sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Saúde dos oceanos é avaliada

A saúde global dos oceanos é avaliada em 60 pontos (num total de 100), um valor modesto. Os investigadores alertaram para as principais ameaças dos oceanos, como o aquecimento global, a acidificação e a pesca em excesso - Crédito: wikipédia

Um estudo, publicado esta semana na revista Nature, fez uma avaliação do estado global dos mares e regiões costeiras. Portugal ficou em 57º lugar entre os 171 países analisados, com as melhores notas para a biodiversidade e pesca artesanal.
Para avaliar a capacidade dos mares para satisfazer as necessidades humanas, enquanto mantém a biodiversidade, os cientistas desenvolveram um novo Índice da Saúde dos Oceanos, que integra dez indicadores diferentes e os traduz numa pontuação mundial. Todos estes indicadores captam a maior quantidade possível de condições para analisar os ecossistemas marinhos, tratando o ser humano e as condições naturais como partes de um todo.
Investigadores marinhos norte-americanos e canadianos analisaram as Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) de 171 países costeiros, que representam as áreas próximas da costa, onde se desenvolve a maior parte da actividade. Basearam-se em 10 critérios como, por exemplo, a provisão alimentar, turismo, biodiversidade e indústrias marinhas, agregados numa única pontuação, de zero a 100. A média mundial é de 60 pontos.
As médias dos países variam entre 36 (Serra Leoa) e os 86 (ilha Jarvis, território americano desabitado no Pacífico). Dos territórios habitados, os oceanos mais saudáveis são aqueles que banham as Seicheles e a Alemanha.
Enquanto muitos países da África Ocidental, Médio Oriente e América Central têm a pontuação mais baixa, outras regiões do norte da Europa, Canadá, Austrália e Japão têm pontuações altas. Geralmente, os países desenvolvidos actuam melhor nos oceanos que aqueles em vias de desenvolvimento. Parece que os resultados estão relacionados com o Índice de Desenvolvimento Humano, embora haja excepções como a Polónia, país desenvolvido na 160ª posição, ou o caso contrário, o Suriname que ficou em 12ª.
Portugal surge na posição 57 com 59 pontos, igual à do Palau, Tunísia, Mónaco e Jordânia. O mar português tem três critérios acima da média: oportunidades para a pesca artesanal (94 pontos), biodiversidade (83) e economia costeira (82). Abaixo da média global estão a exploração sustentável de produtos naturais não alimentares (21 pontos), turismo (26), sentido de identidade cultural (44) e a provisão de alimentos (53). Não existe informação disponível para os critérios de armazenamento de carbono e protecção da zona costeira.
Mais informações em Publico.pt e Site Oficial do Índice da Saúde dos Oceanos

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