sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tártaro dos dentes de um Australopithecus revela que ele comia cascas de árvores e madeira

Crânio de Australopithecus sediba - Fonte: wikipédia
Um artigo publicado na revista Nature revela que o Australopithecus sediba comia casca de árvores e madeira, uma alimentação semelhante à dos chimpanzés que vivem hoje nas florestas, e que nunca tinha sido encontrada em qualquer antepassado do homem, até agora.
O Australopithecus sediba é uma espécie de hominídeo, cujos restos fósseis conhecidos foram encontrados em 2008 em Malapa, num sítio arqueológico a 40 quilómetros de Joanesburgo, na África do Sul, rico em fósseis.
Eram as ossadas de uma fêmea e de um jovem que terão vivido há quase 2 milhões de anos, muito tempo depois de Lucy, uma Australopithecus afarensis que viveu há 3,2 milhões de anos. Para alguns cientistas, o Australopithecus sediba pode ser uma espécie de transição entre os australopitecos e os primeiros Homo, uma fase mal conhecida da evolução humana.
Segundo o estudo publicado, os cientistas analisaram o carbono dos dentes do Australopithecus sediba e descobriram que eles mastigavam, de preferência, arbustos e árvores, em vez de gramíneas ou plantas herbáceas.
O tártaro dos seus dentes também mostrou que eles se alimentavam de madeiras de várias espécies de plantas, para além de folhas e frutos. A dieta destes hominídeos permitiu aos investigadores concluirem que, há dois milhões de anos, a região onde foram encontrados era um bosque, o que pode explicar ser uma alimentação parecida com a dos chimpanzés actuais e diferente doutra espécie de australopiteco ou de Homo.
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