Filamentos densos de gás na nuvem interestelar IC5146 Crédito: ESA / Herschel / SPIRE / PACS / D. Arzoumanian (CEA Saclay)
Imagem da nuvem interestelar IC5146 com filamentos densos de gás, obtida em infravermelho pelo Observatório Espacial Herschel, da ESA. A região azul é um berçário estelar conhecido como a nebulosa Cocoon.
Os filamentos são longos e estendem-se pelo espaço. Herschel mostrou que frequentemente se formam estrelas nas partes mais densas deles. Um filamento fotografado por Herschel, na região de Aquila, contém um aglomerado de cerca de 100 estrelas infantis.
Herschel também demonstrou que a largura de cada filamento é mais ou menos a mesma, sugerindo que eles podem resultar de estrondos sónicos interestelares, em toda a nossa Via Láctea.
Comparando as observações com modelos de computador, os astrónomos concluiram que provavelmente os filamentos formam-se quando ondas de choque lentas se dissipam nas nuvens interestelares.
Estas ondas de choque resultam da grande quantidade de energia turbulenta injectada no espaço interestelar pela explosão de estrelas. Elas viajam através do gás existente na galáxia, comprimindo e formando filamentos densos à medida que progridem.
Rede de filamentos Polaris (os cientistas estudaram três nuvens próximas, conhecidas como IC5146, Aquila e Polaris) - Crédito: ESA Herschel / SPIRE / Ph. André (CEA Saclay)
As ondas de choque lentas são o equivalente interestelar a estrondos sónicos. A equipa sugere que, à medida que os estrondos sónicos atravessam as nuvens, perdem energia e, quando finalmente se dissipam, deixam esses filamentos de material compactado. É uma forte evidência da ligação entre a turbulência interestelar e os filamentos.
Para os cientistas, graças ao observatório Herschel, "actualmente podemos ver estrelas a formarem-se como contas em cordas em alguns destes filamentos".
Fonte: ESA
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