sexta-feira, 8 de abril de 2011

Observação directa de exoplanetas em estrelas vermelhas

A observação directa, através de telescópios, é mais adequada para ver planetas gigantes, orbitando as suas estrelas hospedeiras vermelhas a grandes distâncias, como o que está representado no canto inferior esquerdo da imagem - Crédito: NASA / JPL-Caltech

Ilustração de uma jovem estrela anã vermelha cercada por três planetas. São estrelas mais ténues e menores que as estrelas amarelas como o nosso Sol, tornando-as ideais para os astrónomos que desejam captar imagens de exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar). Estas estrelas brilham com uma cor vermelha relativamente fria, em comparação com as cores mais quentes laranja e amarelo de estrelas como o nosso Sol, e os brancos e azuis das estrelas ainda mais questes.
O Telescópio Espacial Galaxy Evolution Explorer (GALEX), da NASA, ajuda na identificação das jovens estrelas anãs vermelhas que estão mais perto de nós, detectando a sua luz ultravioleta (as estrelas jovens emitem uma grande quantidade de luz ultravioleta).
A observação directa, através de telescópios, é mais adequada para ver planetas gigantes, orbitando as suas estrelas hospedeiras a grandes distâncias, como o que está representado no canto inferior esquerdo da imagem.
As anãs vermelhas favorecem a imagem directa de exoplanetas. Estão próximas e em linha de visão clara, o que geralmente facilita a visualização. Como têm massa pequena, elas são menos brilhantes do que as estrelas mais pesadas, por isso é menos provável que a sua luz possa mascarar a luz fraca de um planeta. E como são estrelas jovens, os seus planetas são recém-formados e, por isso, mais quentes e mais brilhantes do que planetas mais velhos, o que facilita a obtenção de imagens.
Até agora, poucos exoplanetas dos cerca de 500 registados puderam ser observados directamente, através dos telescópios terrestres e espaciais. A grande maioria é detectada por via indirecta.
Uma técnica comum, por exemplo, baseia-se em detectar "interferências gravitacionais" entre o exoplaneta e a sua estrela hospedeira. Outra técnica, o "método de trânsito", regista a alteração do brilho da estrela sempre que o exoplaneta passa na sua frente, em relação ao nosso ponto de vista.
A missão Kepler da NASA detectou mais de 1200 candidatos a planetas, utilizando o método de trânsito, nos primeiros quatro meses de operações.
Fonte: NASA

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