Crédito: A. Tavani

Os dados recolhidos pela sonda Cassini revelaram que Titã, a maior lus de Saturno, pode conter uma camada de água líquida no seu interior, debaixo da capa de gelo.
Segundo o estudo publicado esta semana na revista Science, as deformações observadas no interior da lua, enquanto orbita Saturno sugerem que Titã alberga um oceano subterrâneo de água líquida.
A atracção gravitacional de Saturno provoca deformações ou marés sólidas em Titã que foram observadas pela sonda Cassini. Os dados da nave mostram que essas deformações podem atingir 10 metros de altura, o que mostra que Titã não é feito apenas de material rochoso sólido.

Atmosfera de exoplaneta é "varrida" pela erupção da sua estrela

Ilustração sobre a evaporação da atmosfera do exoplaneta HD 189733b devido a uma erupção poderosa da sua estrela hospedeira. O telescópio Hubble, da NASA, detectou os gases escapando da atmosfera e o satélite Swift, da NASA, captou a explosão estelar - Crédito: NASA's Goddard Space Flight Center)

Uma equipa internacional de astrónomos detectou alterações significativas na atmosfera de um planeta fora do nosso Sistema Solar, em consequência de uma poderosa erupção da sua estrela hospedeira.
Os cientistas estudavam a atmosfera de um exoplaneta, com ajuda do telescópio Hubble e, logo depois de uma violenta explosão de raios X da estrela hospedeira, que foi observada pelo satélite Swift, a atmosfera do planeta libertava grande quantidade de gás.
O exoplaneta HD 189733b é, um gigante gasoso semelhante a Júpiter, mas cerca de 14 por cento maior e mais massivo. Orbita uma estrela apenas acerca de 3 milhões de milhas, ou 30 vezes mais perto que a Terra do Sol, completando uma órbita a cada 2,2 dias. A estrela, HD 189733A, tem 80 por cento do tamanho e massa do nosso Sol, localizada apenas a 63 anos-luz de distância, na famosa Nebulosa Dumbbell.
Para os astrónomos, este planeta é um "Júpiter quente", pois observações anteriores do telescópio Hubble mostraram que a sua atmosfera pode atingir temperaturas de cerca de 1.900 graus Fahrenheit (1.030 ºC).

Descoberto novo mineral primitivo num meteorito

Um pedaço de meteorito Allende (520g), um condrito carbonáceo que caiu no México, em 8 de Fevereiro de 1969. Apresenta uma crosta negra resultante da fusão pelo calor ao atravessar a atmosfera terrestre - Fonte: wikipédia

Cientistas do Instituto de Tecnología de California (Caltech) descobriram um mineral primitivo, desconhecido da ciência, incrustado no meteorito 'Allende', que caíu no México, em 1969.
Acredita-se que o mineral, constituído por um novo óxido de titânio, é um dos mais antigos formados no Sistema Solar, que tem cerca de 4,5 biliões de anos. Foi baptizado com o nome de 'Panguite', derivado de Pan Gu, o gigante da antiga mitologia chinesa que fundou o mundo, separando o yin do yang para criar a terra e o céu.
O novo mineral foi detectado através de um microscópio electrónico de varrimento numa incrustação do meteorito, conhecida por incrustação refractária, que se supõe ser dos primeiros materiais planetários formados no Sistema Solar, anteriores à formação da Terra e outros planetas.
Allende é o maior condrito carbonáceo encontrado no nosso planeta. Pertence a um tipo de meteoritos primitivos que os cientistas pensam ser restos remanescentes dos primitivos blocos de construção dos planetas. É um dos mais estudados e onde já foram descobertos, até agora, 9 novos minerais, incluindo o Panguite. Todos estes constituintes são essenciais para a compreensão das origens do Sistema Solar.
Fonte: Space.com

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gloria vista do espaço

Fenómeno óptico atmosférico 'glória', captado pelo satélite Aqua, ao mesmo tempo que uma fila de vórtices de von Karman - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jeff Schmaltz

O satélite Aqua, da NASA, registou em imagem um fenómeno óptico de arco-íris, conhecido como 'glória', contra uma camada de nuvens stratocumulus sobre o Oceano Pacífico, em 20 de Junho de 2012.
Geralmente as glórias aparecem como anéis concêntricos coloridos em frente da neblina ou nevoeiro. Formam-se quando as gotículas de água dentro das nuvens dispersam a luz solar para trás em direcção à fonte de iluminação, isto é o Sol.
Apesar das glórias serem semelhantes aos arco-íris, é diferente a forma como a luz é dispersa nos dois fenómenos. Os arco-íris são formados por refracção e reflexão e as glórias por difracção para trás.
Vistas do chão ou num avião, as glórias surgem como anéis coloridos circulares. Contudo, nesta imagem do Aqua, a glória não é circular porque o satélite capta as imagens perpendicularmente ao seu trajecto, e a glória aparece aqui como duas bandas coloridas paralelas ao trajecto do satélite. As glórias aparecem sempre à volta do ponto directamente oposto ao Sol, da perspectiva do observador, chamado o "ponto anti-solar", contra um fundo de nuvens brancas.
À direita da glória, pode ver-se outro fenómeno atmosférico espectacular, uma fila de vórtices de von Karman causados pela ilha Guadalupe do Pacífico, que perturba o fluxo de nuvens.
Fonte: NASA/Earth Observatory

Bicentenaria argentina, uma nova espécie de dinossáurio carnívoro, com 90 milhões de anos

Ilustração da nova espécie (reprodução)

O Museu Argentino das Ciências Naturais anunciou a descoberta dos restos fossilizados de uma nova espécie de dinossáurio carnívoro, que podem fornecer informações importantes para compreender a evolução dos antepassados das aves. Os seus ossos estão em exposição no museu.
A nova espécie foi designada por Bicentenaria argentina, o nome escolhido pelos investigadores do museu para comemorar os dois séculos da independência argentina e, também, os 200 anos da criação do museu.
Os cientistas pensam que este dinossáurio possa ser o primeiro representante encontrado de uma nova linhagem da família dos Coelurosauria, aqueles dinossáurios que eventualmente originaram as aves.(ligação ao vídeo de apresentação da espécie, no final da mensagem)

Astrónomos descobriram nova maneira de estudar atmosferas de exoplanetas

Ilustração do exoplaneta Tau Boötis b, um dos primeiros exoplanetas a ser descoberto, em 1996, e um dos sistemas planetários mais próximos que se conhece. Os astrónomos utilizaram o VLT do ESO para captar e estudar, pela primeira vez, a fraca radiação emitida pelo planeta. Ao aplicar uma nova técnica observacional, a equipa descobriu que a atmosfera do planeta parece ser mais fria a maior altitude, o contrário do que se esperava - Crédito: ESO/L. Calçada

