As dunas de areia cobrem uma vasta área do norte de Marte, numa faixa ao redor do planeta, na borda da calota polar norte de Marte.
Dunas do norte de Marte - Crédito: NASA/JPL/University of Arizona
Os cientistas consideravam as dunas relativamente estáveis, moldadas há muito tempo, quando os ventos na superfície do planeta eram muito mais fortes do que actualmente. No entanto as imagens do MRO revelaram algo totalmente diferente.
Um relatório publicado na edição desta semana da revista Science, identifica a formação e o desaparecimento sazonal das capas de gelo de dióxido de carbono, como um agente de mudança (agente erosivo) nas dunas e as rajadas de vento, mais fortes do que o esperado, como outro.
Erosão sazonal das dunas de Marte - Crédito: NASA/JPL/University of Arizona
Três imagens do mesmo local de Marte, tomadas em momentos diferentes, mostram a atividade sazonal causando avalanches de areia e alterações na ondulação de uma duna do norte de Marte. Nestas latitudes mais altas, os campos de dunas são abrangidos, todos os anos, por uma capa sazonal polar de dióxido de carbono condensado (gelo seco).
A sequência de 3 imagens, cada uma mostrando uma área de 285 x 140 metros, retratam as mudanças ocorridas nas dunas, durante um ano de Marte (dois anos terrestres), como o aumento da camada de deslizamento da superfície da duna pela queda dos grãos e novas ondulações devidas ao vento.
A imagem superior foi tirada em primeiro lugar,durante o verão marciano, com as dunas livres do gelo seco sazonal.
A imagem do meio foi tirada em meados da primavera, quando a região estava coberta por uma camada de gelo sazonal. Nesta estação, a sublimação da camada de gelo manifesta-se em forma de estrias escuras de partículas finas transportadas para o topo da camada de gelo pelo gás que se escapa. À medida que o gelo sublima (alterações do estado sólido para gás) a partir do fundo, o fluxo de gás sob o gelo desestabiliza a areia da duna e provoca avalanches de areia que deslizam na duna.
A terceira imagem mostra as alterações resultantes no verão seguinte, a erosão da duna, após ter desaparecido a camada congelada. As duas últimas imagens relacionam a actividade sazonal e os locais de mudança da morfologia da duna.
Fonte: HIRISE / UANews
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