quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Buraco negro devora uma estrela e manda sinal para a Terra


Em 28 de março de 2011, o Telescópio Swift da NASA detectou intensas erupções de raios X e os astrónomos descobriram que eram causadas por uma estrela sendo devorada por um buraco negro gigante, na constelação de Draco.
Uma estrela do tipo do Sol, numa órbita excêntrica, mergulhou muito perto do buraco negro central da sua galáxia. Quando uma estrela cai em direcção a um buraco negro, é rasgada por marés intensas e o gás fica encurralado num disco que roda em torno do buraco negro, aquecendo rapidamente a temperaturas de milhões de graus.
Cerca de metade da massa da estrela alimenta um disco de acreção ao redor do buraco, onde o movimento rápido e o magnetismo cria dois jactos de partículas, em direcções opostas. Os jactos conduzem a matéria a velocidades maiores que 90 por cento da velocidade da luz ao longo do eixo de spin do buraco negro. No caso desta fonte activa de energia, designada por Swift J1644+57, um desses jactos aponta directamente para a Terra.

Ilustração com as fases do que os astrónomos pensam que deve ter acontecido em Swift J1644+57 - Crédito: NASA/Goddard Space Flight Center/Swift

Jactos semelhantes emergem de outros buracos negros, mas esta é a primeira vez que os astrónomos testemunham o nascimento de um.
A maioria das galáxias, incluindo a nossa própria, possuem um buraco negro central gigante com milhões de vezes a massa do Sol. De acordo com os novos estudos, publicados no jornal Nature, o buraco negro no centro da galáxia distante, localizada a 3,9 biliões de anos-luz, pode ter o dobro da massa do buraco negro de quatro milhões de massas solares da nossa galáxia Via Láctea.
Fonte: NASA

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