quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Avariou-se um sensor do instrumento espanhol REMS, durante o pouso do Curiosity

Sensor UV no convés do Curiosity, mede a radiação ultravioleta na superfície de Marte. É um dos sensores do instrumento científico espanhol REMS. A imagem mostra as pequenas rochas e pó que atingiram o veículo na aterragem - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Avariou-se um dos sensores do instrumento espanhol de observação meteorológica, a bordo do robô Curiosity, provavelmente na última parte da descida sobre a superfície de Marte.
Técnicos da NASA disseram que os danos podem ter acontecido durante o pouso, quando o veículo foi atingido por pequenas pedras e pó, como mostram as imagens recebidas.
O cientista espanhol Javier Gómez Elvira, principal investigador do instrumento, conhecido pelas iniciais em inglês REMS ('Rover Environmental Monitoring Station'), reconheceu em conferência de imprensa que se tinha "perdido a capacidade de medir os ventos na parte posterior do explorador". No entanto, o sensor da frente do veículo tem "toda a capacidade original".
REMS é um dos dez instrumentos científicos transportados pelo Curiosity para Marte. Foi concebido, desenvolvido e montado inteiramente em Espanha. É uma estação de monitorização ambiental para ajudar a compreender a atmosfera de Marte.
Através de sensores, REMS mede e dá informações diárias sobre a pressão atmosférica, humidade, pressão, radiação ultravioleta, velocidade e direcção dos ventos, temperatura do ar e temperatura do solo à volta do robô.
O conhecimento da atmosfera marciana é importante para o estudo da habitabilidade do planeta e determinação das possíveis condições ambientais favoráveis à vida. Além disso, é essencial nas futuras missões tripuladas ao planeta vermelho.
A atmosfera de Marte é semelhante à da Terra, mas menos densa. Por isso, a radiação ultravioleta é muito mais intensa que no nosso planeta. REMS tem um sensor para medir este tipo de radiação, que é prejudicial à vida que se conhece. É necessário saber como proteger os astronautas quando chegar o momento do ser humano pisar solo marciano.
Fonte: El Mundo.es

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