Uma equipa internacional de astrónomos usou, pela primeira vez, uma nova técnica que permite estudar detalhadamente a atmosfera de um exoplaneta, mesmo que ele não passe em frente da sua estrela hospedeira.
Com ajuda do Very Large Telescope do ESO (VLT), os astrónomos conseguiram captar directamente o brilho fraco do planeta tau Boötis b, o que permitiu pela primeira vez estudar a estrutura da atmosfera de Tau Boötis b e determinar a sua órbita e massa de forma precisa.
A equipa de cientistas utilizou o instrumento CRICES montado no VLT, instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile. Os astrónomos combinaram observações infravermelhas de alta qualidade (com comprimentos de onda da ordem dos 2.3 microns) com uma técnica nova que consegue extrair o fraco sinal emitido pelo planeta a partir radiação muito mais forte emitida pela estrela hospedeira.
Os resultados serão publicados na revista Nature.

Zoológico australiano recolhe as pegadas de 4000 animais

O zoológico de Taronga colocou a pegada uma elefante fêmea de 3010 quilos, ao lado da marca do marsupial Acrobates pygmaeus, um dos mamíferos mais pequenos do mundo, uma forma singular de mostrar a diversidade de animais ao seu cuidado - Fonte imagem: wikipédia

Funcionários e cerca de 4000 animais do Zoo de Taronga, na Austrália, deixaram a marca das suas mãos e patas em folhas, como embaixadores da vida selvagem, coincidindo com o anúncio de um projecto de conservação de elefantes no Parque Nacional Kui Buri, na Tailândia, em que o zoo participa.
Animados pelos tratadores, vários animais molharam as patas, cascos ou nadadeiras em tinta azul ou vermelha (não prejudicial) e deixaram a sua impressão numa folha. A recolha de pegadas durou várias semanas e teve como objectivo “criar uma poderosa assinatura em nome da vida selvagem para inspirar as pessoas para a conservação”, como explicou o zoológico em comunicado.
O Zoo de Taronga vai ajudar a financiar a construção e manutenção de duas estações de vigilância na fronteira daquele parque tailandês, para evitar os conflitos entre humanos e elefantes, num programa conjunto com o "Zoos de Vitória".
“Ao reunir as marcas dos animais, estamos a assinalar visualmente o compromisso de Taronga em nome da conservação da vida selvagem. E esperamos que os nossos visitantes também venham a participar”, disse o director do Zoo de Taronga, Cameron Kerr.
Mais informações em Publico.pt e Zoo de Taronga

terça-feira, 26 de junho de 2012

Nuvens polares mesosféricas

Nuvens polares mesosféricas observadas a partir da Estação Espacial Internacional, a 13 de Junho de 2012, quando a estação orbital passava sobre o planalto tibetano. Para além das nuvens noctilucentes, a imagem mostra as camadas inferiores da atmosfera também iluminadas. A camada mais baixa da atmosfera visível é a estratosfera, que está indicada por tons alaranjados e vermelhos perto do horizonte - Crédito: NASA (imagem ampliada)

As nuvens polares mesosféricas formam-se nos hemisférios norte e sul durante esta época, enquanto termina a primavera e começa o verão. Podem ser vistas, ao anoitecer, a partir do solo ou em aviões em voo, ou mesmo da Estação Espacial Internacional. Elas surgem como fios delicados e brilhantes contra o céu escuro, por isso também se denominam nuvens "noctilucentes"
Estas nuvens brilhantes formam-se entre 76 a 85 km acima da superfície terrestre, quando há vapor de água suficiente para congelar em cristais de gelo, nestas grandes altitudes. As nuvens são iluminadas pelo Sol, quando ele está logo abaixo da linha do horizonte, fazendo-as brilhar na noite.

Hubble capta imagem de galáxia "ampliada" por um enxame de galáxias massivo e distante

Enxame gigante de galáxias, IDCS J1426.5+3508, a cerca de 10 biliões de anos-luz de distância, contendo um arco de luz azul (ampliado à direita)que é a luz de uma galáxia ainda mais distante (entre 10 e 13 biliões de anos-luz), distorcida pela gravidade do enxame de galáxias - Crédito: NASA, ESA, A. Gonzalez (University of Florida, Gainsville), M. Brodwin (University of Missouri-Kansas City), and A. Stanford (University of California at Davis)

Utilizando o Telescópio Espacial Hubble, astrónomos encontraram um arco gigante de luz azul atrás de um enxame de galáxias extremamente massivo localizado a cerca de 10 biliões de anos-luz de distância.
O agrupamento galáctico de nome IDCS J1426.5 3508, descoberto pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA, foi observado quando o universo tinha cerca de um quarto da sua idade actual de 13,7 biliões de anos.
A análise do arco gigante revelou que é a forma alongada de uma galáxia de formação de estrelas mais distante, e cuja luz é distorcida pela poderosa gravidade do aglomerado gigante, o conhecido efeito de lente gravitacional. A galáxia ampliada existia entre 10 e 13 biliões de anos atrás.

O grande Saturno e as suas pequenas luas

Saturno e as luas Enceladus (à esquerda) e Tetis (à direita), observados pela sonda Cassini em 2011 - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute

O gigante gasoso Saturno aparece nesta imagem da sonda Cassini na companhia de três das suas luas.
À direita, abaixo dos anéis, está Tetis (1.062 Km de diâmetro). Enceladus, um pouco menor (504 Km de diâmetro), no extremo esquerdo e também abaixo dos anéis. Embora pouco visível, Pandora (81 Km de diâmetro) também foi fotografada. Surge como uma pequena mancha cinzenta sobre os anéis, junto ao limite esquerdo da imagem.
A sonda Cassini obteve a imagem, em 7 de Dezembro de 2011, a uma distância cerca de 2,1 milhões de quilómetros da Saturno.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cassini mostra como as correntes de jacto atravessam a atmosfera de Saturno

Uma corrente de jacto particularmente forte atravessa o hemisfério norte de Saturno, observada nesta imagem em cor falsa obtida pela sonda Cassini da NASA, em 13 de Janeiro de 2008. As nuvens da corrente de jacto aparecem como uma fina e brilhante linha laranja, assinalada pela seta branca. A corrente move-se para oeste e mais perto do centro da imagem desvia-se para sul. Mais adiante desta descontinuidade, as nuvens difusas da corrente de jacto continuam a mover-se ao longo do círculo com a mesma latitude - Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI

Saturno apresenta correntes de jacto turbulentas, regiões onde os ventos sopram mais rapidamente que outras, e que podem deslocar-se para este e oeste, através do planeta.
Agora, com base em imagens recolhidas ao longo de vários anos pela sonda Cassini, da NASA, os cientistas descobriram o mecanismo que impulsiona essas estruturas onduladas na atmosfera de Saturno e onde os jactos vão buscar a sua energia.
Segundo um novo estudo publicado na edição de Junho da revista Icarus, é o calor gerado no interior do planeta que cria as correntes de jacto. A condensação de água devida ao aquecimento interno de Saturno provoca diferenças de temperatura na sua atmosfera, o que faz criar redemoinhos que fazem mover o ar para trás e para a frente na mesma latitude, fazendo acelerar as correntes de jacto, como engrenagens rotativas conduzindo uma correia transportadora.

