Pela análise dos dados recebidos da Voyager 1, os cientistas consideram que a nave atravessa uma área onde a velocidade do gás quente ionizado, ou plasma, que emana diretamente para fora do sol diminuiu para zero - heliosfera. Os cientistas suspeitam que o vento solar agora se movimenta lateralmente pressionado pelo vento interestelar na região.
As sondas seguem trajectórias diferentes e viajam a diferentes velocidades
Crédito: NASA/JPL
Crédito: NASA/JPL
O Sol emite uma corrente de partículas carregadas que formam uma bolha conhecida como heliosfera em torno do nosso sistema solar. O vento solar viaja a uma velocidade supersónica, até que atravessa uma onda de choque chamada "Termination Shock". Neste ponto, o vento solar abranda drasticamente e aquece na heliosfera.
Os cientistas acreditam que, neste momento, a Voyager 1 ainda não cruzou a fronteira da heliosfera, conhecida como heliopausa, o fim "oficial" do Sistema Solar, isto é, a nave ainda não entrou no espaço interestelar. Segundo eles, a passagem para o espaço interestelar significaria uma queda brusca na densidade de partículas quentes e um aumento na densidade de partículas frias, o que ainda não detectaram nos dados da Voyager 1. Actualmente estima-se que a nave entre no espaço interestelar dentro de 4 anos.
A Voyager 1 foi lançada no dia 5 de Setembro de 1977, enquanto a Voyager 2, foi enviada ao espaço pouco antes, em 20 de Agosto de 1977, com o objetivo inicial de observar os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.
Nave Espacial Voyager - Crédito: Voyager Mission
Terminada a tarefa no interior do Sistema Solar (1989), as sondas foram enviadas pela NASA na direcção do centro da Via Láctea. São abastecidas pelas suas próprias fontes radioativas de energia e continuam funcionando bem, enviando informações para a Terra que demoram 16 horas a chegar devido às distâncias a que se encontram.
A nave espacial gémea Voyager 2 encontra-se a 14,2 bilhões de km do Sol. A Voyager 1 viaja a uma velocidade maior, cerca de 17 quilómetros por segundo, enquanto a Voyager 2 segue a uma velocidade de 15 quilómetros por segundo. Nos próximos anos, os cientistas esperam que a Voyager 2 se encontre na mesma situação que a Voyager 1 actualmente.
Fonte: NASA / Estadão.com.br
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