A tartaruga-cabeçuda está em perigo de extinção - Fonte: wikipédia
De acordo com a investigação publicada em 'FEMS Microbiology Letters', os investigadores encontraram cascas de ovos desta tartaruga com sintomas de infecção de gravidade variável. Além disso, também localizaram embriões de tartaruga doentes em ninhos infectados.
Nos últimos 30 anos tem diminuído o número de praias usadas por estas tartarugas marinhas para colocar os ovos, assim como o número de fêmeas para postura. O número de ovos que eclodiram também diminuiu e, eventualmente, a taxa de sobrevivência das crias.
Habitualmente o impacto humano é o grande responsável pelas ameaças relacionadas com o período de postura das tartarugas 'Caretta caretta' e posterior desenvolvimento embrionário das crias. Mas neste caso tudo indica que algumas variedades do fungo 'Fusarium solani' estão a ser ainda mais ameaçadoras.
O fungo alimenta-se de matéria orgânica em decomposição e, em condições ideais, pode afectar algumas espécies de plantas ou danificar animais imunodeprimidos, provocando-lhes doenças nas unhas e olhos. Nas tartarugas marinhas, o 'Fusarium solani' pode provocar infecções na carapaça e na pele de alguns exemplares jovens. A tartaruga-cabeçuda está em perigro de extinção e o número de exemplares continua a diminuir no Oceano Atlântico. A mortalidade de ninhos em Cabo Verde, onde foi feito o estudo, é muito elevada. Cerca de 75% dos ovos morrem e a maioria deles está colonizada por fungos, mas há outras causas de morte, como inundação de ninhos ou depredação, o que torna complicado estabelecer a percentagem de mortes causada por cada factor.
No entanto, o estudo torna claro que o fungo 'Fusarium solani' pode matar de forma massiva os ovos da tartaruga-cabeçuda e que está presente desde o início da incubação na grande maioria dos ninhos da ilha de Boavista, em Cabo Verde, onde se realiza cerca de 90% das posturas da tartaruga marinha de todo o Atlântico Oriental.
Fonte: El Mundo
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