Biodiversidade de Bragança

Borboleta Cardinal (Argynnis pandora), com asas danificadas, em flor de cardo Onopordum acanthium (?)

Morreu George Solitário, a última tartaruga da sua subespécie

Jorge Solitário, a última tartaruga gigante da subespécie Chelonoidis nigra abingdoni das Galápagos, que agora está extinta depois da sua morte - Crédito: wikipédia

Morreu George Solitário, a única tartaruga gigante sobrevivente da Ilha de Pinta e um símbolo da conservação nas Galápagos. Era o último exemplar da subespécie Chelonoidis nigra abingdoni e foi encontrada morta no centro de reprodução em Puerto Ayora, na Ilha de Santa Cruz, onde vivia.
George Solitário, com mais de cem anos de idade, era originário da Ilha de Pinta e foi resgatado em 1972. Desde então, fez parte do programa de criação de tartarugas em cativeiro do Parque Nacional  das Galápagos (DPNG). Foram feitas várias tentativas para conseguir que George Solitário se reproduzisse, mas sem qualquer resultado.
A situação de George Solitário fez desenvolver um esforço extraordinário por parte do governo do Equador no sentido de restabelecer as populações não só de tartarugas, em todo o arquipélago, mas também para melhorar o estado de outras espécies ameaçadas.
A direcção do Parque das Galápagos pensa conservar o seu corpo para que as futuras gerações possam ver esta espécie agora extinta.
As Ilhas Galápagos devem o seu nome às grandes tartarugas que nelas vivem e constituem reservas terrestres e marinhas de uma enorme diversidade, o que permitiu ao cientista britânico Charles Darwin desenvolver a sua teoria sobre a evolução e selecção natural das espécies. Acredita-se que ainda existem cerca de 20.000 tartarugas gigantes no arquipélago.
O arquipélago de Galápagos, situado a cerca de mil Km do litoral do Equador, foi declarado Património Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1978.
Mais informações em Comunicado do DPNG

domingo, 24 de junho de 2012

Cemitério de mamutes encontrado na Sérvia


Arqueólogos encontraram um cemitério de mamutes na Sérvia, revelado depois de uma forte chuvada. Os restos de pelo menos cinco animais estavam numa mina de carvão, em Kostolac, a leste de Belgrado.
Na mesma região, em 2009, já tinha sido encontrado o esqueleto de uma fêmea de mamute baptizada de Vika, pertencente a uma espécie sem pêlo e que pode ter até um milhão de anos.
Os ossos recentemente encontrados em grande número pertenciam a mamutes lanosos, que desapareceram há cerca de 10.000 anos. No mesmo local foram encontrados também túmulos da era romana.
Fonte: ÚltimoSegundo

2012 - Ano Internacional do Rinoceronte

Com uma população de apenas 100 indivíduos no início do século XX, o rinoceronte_indiano (Rhinocerus unicornis) é já um sucesso da conservação, apresentando actualmente perto de 2500 animais. No entanto, a caça ilegal para a obtenção do corno, que algumas culturas da região acreditam ter poderes curativos, e a perda de habitat para a agricultura, continuam a ameaçar a espécie. Os governos do Nepal e da Índia têm tomado medidas para proteger o rinoceronte-indiano, com a ajuda do World Wildlife Fund (WWF) - Fonte: wikipédia

A pedido da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e outras organizações conservacionistas, o Presidente da Indonésia declarou que este ano de 2012 será o Ano Internacional do Rinoceronte.
O anúncio foi feito em 5 de Junho e pretende alertar para o perigo em que se encontram e, ao mesmo tempo, fazer um apelo para tentar salvar os rinocerontes, que estão entre as espécies mais ameaçadas.
Nos últimos 20 anos, extinguiram-se duas subespécies - o rinoceronte-de-Java da Indochina (Rhinoceros sondaicus annamiticus), no Vietname e do rinoceronte-negro-ocidental (Diceros bicornis longipes), nos Camarões.

Nascimento em cativeiro de um rinoceronte da espécie mais ameaçada da Terra

Rinoceronte-de-Sumatra de nome Rosa, um dos cinco rinocerontes do Santuário de Way Kambas, criado pela Fundação Internacional para o Rinoceronte (IRF), em 1998, em pleno Parque Nacional Way Kambas, na Indonésia. Os restantes são Ratu, Bina, Torgamba, e Andalas, o pai da cria que nasceu recentemente - Fonte: wikipédia

Nasceu um rinoceronte-de-Sumatra no centro de reprodução em cativeiro do santuário para rinocerontes do Parque Nacional Way Kambas, na província de Lampung, no Sul da ilha de Sumatra.
O nascimento da pequena cria macho, que se encontra bem, foi celebrado com entusiasmo pela equipa responsável, que considera tratar-se de um momento histórico na conservação desta espécie, uma esperança de conseguir evitar a sua extinção total neste século. Existem menos de 200 rinocerontes-de-Sumatra em todo o planeta.
O rinoceronte-de-Sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) é a mais ameaçada das cinco espécies que vivem no planeta. Este nascimento é o quarto que acontece em cativeiro em mais de um século, e é o primeiro na Indonésia. Os restantes verificaram-se no zoológico norte-americano de Cincinnati.
O rinoceronte-de-Sumatra é o mais pequeno dos rinocerontes, em que os indivíduos podem pesar até 950 Kg. É uma das três espécies que vivem na Ásia, além das duas do continente africano. Está classificado como espécie Criticamente em Perigo pela União Mundial para a Conservação (UICN). A sua população tem sido reduzida drásticamente com a caça furtiva por causa dos cornos, usados na medicina tradicional asiática, e pela destruição da floresta na Indonésia.
Mais informações em Publico.pt e Comunicado da Fundação Internacional para o Rinoceronte (IRF)

