Todos os leões pertencem a uma mesma espécie, Panthera leo - Fonte: wikipédia
Os cientistas analisaram o DNA da mitocôndria de leões das duas partes da África, Índia, assim como de leões já extintos na natureza. O conhecimento da diversidade genética é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de conservação - a nível local e na criação de populações em cativeiro.
Os leões das duas regiões da África têm características físicas e comportamentais diferentes. Na região centro-oeste, os animais tendem a ser menores e mais leves, além de terem jubas menores e comer menos. São dois ecossistemas diferentes a que os leões podem ter-se adaptado. Uma análise genética permite uma identificação mais correcta.
De acordo com os cientistas que realizaram a pesquisa, ainda não se pode afirmar que existe uma nova espécie de leões. Todos os leões pertencem a uma mesma espécie, Panthera leo, e uma subespécie da Ásia, Panthera leo persica. Tanto os leões da África quanto os da Ásia são classificados como vulneráveis na lista vermelha das espécies ameaçadas.
Segundo os pesquisadores, as diferenças entre os leões do centro-oeste africano e o sudeste pode ser explicada pelo isolamento devido a barreiras geográficas como a Floresta Central africana e o Vale de Rift, vão desde a Etiópia até à Tanzânia e da República Democrática do Congo a Moçambique.
Uma outra explicação aponta as frequentes glaciações do período do Pleistoceno - entre 40 mil e oito mil anos atrás, que podem ter tido impacto sobre os animais e a disponibilidade de alimentos, resultando em diferentes linhagens genéticas nesta região. Depois de extintos, a região pode ter sido recolonizada por grupos de leões vindos da Ásia.
De acordo com o estudo, esta relação entre espécies com indivíduos tanto no centro-oeste africano e sudeste africano tem sido observada em sete outros animais africanos, como o elefante africano (Loxodonta africana), o guepardo (Acinonyx jubatus), rinoceronte (Diceros bicornis), antílope (Hippotragus equinus), e a girafa (Giraffa camelopardalis) - Fonte: wikipédia
O estudo vai continuar, aprofundando a análise genética para poder revelar se há uma nova espécie.
Para Laura Bertola, do Instituto de Ciências Ambientais da Universidade de Leinden, na Holanda, e autora do estudo, só a análise genética contribui para a melhor administração de esforços de conservação para espécies ameaçadas de extinção. “Só assim poderemos dizer se é uma espécie muito rara”.
Fonte: ÚltimoSegundo
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