Vulcão de lama no Paquistão. O fluxo de sedimentos serpenteando para oeste do vulcão revela já a sua erosão
Os vulcões de lama do Paquistão formam-se como resultado da actividade de placas tectónicas. A placa Arábica - na secção da crosta terrestre que suporta o Mar da Arábia - está a afundar-se para baixo da Eurásia, cerca de 4 cm por ano. Alguns dos sedimentos grossos e pedra do cimo da placa Arábica desprenderam-se para a borda da placa da Eurásia, formando a planície costeira do Paquistão, o Deserto Makran, e a plataforma continental inclinada na costa. É a partir dessa material deslocado que se formam os vulcões de lama.
A placa Arábica abrange a península Arábica até a Turquia e uma parte do Mar Arábico (junto ao Paquistão) - Fonte: wikipédia
Debaixo dos sedimentos, ao longo da frente de acreção, o afundamento da placa Arábica provoca aquecimento, sob a pressão elevada, e a rocha funde no magma. Os gases vulcânicos e o magma aquecem a água subterrânea, tornando-a num ácido quente que dissolve a rocha numa camada de lama e barro. A lama e o gás escapam através de falhas, eventualmente formando uma erupção na superfície como um vulcão de lama.
O Paquistão tem uma série de vulcões de lama no deserto Makran. Os vulcões de lama têm geralmente menos de 1-2 metros de altura. No entanto, o complexo Chandragup do Paquistão inclui um vulcão de lama que fica a 100 metros de altura.
Vulcões de lama no Complexo de Chandragup, no Paquistão. O vulcão mais alto, Chandragup I (mais à esquerda), tem cerca de 100 metros de altura e um lago de lama de 15 metros de diâmetro na cratera que transborda periodicamente.
Crédito: Earth Observatory/Robert Simmon
A actividade tectónica que faz nascer estes vulcões de lama também pode originar grandes terramotos, como o terramoto de magnitude 7,2 que abalou o sudoeste do Paquistão em 18 de Janeiro de 2011.
Fonte: Earth Observatory
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Imagens de vulcões de lama (em inglês)
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