Acoplagem manual bem sucedida das duas naves chinesas em órbita

Os três astronautas, a bordo da nave chinesa Shenzhou 9, completaram manualmente com sucesso a acoplagem com o módulo tripulado em órbita Tiangong 1, em 24 de Junho de 2012. No centro está o astronauta Liu Wang, que pilotou o bem sucedido encaixe, o comandante da missão Jing Haipeng está à sua direita e a astronauta Yang Liu, a primeiro astronauta feminina da China, à sua esquerda (reprodução)

Os três astronautas chineses Liu Wang, Jing Haipeng e Liu Yang - a primeira mulher astronauta chinesa - conseguiram realizar com sucesso, neste domingo (24 de Junho), a primeira acoplagem de sempre em modo manual entre a nave Shenzhou-9 e o módulo espacial Tiangong 1, uma feito importante do programa espacial da China que pretende construir uma estação espacial até 2020.
Hoje bem cedo, os astronautas desencaixaram as duas naves e conduziram a Shenzhou 9 até cerca de 400 metros de distância. Seguidamente manobraram a nave manualmente, com Liu Wang ao comando, de volta para a ligação com o módulo laboratorial experimental Tiangong 1. A acoplagem foi considerada perfeita.
Vídeo da acoplagem manual neste endereço.

sábado, 23 de junho de 2012

Marte pode ter armazenado grandes reservas de água no seu interior

No passado de Marte, a água esculpiu canais e transportou sedimentos formando deltas no interior de bacias. A análise espectral dos sedimentos, feita a partir de órbita, mostra que alguns destes sedimentos têm minerais que indicam alteração química por água. No Delta da cratera Jezero da figura, os sedimentos contêm argilas e carbonatos. A imagem foi obtida pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da NASA - Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS/JHU-APL

A Terra tem grandes reservas de água no seu interior, para além da superfície, e pensava-se que era o único planeta onde isso acontecia. Mas, uma nova investigação, baseada na análise do conteúdo de água de dois meteoritos do interior de Marte, indicou que a quantidade de água em algumas partes do manto de Marte é maior do que se estimava e pode ser semelhante à que existe no nosso planeta.
Para os cientistas, estes resultados ajudam a entender melhor a história geológica de Marte e explicam como o planeta teve água na sua superfície. Os dados levantam ainda a possibilidade de que Marte poderia ter vida sustentável.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Vídeo: Sete minutos cruciais na viagem do Curiosity até Marte


Faltam 44 dias e algumas horas para que a nave espacial Mars Science Laboratory (MSL), da NASA, chegue a Marte e o robô Curiosity, que ela transporta, possa aterrar na superfície marciana.
O vídeo, elaborado pela equipa do Jet Propulsion Laboratory, mostra o grande desafio de engenharia que enfrenta Curiosity, e onde nada pode falhar, durante os 7 minutos finais, o tempo que o robô - com 900 Kg de peso e 3 metros de comprimento - leva a atravessar a atmosfera e a pousar suavemente na cratera Gale, junto ao Monte Sharp.
A missão Mars Science Laboratory foi lançada em Novembro de 2011 e deve chegar a Marte em 6 de Agosto de 2012.

Aglomerado globular M10

Conjunto de "jóias" brilhantes do centro do aglomerado globular M10, aptado pelo telescópio Hubble - Crédito: ESA/Hubble & NASA

O aglomerado globular Messier 10 (M10) é um conjunto esférico de estrelas, com aproximadamente 80 anos-luz de diâmetro, a cerca de 15.000 anos-luz da Terra, na constelação de Ophiuchus (o Portador da Serpente). Mesmo o seu núcleo relativamente brilhante é muito fraco para se ver a olho nu.
A imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble, em luz visível e inframelho, mostra o centro do aglomerado M10, uma região com cerca de 13 anos-luz de diâmetro.
M10 faz parte do catálogo de Messier desde a sua primeira edição, publicada em 1774. Charles Messier, astrónomo francês do século 18, catalogou mais de 100 galáxias e aglomerados, embora ele preferísse os cometas. O seu catálogo inclui muitos dos objectos mais famosos do céu nocturno.

Rochas de Marte

Rochas marcianas, perto de Nili Fossae - Crédito: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona

A imagem mostra parte do material ejectado de uma cratera de impacto, revelando muitas das rochas antigas de Marte. O impacto fragmentou diversos tipos de rochas e misturou-as de maneira a formar um bonito conjunto desordenado de cores, cada uma das quais representa uma rocha diferente.
A câmara HiRISE, da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, captou a imagem numa região do planeta vermelho perto de Nili Fossae, em Março de 2012.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Descobertos dois exoplanetas vizinhos um do outro

A ilustração mostra como deve ser visto o planeta gigante gasoso Kepler-36c no céu do vizinho planeta rochoso mais pequeno, Kepler-36b - Crédito: Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics/David Aguilar.

Utilizando informação do Telescópio Espacial Kepler, da NASA, astrónomos descobriram um par de planetas, de diferentes densidades, orbitando a sua estrela muito próximos um do outro.
Os planetas não se encontram na "zona habitável" - a região onde pode existir água líquida à superfície - pois estão muito perto da estrela mãe. As suas órbitas são as mais próximas já confirmadas.
O sistema recém-descoberto tem uma estrela subgigante, Kepler-36, muito parecida e ligeiramente mais quente que o nosso Sol, mas cerca de 2.000 milhões de anos mais velha e está situada a 1.200 anos-luz da Terra, na constelação de Cygnus (O Cisne),

Um cordão humano em forma de peixe pelo fim da sobrepesca

A sobrepesca está a reduzir os stocks de peixe em todo o mundo. As Semanas Europeias do Peixe, a decorrer entre 8 de Junho e 31 de Agosto de 2012, dão uma oportunidade à sociedade civil para dizer aos políticos "Acaba com a sobrepesca ou a pesca acabará!", porque são eles os responsáveis pela tomada de decisões que podem terminar com a pesca excessiva.
Pelo fim da sobrepesca na Europa, vai formar-se um cordão humano em forma de peixe neste sábado (23 de Junho), pelas 11 horas, em frente ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa. No domingo (24 de Junho), pelas 13 horas, será no recinto junto aos Bombeiros Voluntários de Peniche.
As Semanas Europeias do Peixe são organizadas pela OCEAN2012, uma aliança de mais de 160 organizações com o objectivo de transformar a política europeia de pescas.
Apesar da crescente sensibilização para a sobrepesca, a maioria das pessoas pouco sabe ainda sobre a escala de destruição que está a acontecer nos oceanos.
O vídeo (em português) explica a razão pela qual a sobrepesca deve terminar e mostra que ainda existe uma oportunidade para a mudança.


