A pulga d'água tem sido usada, como cobaia, durante décadas para analisar as variações ambientais nos ecossistemas - Fonte: wikipédia
Os investigadores do Centro de Genoma e Bioinformática da Universidade de Indiana, nos EUA, que decifraram o seu ADN completo, ficaram assombrados com a quantidade de informação contida num genoma tão pequeno. A pulga d'água contém mais um terço da informação que o ser humano, num genoma mais pequeno 15 vezes do que o do homem.
Os cientistas comprovaram que isto se deve ao elevado número de genes duplicados que o animal possui e, ainda, uma alta proporção de genes exclusivos do género 'Daphnia'. 36% dos genes da pulga d'água são exclusivos deste grupo, facto desconhecido para a ciência até agora.
Segundo os autores, estes genes exclusivos eram os mais sensíveis aos problemas ambientais de todos os que já tinham analisado. Sabe-se que a pulga d'água se adapta rapidamente a alterações ambientais, como mudanças químicas no ecossistema. É portanto considerado um modelo para a genómica ambiental, uma área de investigação científica que tem como objectivo compreender as interacções entre os genes e o meio ambiente.
Os cientistas destacam a sua capacidade para desenvolver características como espinhos protetores nas caudas e dentes no pescoço. Por isso ela pode actuar como um detector precoce de riscos ambientais, ao iniciar as suas mudanças.
Os autores assinalam que o seu genoma sequenciado ajudará a entender melhor como os organismos, particularmente os habitantes de água doce, respondem às mudanças ambientais.
Fonte: Público.pt /ÚltimoSegundo
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