sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um asteróide passa hoje (sexta-feira) junto à Terra

Um asteróide com cerca de 60 metros passará muito perto da Terra, hoje sexta-feira. Apesar da sua órbita passar próxima, não é perigosa para o nosso planeta.
O asteróide foi descoberto recentemente, na noite de 8 de Abril, pelo Observatório Astronómico de Maiorca (OAM), através da sua estação robótica de detecção e seguimento de Asteróides Próximos da Terra (NEOs), na Serra de Sagra, Granada.  O objecto celeste foi baptizado como '2011 GP59', pela União Astronómica Internacional.

As órbitas são codificadas por cores. Nos planetas são linhas brancas, e no asteróide é uma linha azul. A linha branca mais brilhante indica a parte da órbita que está acima do plano da eclíptica, e a parte mais escura está abaixo do plano da eclíptica. Do mesmo modo para a órbita do asteróide, a parte da linha azul claro indica a porção acima do plano da eclíptica, e a parte em azul escuro abaixo do plano da eclíptica - Crédito: Osamu Ajiki (AstroArts)/ Ron Baalke (JPL).

Segundo o Observatório de Maiorca, no momento de máxima aproximação da Terra, o corpo terá um brilho de magnitude 13,2. A sua órbita é do tipo "Aten", interior à Terra, entre Vénus e o nosso planeta, com uma "excentricidade" que favoreceu a sua descoberta e observação. Assim, já foi possível detectar mudanças bruscas no seu brilho a cada poucos minutos.
Os estudos fotométricos realizados confirmam que esta grande alteração do brilho de '2011 GP59' resulta do rápido período de rotação de um objecto extremamente estreito e comprido, que reflecte muito mais luz quando mostra uma das suas faces do que quando mostra um dos seus pólos ou extremos. A amplitude de alteração é maior que 2 magnitudes, com um período de rotação de apenas 7,3 minutos, um recorde de variabilidade e de velocidade de rotação.
O estudo preliminar deste asteróide sugere que deve ter uma composição "monolítica e quase forçosamente metálica". Possivelmente trata-se de fragmento comprido de ferro-níquel, com mais de 60 metros no seu eixo longitudinal, pois qualquer outra estrutura rochosa se fragmentaria por não poder suportar a rápida rotação e a força centrífuga produzida ao girar.
Fonte: El Mundo / JPL Database Browser Body-Small

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