Mais informações em Semanas Europeias do Peixe

Proeminência extraterrestre no Sol


O Observatório Solar Dinâmico (SDO)  (sigla em inglês) observou a erupção de uma proeminência solar, em 18 de Junho de 2012, cuja orientação no espaço fez lembrar o extraterrestre do filme "Alien", de Ridley Scott. Por isso a equipa do SDO a baptizou de "Alien Prometheus Prominence" (proeminência extraterrestre Prometeus, tradução livre). Prometeus é uma referência ao último filme de ficção, deste ano, do mesmo realizador.

Cratera do pólo sul da Lua pode conter água gelada

Imagem da cratera Shackleton, em elevação (esquerda) e relevo sombreado (direita), com cerca de 21 Km de diâmetro e permanentemente na sombra, junto ao pólo sul lunar. As cores falsas indicam a altura, menor a azul e maior em vermelho/branco. A estrutura do interior da cratera foi revelada com medições feitas pelo altímetro a laser da nave espacial LRO, da NASA - Crédito: NASA/Zuber, M.T. et al., Nature, 2012

A nave espacial Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, encontrou uma cratera no pólo sul da Lua que pode conter gelo até 22% do material da sua superfície.
Cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts, da Universidade de Brown, e do centro espacial Goddard da NASA usaram luz laser, do altímetro a laser da nave LRO, e examinaram o solo da cratera Shackleton, e descobritam que o chão dessa cratera era mais brilhante do que os de outras crateras próximas. Detectaram também que as paredes da cratera ainda eram mais brilhantes que o fundo. Tudo isto é consistente com a presença de pequenas quantidades de água gelada.
Segundo os especialistas, a informação irá ajudar a compreender a formação da cratera e estudar outras áreas desconhecidas da Lua. Os resultados são publicados na edição de quinta-feira da revista Nature.
Ver vídeo da cratera Shackleton aqui

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Portugal vai ajudar a procurar a misteriosa energia escura do Universo

Ilustração do Telescópio Espacial Euclides, da ESA, que será lançado em 2020, para estudar a energia escura e a matéria escura do Universo - Crédito: ESA - C. Carreau

A Agência Espacial Europeia (ESA) aprovou esta terça-feira (20 de Junho) a missão Euclides, que deverá ser lançada em 2020, com o objectivo de explorar o lado misterioso do Universo, a energia escura e a matéria escura.
Cerca de 1000 cientistas de mais de 100 institutos de vários países vão participar na missão, entre eles vários investigadores portugueses. O projecto de cooperação científica tentará responder por que é que o Universo está a expandir-se a uma velocidade cada vez maior, em vez de abrandar devido à atracção gravitacional. Supõe-se que isso acontece devido à misteriosa energia escura, que está a acelerar a expansão do Universo.

Imagem detalhada de maternidade estelar, obtida pelo telescópio VLT do ESO

Imagem mais detalhada de sempre de uma zona espectacular da maternidade estelar NGC 6357, captada pelo VLT do ESO. Nela podem observar-se muitas estrelas quentes jovens, nuvens brilhantes de gás e formações de poeira esculpidas de forma estranha por radiação ultravioleta e ventos estelares - Crédito: ESO

A nebulosa de emissão NGC 6357 é uma maternidade estelar localizada no interior da Via Láctea, na constelação do Escorpião. É uma região do espaço onde estão a nascer novas estrelas a partir de nuvens caóticas de gás e poeira.
O Very Large Telescope do ESO (VLT) observou as regiões exteriores desta vasta nebulosa e produziu o que é considerada a melhor imagem obtida até agora da região, mostrando muitas estrelas quentes jovens, nuvens brilhantes de gás e formações de poeira esculpidas pela radiação ultravioleta e ventos estelares.

Fósseis de tartarugas em pleno acto sexual, há 47 milhões de anos

Um dos pares de tartarugas fósseis já extintas Allaeochelys crassesculpta encontradas em Messel, na Alemanha. O macho (à direita), é cerca de 20% menor que a fêmea (à esquerda) e pode ser reconhecido pela sua cauda relativamente mais longa - Crédito: "Royal Society"

Uma equipa de cientistas alemães, da Universidade de Tübingen, encontraram os fósseis de duas tartarugas que estavam unidas na postura própria da cópula quando morreram. Assim foram encontradas, 47 milhões de anos depois, no local de Messel, perto de Darmstadt, na Alemanha. A descoberta vem publicada na revista 'Biology Letters' da Royal Society britânica.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Terra - planeta dinâmico


O vídeo da NASA mostra a interacção do Sol com a magnetosfera terrestre e o clima. Na animação pode ver-se como o poderoso campo magnético da Terra, através da magnetosfera, nos protege dos efeitos de uma ejecção de massa coronal, uma gigantesca explosão de energia magnética solar. As partículas solares são desviadas à volta da Terra, mantendo-nos seguros. O mesmo não acontece em Vénus que, por não ter campo magnético, é "varrido" por essas explosões solares desde há muito, dando ao planeta um ambiente muito hostil.
Mas nem só a magnetosfera nos protege do Sol. Ele envia constantemente luz e energia radiante e grande parte dessa energia solar é desviada pela atmosfera da Terra ou é reflectida para o espaço pelas nuvens, gelo e neve. A energia que o planeta absorve é a responsável pelo clima, o motor que faz mover o sistema Terra.
O aquecimento solar irregular, os ciclos de dia e noite, e as estações são alguns dos factores que fazem circular os ventos à volta do mundo. Estes ventos impulsionam correntes oceânicas de superfície que se podem observar na animação.
As visualizações do vídeo estão baseadas em observações de satélite reais. As correntes oceânicas foram criadas a partir de dados reais dos oceanos actuais.

Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas actualizada é apresentada na véspera da Conferência do Rio+20

Mais de um terço das raias estão ameaçadas de extinção pela pesca excessiva, como a raia-Leopardo (Himantura leoparda), de grande valor comercial, classificada como Vulnerável, na Lista Vermelha actualizada - Fonte: wikipédia

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) apresentou a sua mais recente actualização, hoje (19 de Junho), véspera da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil (Rio+20).
A nova lista de espécies ameaçadas mostra que das 63.837 espécies avaliadas, 19.817 encontram-se ameaçadas de extinção, quase um terço do total, das quais 41% de anfibios, 33% de corais formadores de recifes, 25% of mamíferos, 13% de aves e 30% de coníferas.
A Lista Vermelha da UICN é um indicador importante da saúde da biodiversidade mundial e a sobrevivência de milhões de pessoas pode estar ameaçada pelo rápido declínio das espécies animais e vegetais do planeta
“A sustentabilidade é uma questão de vida ou morte para a população do planeta,” diz Julia Marton-Lefèvre, Directora Geral da UICN. “Um futuro sustentável não será possível sem conservarmos a diversidade biológica - as espécies animais e vegetais, os seus habitats e a sua genética - não somente por causa da natureza, mas também pelos 7 biliões de pessoas que dependem dela. A última Lista Vermelha da UICN é um alerta para os líderes mundiais que se reúnem no Rio para que salvem a rede vital do planeta."

A Terra vestida de branco - visão do Árctico

A Terra - visão do Árctico, captada pelo satélite Suomi NPP da NASA - Crédito: NASA/GSFC/Suomi NPP

Belíssima imagem da Terra captada pelo satélite Suomi NPP, da NASA, mostrando algumas nuvens e o gelo branco que cobre o pólo norte do nosso planeta e estendendo-se através do Oceano Árctico. Também se pode ver um pouco da Europa (Inglaterra à esquerda) e Ásia.
O satélite de observação terrestre Suomi NPP, lançado em 28 de Outubro de 2011 para estudar as alterações climáticas, tem uma órbita polar e passa pelo Árctico. Fez 15 passagens para obter os dados utilizados nesta visão do Árctico do nosso planeta.
Ver também outras imagens da nossa bonita Terra

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tempo espacial: a Terra foi atingida por duas ejecções de massa coronal

Aurora boreal observada em Badlands, South Dakota - Crédito: NASA/Marko Korosec

Em 16 de Junho de 2012, a magnetosfera Terra foi atingida por duas ejecções de massa coronal da região activa AR 1504, cujos efeitos combinados comprimiram fortemente a magnetopausa - região limite da magnetosfera -  para um mínimo aproximadamente de 24.000 milhas da superfície terrestre. Isto significou uma altitude cerca de 2.000 milhas inferior à orbita geoestacionária da nave espacial Advanced Composition Explorer (ACE), da NASA, que se encontra a cerca de 900.000 Km da Terra e que pode detectar estas nuvens de partículas 30-45 minutos antes de baterem na magnetosfera protectora do nosso planeta.
A mudança de forma da magnetopausa da Terra influenciou a formação de auroras boreais, originando brilhantes e coloridas auroras observadas em latitudes mais baixas do que o normal.
Fonte: NASA

Encaixe de nave tripulada e módulo orbital chinês foi bem sucedido

Taikonautas chineses saúdam ao entrar, pela primeira vez, no módulo Tiangong 1. Vídeo da entrada aqui (reprodução)

A nave espacial chinesa Shenzhou 9, com três tripulantes a bordo - incluindo a primeira astronauta da China do sexo feminino, acoplou com sucesso ao módulo espacial Tiangong 1 (Palácio Celestial), na manhã desta segunda-feira (18 de Junho), pelas 7h07 (hora de Lisboa). O laboratório espacial experimental já se encontra no espaço desde Setembro de 2011.
O encaixe das duas naves decorreu de modo automático e é o primeiro que a China faz com uma nave tripulada, tornando-se e terceiro país a conseguir esta proeza, depois dos Estados Unidos e da Rússia.
O sucesso da manobra é um marco fundamental para o país que pretende construir uma estação espacial tripulada em órbita da Terra, até 2020, data em que se prevê a desactivação da Estação Espacial Internacional. Será uma estrutura de 60 toneladas, mais pequena que a ISS. Deste modo, a China vai tornar-se o terceiro país a construir uma estação no espaço, depois dos Estados Unidos e da ex-União Soviética.

Cabra montês do sul dos Pirenéus, há 7000 anos, era gigante

Jovens cabras selvagens nos Alpes (Capra ibex) - Fonte: wikipédia

Um estudo publicado na revista 'Comptes Rendus Palevol' descreve a análise feita aos restos fósseis de cabra montês ibérica 'Capra pyrenaica pyrenaica', extinta no ano 2000. São descritos três crânios da espécie do Holoceno, dois machos e uma fêmea, entre 4.000 e 7.000 anos de antiguidade, encontrados no sudoeste dos Pirenéus, dois deles a grandes altitudes, em 1984 e 1994.
Os resultados apresentados sugerem que o tamanho destas cabras selvagens era 50% superior às cabras monteses mais modernas que viveram na Península Ibérica e se extinguiram em 2000. Além disso, apresentam um maior parentesco com o íbex-alpino (Capra ibex), que vive em estado selvagem na região dos Alpes.

domingo, 17 de junho de 2012

Biodiversidade de Bragança

Borboleta Argynnis pandora, alimentando-se em flor de cardo, na berma da estrada.

Borboleta Lycaena alciphron, na berma da estrada.

Aranha Synema globosum, da família Thomisidae, comum em muitos países da Europa. Esta espécie, e outras da família, não tecem teia e caçam os insectos nas flores onde vivem As aranhas Thomisidae são conhecidas por aranhas-caranguejo, pela sua semelhança com o crustáceo.

Galáxia anã azul captada pelo Hubble

Galáxia anã UGC 5497 numa imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble - Crédito: ESA/NASA

UGC 5497 é uma galáxia anã compacta que está impregnada de aglomerados de estrelas formados recentemente e cujas brilhantes estrelas azuis dão uma aparência azulada à galáxia. Estas estrelas são de combustão rápida e durarão algns milhares de anos até explodirem em supernovas.
A galáxia UGC 5497 faz parte do grupo de galáxias M81, localizado a cerca de 12 milhões de anos-luz, na constelação de Ursa Maior.
De acordo com a teoria cosmológica sobre a formaçãio de galáxias, chamada Lambda Cold Dark Matter, deveria haver muitas mais galáxias anãs como satélites associadas a grandes galáxias, como a Via Láctea e Messier 81, do que as que se conhecem actualmente, o que tem constituído um problema para os astrofísicos.
Fonte: NASA

sábado, 16 de junho de 2012

China lança a primeira mulher astronauta para o laboratório espacial

Os três astronautas chineses são colocados em órbita, a bordo da nave Shenzhou 9, em 16 de Junho de 2012 (reprodução)

A China colocou em órbita terrestre neste sábado (16 de Junho) a sua nave Shenzhou 9, levando a bordo três astronautas, para uma missão de teste histórica da primeira tentativa do país para acoplar em órbita uma nave tripulada, transportando pela primeira vez uma astronauta feminina, Liu Yang.
A nave espacial chinesa foi lançada no topo de um foguetão Long March 2F, a partir do Jiuquan Satellite Launch Center, no norte da China, província de Gansu, pelas 11.30 horas (em Lisboa). (vídeo de lançamento aqui)
Esta é a quarta missão espacial tripulada da China desde 2003, quando o astronauta Yang Liwei se tornou o primeiro chinês em órbita.
Nos próximos dias, os astronautas vão tentar acoplar com o módulo orbital Tiangong 1 ("Palácio Celestial"), o laboratório espacial ainda não tripulado, lançado em Setembro. Se tudo correr bem, a China será o terceiro país, depois dos Estados Unidos e Rússia, a executar uma acoplagem tripulada em órbita da Terra.
Esta missão é considerada fundamental para os planos espaciais ambiciosos da China, que pretende construir uma estação espacial permanente até 2020 e, depois, ir à Lua.

