As nuvens polares mesosféricas estão a ficar mais brilhantes - Crédito: Earth Observatory
O cientista verificou que o brilho das nuvens mudou no Hemisfério Norte e varia com a actividade solar, formando-se poucas nuvens quando o Sol está mais ativo. Para além das mudanças causadas pelo sol, há uma tendência para as nuvens serem mais brilhantes. A tendência de aumento de brilho, diz DeLand, revela mudanças subtis na atmosfera, que podem estar ligadas a gases do efeito estufa.
As nuvens polares mesosféricas são extremamente sensíveis às mudanças no vapor d'água atmosférico e temperatura. As nuvens formam-se apenas quando as temperaturas ficam abaixo de -130 graus Celsius (-200 Fahrenheit), quando a quantidade escassa de água na alta atmosfera congela em nuvens de gelo. Isso acontece com mais freqüência nas latitudes norte e sul distantes (acima de 50º) no verão, quando, contrariamente, a mesosfera está mais fria.
Alterações na temperatura ou humidade na mesosfera tornam as nuvens mais brilhantes e mais frequentes. Temperaturas mais baixas permitem congelar mais água, enquanto que um aumento no vapor de água permite a formação de mais nuvens de gelo. O aumento do vapor de água também leva à formação de partículas de gelo que refletem mais luz.
Segundo DeLand, o facto das nuvens polares mesosféricas estarem a ficar mais brilhantes sugere que a mesosfera está a ficar mais fria e húmida. O aumento dos gases de estufa na atmosfera pode explicar os dois fenómenos. Na mesosfera, o dióxido de carbono irradia calor para o espaço, provocando arrefecimento. Mais metano, por outro lado, coloca mais vapor d'água na atmosfera, porque a luz solar quebra as moléculas de metanode em moléculas de água, nas altas altitudes.
Por enquanto ainda não se sabe qual dos factores, vapor de água ou arrefecimento, está a fazer mudar o brilho das nuvens. Até pode acontecer que ambos estejam a contribuir para essa mudança.
Fonte: Earth Observatory
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