O wallaby Tammar é o segundo marsupial australiano (depois do diabo-da-Tasmânia) a ter o seu genoma seqüenciado. O canguru é um ícone da Austrália - Crédito: Geoffrey Shaw
O resultado deste trabalho internacional, publicado na revista Genome Biology, deverá contribuir para esclarecer muitas das características biológicas invulgares desta pequena espécie de canguru, como o facto do seu período de gestação de 12 meses incluir 11 em que simplesmente hiberna no útero da mãe. Nasce com apenas meio grama, e passa 9 meses protegido na bolsa da mãe.
O canguru wallaby Tammar tem um excelente sentido do olfacto que se descobriu estar ligado a 1500 genes detectores do cheiro. Alem disso, também possui genes responsáveis pela produção de antibióticos no leite materno para protecção dos cangurus recém-nascidos de infecções bacterianas.
Segundo Marilyn Renfree, um dos elementos do grupo de pesquisa, o genoma "pode ser útil na produção de futuros tratamentos para as doenças humanas."
Os antepassados dos cangurus separaram-se dos outros mamíferos, pelo menos, há 130 milhões de anos, pensa-se que a seqüência de DNA é, em determinado sentido, um fóssil vivo das espécies de mamíferos primitivos a partir dos quais os seres humanos evoluíram. Deste modo, o primeiro genoma do canguru é um marco importante no estudo da evolução dos mamíferos.
Fonte: EurekAlert / Público.pt
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