Grande asteróide 2011 AG5 não deverá colidir com a Terra em 2040

Órbita (a azul) e posição do grande asteróide 2011 AG5 em 15 de Junho de 2012 - Crédito: NASA/JPL-Caltech

O grande asteróide 2011 AG5, que os cientistas pensavam poder ser uma ameaça real para o nosso planeta em 2040, deverá passar em segurança, sem provocar qualquer impacto com a Terra nessa altura.
A nova previsão baseia-se em mais pesquisas que foram feitas sobre este asteróide. A rocha espacial mede cerca de 140 metros e foi descoberta em Janeiro de 2011. Durante nove meses foi monitorada por vários observatórios, até se encontrar demasiado longe e fraca para ser detectada.
Os dados existentes actualmente indicam que ainda existe uma pequena hipótese de 2011 AG5 atingir a Terra dentro de 28 anos. No entanto, os cientistas esperam fazer mais observações espaciais e terrestres nos próximos quatro anos para conhecer melhor a sua órbita e mostrar que a probabilidade do asteróide falhar o nosso planeta, em 2040, é superior a 99 por cento.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mickey Mouse no planeta Mercúrio

Sombras e um conjunto de crateras criaram a famosa figura do "Mickey Mouse" na superfície de Mercúrio. A imagem foi obtida pela sonda MESSENGER na órbita do planeta, em 3 de Junho de 2012 - Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington

Mimetismo ajuda a sobreviver na natureza

Cabeça da lagarta da borboleta Papilio Troilus, da família Papilionidae ou cauda-de-andorinha. A sua semelhança com uma cobra permite-lhe afastar predadores - Fonte: wikipédia

Dados da Voyager 1 indicam aproximação do espaço interestelar

A ilustração mostra as duas sondas Voyager, da NASA, numa região turbulenta do espaço conhecida como heliosfera, a camada exterior da bolha de partículas carregadas à volta do nosso Sol. Depois de mais de 33 anos de viagem, as duas naves espaciais Voyager em breve vão atingir o espaço interestelar, que é o espaço entre as estrelas - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Os dados recebidos a partir da Voyager 1 indicam aos cientistas que a nave está próximo a entrar no espaço interestelar. Aumentou consideravelmente a intensidade das partículas carregadas vindas do exterior do sistema solar. As medições feitas pelos dois telescópios de alta energia a bordo da nave indicam que as partículas energéticas foram geradas por estrelas vizinhas que explodiram em supernovas.
Este aumento acentuado de partículas de alta energia foi previsto, e pode significar que a velha nave de 34 anos de idade chegou ao fim do Sistema Solar e está prestes a atingir o seu objectivo histórico e passar para o espaço exterior, embora não se saiba quando.

Colisão cósmica apenas em perspectiva

Imagem incrivelmente detalhada de um par de galáxias sobrepostas, chamadas NGC 3314. As duas galáxias parecem estar em colisão, mas é apenas uma questão de perspectiva: as duas estão alinhadas quando observadas da Terra - Crédito: NASA, ESA, o Hubble Heritage Team (STScI / AURA) Colaboração -ESA/Hubble, e W. Keel (University of Alabama)

Imagem rara e impressionante de duas galáxias sobrepostas, de nome NGC 3314, captadas pelo Telescópio Espacial Hubble. Parece que estas galáxias estão a colidir, como acontecerá com a nossa Via Láctea e a vizinha Andrómeda daqui a 4.000 milhões de anos. Na realidade, as galáxias NGC 3314 estão separadas por dezenas de milhões de anos-luz, ou cerca de 10 vezes a distância entre a Via Láctea e Andrómeda.
Observadas a partir da Terra, elas surgem alinhadas, com uma mais perto de nós, NGC 1334A, e outra mais afastada e brilhante, NGC 1334B. As duas galáxias movem-se em direcções diferentes, o que significa que não estão em rota de colisão.
NGC 3314A, em primeiro plano, tem uma forma um pouco distorcida, provavelmente devido a um encontro no passado com outra galáxia próxima, talvez a grande galáxia espiral NGC 3312, que não se vê na imagem.
Esta perspectiva das duas galáxias facilita o estudo das faixas de poeira formadora de estrelas da galáxia menor (NGC 1334A), na frente, pois a sua silhueta é perfeitamente visível contra o fundo estelar brilhante da outra galáxia (NGC 1334B). Nesta não se nota a poeira, pois está fortemente iluminada pelas estrelas em primeiro plano.
O par de galáxias encontra-se a cerca de 140 milhões de anos-luz da Terra, na direcção da constelação Hydra, no Hemisfério Sul.
Fonte: NASA

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tempo espacial: Nova região activa do Sol envia ejeção de massa coronal (CME) em direcção à Terra

Imagem de uma erupção solar de classe M1.2, captada pelo Observatório Solar Dinâmico no comprimento de onda de 131 Angstrom, em 13 de Junho de 2012 - Crédito: NASA / SDO

Uma região activa do Sol, constituída pela grande mancha solar AR 1504 no centro do disco solar, produziu duas erupções de partículas de classe M, cada uma acompanhada por ejeção de massa coronal (CME), em 13 e 14 de Junho de 2012, ambas dirigidas à Terra.

