Na cerimónia na capital ucraniana de Kyiv estará presente o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich e o seu homólogo russo, Dmitry Medvedev.
A maior lição que as autoridades de todo o mundo aprenderam com as tragédias de Chernobyl e Fukushima é que é necessário dizer sempre a verdade, disse o presidente russo Dmitri Medvedev, nesta segunda-feira, 25 de Abril.
Monumento, em Obninsk, aos bombeiros que trabalharam no reactor de Chernobyl, após a explosão - Fonte: wikipédia
Medvedev encontrava-se numa reunião com socorristas que participaram dos arriscados trabalhos de limpeza de Chernobyl. Estes técnicos foram expostos a níveis muito elevados de radiação e reclamavam da falta de informação por parte do governo sobre os reais riscos que corriam.
Reactor nuclear de Chernobyl envolto num sarcófago protector - Fonte: wikipédia
Medvedev condenou a atitude da União Soviética durante a catástrofe de Chernobyl, em 1986, cujas autoridades não queriam admitir a extensão do acidente e que nada informaram durante os três primeiros dias. Só no dia 28 as Agências oficiais anunciaram o acidente, depois do reactor nuclear de Forsmark, na Suécia, ter detectado um nível alto de radiação no continente.
A Tokyio Electrical Power Co. (Tepco), responsável pela central nuclear de Fukushima, no Japão, também foi acusada de não divulgar tudo o que sabia de maneira clara, principalmente nos primeiros dias após o acidente, cujas consequências ainda não foram completamente controladas.
Seis trabalhadores de limpeza de Chernobyl e 22 técnicos do reactor nuclear morreram em poucos meses, devido à exposição radioactiva. A maioria dos trabalhadores que sobreviveu ainda sofre com os graves problemas de saúde provocados pelo trabalho no local do desastre.
Dmitri Medvedev homenageou 16 dos trabalhadores com medalhas de honra, mas muitos veteranos do grupo lamentam o tratamento indiferente do Estado russo em relação a eles e às famílias dos que não sobreviveram nestes 25 anos.
Fonte: ÚltimoSegundo
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