Urano, visto pela Voyager 2 em 17 de Janeiro de 1986
Crédito: NASA / JPL
As duas imagens de Urano, à esquerda de cor verdadeira e a outra em cor falsa, foram compiladas a partir de imagens da sonda Voyager 2, em 17 de Janeiro de 1986. A nave estava a 9,1 milhões de quilómetros (5.7 milhões de milhas) do planeta, a vários dias da maior aproximação.
A Voyager 2 foi lançada a 20 de Agosto de 1977, 16 dias antes da Voyager 1. Depois de completar a sua missão principal de voar por Júpiter e Saturno, a Voyager 2 foi enviada até Urano, que está a cerca de 3 bilhões de Km de distância do sol. A Voyager 2 fez sua maior aproximação - a 81.500 km do topo das nuvens de Urano - em 24 de Janeiro de 1986.
A foto da esquerda foi processada para mostrar Urano como os olhos humanos o veriam do ponto de vista da nave espacial. A sombra mais escura na parte superior direita do disco corresponde ao limite entre o dia e a noite no planeta. Do outro lado está o hemisfério norte escondido de Urano, que actualmente permanece na total escuridão, enquanto o planeta roda. A cor azul-esverdeada resulta da absorção da luz vermelha pelo gás metano na atmosfera profunda, fria e notavelmente clara de Urano.
A fotografia da direita usa cor falsa com grande aumento do contraste para realçar detalhes subtis na região polar de Urano. O planeta revela uma calota polar escura rodeada por uma série de faixas concêntricas progressivamente mais claras. Uma possível explicação é que uma neblina ou nevoeiro castanho, concentrado por cima do pólo, se dispõe em faixas pelos movimentos locais da atmosfera superior.
Há 25 anos, a nave espacial Voyager 2 fez a única aproximação, até ao momento, ao planeta Urano. Pela primeira vez foi possível ter imagens dos seus anéis e das minúsculas luas que os formam. Ao contrário dos anéis gelados de Saturno, os anéis de Urano são cinza escuro e reflectem pouca luz.
A Voyager 2 descobriu duas luas associados com os anéis de Urano. As duas luas - 1986U7 e 1986U8 - são vistas aqui nos dois lados do anel brilhante épsilon. Os 9 anéis de Urano são vistos na imagem.
Crédito: NASA / JPL
No seu encontro com Urano, a análise dos dados da Voyager 2 permitiu um melhor conhecimento científico do planeta e, ainda, a descoberta de 11 novas luas e dois novos anéis.
Os dados da Voyager 2 chocaram os cientistas quando descobriram que os pólos norte e sul magnéticos de Urano não estão alinhados com o eixo de rotação norte-sul do planeta. Em vez disso, os pólos magnéticos do planeta estão perto do seu equador.
Miranda, a menor das grandes luas de Urano, vista de perto pela Voyager 2, em 24 de Janeiro de 1986, a cerca de 36.000 Km.
Crédito: NASA/JPL
Miranda, a pequena e gelada lua de Urano também surpreendeu os cientistas. Em vez de uma superfície lisa, eles viram terrenos elevados e enrugados e outros baixos e estriados, ambos atravessados por várias escarpas ou falhas e crateras de impacto. Muitos destes relevos são estruturas antigas, mas há algumas mais recentes.Tudo isso indica que houve actividade tectónica no passado de Miranda.
Depois de Urano, a Voyager 2 explorou Neptuno, o último dos planetas do Sistema Solar, em Agosto de 1989. Agora, viajando em direcção ao espaço interestelar, a Voyager 2 encontra-se a cerca de 14 bilhões de Km de distância do Sol. A nave Voyager 1, que só explorou Júpiter e Saturno, está mais avançada, a 17 bilhões de Km do Sol. Ambas as sondas Voyager estão prestes a sair da influência do Sol e a entrar no espaço interestelar.
Fonte: NASA
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