Robô aprende a falar


DeeChee é um pequeno robô humanóide e está a aprender a falar. Os cientistas querem saber como se adquire a linguagem para desenvolverem sistemas robóticos capazes de interagir com humanos.
DeeChee faz parte do projecto 'iTalk' (Integration and Transfer of Action and Language in Robots'), financiado pela Comissãoo Europeia, que pretende ensinar um robô a falar e a manipular objectos de maneira autónoma, usando métodos de aprendizagem para crianças.
Um grupo de cientistas da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), que integra o projecto 'iTalk, acaba de demonstrar que os robôs podem aprender palavras interagindo com humanos, embora não saibam o seu significado. A investigação vem publicada esta semana na 'PLoS ONE'.
Depois de interagir algum tempo com humanos que tentaram ensinar-lhe palavras como se fosse uma criança, o robô DeeChee adaptou os sons que emitia às sílabas que os humanos repetiam com mais frequência. O vídeo mostra que, no final, o robô era capaz de pronunciar algumas palavras que lhe ensinaram fazendo referência à forma dos objectos e às cores.
Mais informações em El Mundo.es

Austrália vai criar a maior rede de áreas marinhas protegidas do mundo

Corais da Grande Barreira de Corais, no Mar de Coral da Austrália, que faz parte dos 3,1 milhões de quilómetros quadrados de áreas marinhas protegidas anunciadas pelo governo do país - Fonte: wikipédia 

O ministro do Ambiente da Auatrália, Tony Burke, anunciou esta quinta-feira (14) a criação da maior rede de reservas marinhas do mundo, onde haverá restrições à pesca e à exploração petrolífera e de gás natural, para contribuir na protecção dos oceanos, da sua vida selvagem e biodiversidade.
A rede de áreas marinhas protegidas daquele país vai passar de 27 para 60, abrangendo cerca de 3,1 milhões de quilómetros quadrados, incluindo todo o Mar de Coral, o que representa mais de um terço das águas territoriais australianas.
Esta medida, que deverá ser submetida a uma consulta pública antes de implementada, reforça a protecção de vários animais na região como baleias e golfinhos, tartarugas marinhas e milhares de espécies de peixes, incluindo o tubarão-touro ou outros como o dugongo (mamífero marinho parente do manati).

Sonda Cassini detecta lagos tropicais em Titã

Imagem de Titã, em frente aos anéis de Saturno, onde a sonda Cassini observou a região escura de Shangri-La, a leste do local de pouso da sonda Huygens, em 9 de Agosto de 2011. O recente estudo indica que as manchas são de lagos de metano líquido - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute

Uma nova análise dos dados da sonda Cassini revela que as manchas escuras observadas nos trópicos de Titã, a maior lua de Saturno, podem ser lagos de metano líquido, de acordo com o estudo publicado na revista científica Nature.
Até agora, os cientistas já tinham observado lagos de metano nos pólos de Titã, mas nunca nas regiões equatoriais, que na sua maioria são áridas e com grandes extensões de dunas.
As imagens da Cassini, que orbita Saturno desde 2004, permitiram detectar as manchas negras no equador de Titã, indicando a presença de um lago tropical de metano maior, com uma profundidade mínima de um metro, e um conjunto de lagos mais pequenos e menos profundos, semelhantes a pântanos terrestres.
Segundo Caitlin Griffith, principal autora do estudo e colaboradora da equipa Cassini na Universidade de Arizona, Tucson, o metano será fornecido a esses lagos a partir de um aquífero subterrâneo, o que pode explicar a existência de metano à superfície e que está constantemente a evaporar-se.

Arqueólogos encontraram restos de soldado morto em Waterloo


Arqueólogos belgas descobriram os restos, quase intactos, de um jovem soldado no local da batalha de Waterloo, há 200 anos. Junto do esqueleto estava uma moeda, uma faixa de couro e um pedaço de madeira com as iniciais C. e B. Encontraram também uma bala que, provavelmente, terá morto o jovem com um tiro no peito.
Supõe-se que se trata de um soldado inglês, pois os restos foram encontrados em território belga, num local ocupado pelos britânicos durante a batalha de Waterloo, onde a França liderada por Napoleão foi derrotada pelos ingleses. O esqueleto estava debaixo de uma camada de terra de 40 cm, o que sugere que o corpo foi sepultado no local.
Os cientistas pretendem identificar o soldado, assim como conhecer alguma coisa da sua história. Mais de 12 mil soldados britânicos morreram em Waterloo, em Junho de 1815.
Fonte: ÚltimoSegundo

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Grande asteróide aproxima-se da Terra quinta-feira (14). Poderá ser visto online

Órbita do asteróide 2012 LZ1 (em azul) no Sistema Solar, na sua aproximação à Terra, em 14 de Junho de 2012 - Crédito: NASA

Um grande asteróide, com cerca de 500 metros de largura vai aproximar-se da Terra, amanhã quinta-feira, 14 de Junho de 2012. Há possibilidade de poder vê-lo, ao vivo, através da internet.
O asteróide 2012 LZ1 passará a uma distância cerca de 5,4 milhões de Km do nosso planeta, ou perto de 14 vezes a distância entre a Terra e a Lua, na noite de quinta-feira/sexta-feira.
A rocha espacial, que os pesquisadores estimam ter entre 300 e 700 metros de largura, foi descoberta na noite de 10/11 de Junho, por Rob McNaught e colegas, através do telescópio Uppsala Schmidt no Observatório Siding Spring, na Austrália.
Devido ao seu tamanho e proximidade com a Terra, 2012 LZ1 é qualificado como um asteróide potencialmente perigoso. Em geral, esta classificação é dada quando o asteróide tem pelo menos 150 metros de largura e se aproxima 7,5 milhões de km ou menos do nosso planeta.
2012 LZ1 tem aproximadamente o mesmo tamanho do asteróide 2005 YU55, que passou pela Terra em Novembro de 2011. Mas 2005 YU55 aproximou-se muito mais, a cerca de 325.000 km da nossa porta, na noite de 8 de Novembro.
Embora não haja perigo de impacto nesta passagem, a enorme rocha vai passar perto o suficiente para poder ser observada através de câmaras. A equipa da Slooh Space Camera pensa transmitir imagens ao vivo da passagem do asteróide pelo nosso planeta, e quem quiser poder assistir no site Slooh, começando às 8:00 pm EDT de quinta-feira (0000 GMT de sexta-feira), no endereço http://events.slooh.com/

Sequenciado o genoma do bonobo

Bonobo ( Pan paniscus): wikipédia

Svante Pääbo e colegas, cientistas do Instituto Max Planck de Leipzig, sequenciaram a totalidade do genoma do bonobo ( Pan paniscus), nosso parente mais próximo juntamente com os chimpanzés.
O genoma analisado pertencia a uma fêmea bonobo chamada Ulindi, que vive no jardim zoológico daquela cidade alemã. Agora já se conhecem os genomas de todos os grandes símios, chimpanzés, orangotangos, gorilas e bonobos.