sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rastreamento de tempestades espaciais desde o Sol até à Terra

Pela primeira vez os cientistas conseguiram acompanhar uma grande tempestade solar, desde que se formou no Sol e durante todo o percurso até atingir a Terra. A divulgação foi feita pela NASA em conferência de imprensa, quinta-feira (18).

Dados de arquivo do STEREO-A/SECCHI reprocessados mostram detalhes da primeira ejecção de massa coronal (CME) dirigida à Terra da missão STEREO, com início em 12 de Dezembro de 2008 até ao impacto com a Terra, em 15 de Dezembro de 2008. O novo processamento permite seguir os detalhes da CME com câmaras heliosféricas, desde o Sol à Terra, a 93 milhões de milhas de distância - Crédito: SwRI / NASA

Utilizando dados de arquivo das sondas STEREO da NASA, os pesquisadores desenvolveram as primeiras imagens detalhadas das estruturas do vento solar, enquanto o plasma e outras partículas de uma ejecção de massa coronal (CME) viajaram 93 milhões de milhas e chocaram com o nosso planeta. Esta ejecção de massa coronal ou CME, um tipo de erupção solar que lança enormes quantidades de partículas carregadas no espaço, eclodiu a partir do Sol em Dezembro de 2008, mas só agora os cientistas desenvolveram a técnica de detectar o material na sua viagem entre a nossa estrela e a Terra.
A nova ferramenta de análise, que utiliza os dados recolhidos por câmeras numa sonda em órbita do Sol longe da Terra, permite aos cientistas rastrear CMEs desde o momento em que explodem da atmosfera solar (figura superior da imagem) até perto da Terra (figura inferior da imagem). Com esta capacidade, os pesquisadores vão poder observar melhor o tamanho da evolução, forma, velocidade e campo magnético de erupções massivas e, portanto, prever mais correctamente quando a CME vai atingir a Terra e quais os seus efeitos.

Posições orbitais e campos de visão das sondas STEREO durante a CME de Dezembro de 2008. A área cor de laranja representa a CME. As naves STEREO (A e B) foram lançadas em 2006 com a missão de observar a actividade solar - Crédito: NASA/Goddard Space Flight Center/Scientific Visualization Studio

As CMEs são nuvens com biliões de toneladas de plasma lançado pelas explosões solares. Quando passam pelo nosso planeta, elas podem causar auroras, tempestades de radiação e, em casos extremos, interrupções de energia. O monitoramento dessas nuvens e a previsão da sua chegada é uma parte importante da previsão do clima espacial.
Fonte: ScienceDaily NASA  / Science

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