De acordo com as mensagens diplomáticas divulgadas, o Japão e os Estados Unidos propuseram investigar a situação fiscal e actuar contra os activistas da Sea Shepherd, como parte de um acordo político para reduzir a caça à baleia em águas da Antártica.
Barco ADY GIL da Sea Shepherd depois de um confronto com barco baleeiro japonês
A proposta americana visava forçar o Japão a reduzir o número de baleias mortas, por ano, no santuário para estes cetáceos na Antárctida, em troca do direito legal para caçar ao largo das suas próprias zonas costeiras. Além disso, os Estados Unidos propuseram ratificar legislação que daria “garantias de segurança nos mares”, numa referência a uma actuação contra grupos como a Sea Shepherd que, há anos tentam travar as frotas nipónicas.
A proposta dos EUA acabou por ser anulada pela Grã-Bretanha e UE, em Junho de 2010, mas as mensagens revelam, ainda, que esta organização se tornou num constrangimento político para o Japão, depois de ter impedido a sua frota de atingir a quota anual de animais mortos. Para a organização Sea Shepherd, esta declaração dos diplomatas japoneses é o mais importante dos documentos revelados pela WikiLeaks. Mostram que a Sea Shepherd conseguiu os seus objectivos.
Esta quarta-feira, dois navios da Sea Shepherd – “Steve Irwin” e “Gojira” – envolveram-se em confrontos com dois baleeiros, com os activistas a lançar bombas de mau-cheiro para o convés dos navios japoneses que responderam com canhões de água.
Fontes: Público.pt / Guardian
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