terça-feira, 9 de agosto de 2011

Nagasaki homenageia as vítimas da bomba atómica com mensagem antinuclear

Há 66 anos, em 9 de Agosto de 1945, uma bomba atómica americana lançada sobre Nagasaki matou mais de 100 mil pessoas. A cidade lembra o aniversário e homenageia as vítimas do bombardeamento no Parque da Paz, fazendo um apelo a favor da energia renovável em vez da energia nuclear.

Monumento que marca o hipocentro, ou marco zero, da explosão da bomba atómica sobre Nagasaki - Fonte: wikipédia

Estiveram presentes na cerimónia o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, e representantes de outros 45 países. Pela primeira vez, também participou da homenagem um representante dos Estados Unidos.
No momento exacto em que a bomba "Fat Man" explodiu sobre Nagasaki, os sinos lembraram no Parque da Paz todas as vítimas deste segundo bombardeamento, no final da II Guerra Mundial.

Estátua da Paz, no Parque da Paz, em Nagasaki - Fonte: wikipédia

Na sua Declaração pela Paz, junto à famosa Estátua da Paz, o perfeito de Nagasaki manifestou incredulidade pelo acidente de Fukushima, que aconteceu num país com o compromisso de "não mais hibakusha" (como são conhecidas no Japão as vítimas da bomba atómica). Defendeu o desenvolvimento das energias renováveis que trazem maior segurança à sociedade e pediu aos países possuidores de armas atómicas o fim da proliferação nuclear, um objectivo a ser promovido pelo seu país, para além de mais apoio aos sobreviventes da bomba atómica, muitos deles idosos.
Tal como aconteceu em 6 de Agosto, na cerimônia que lembrou o bombardeamento atómico de Hiroshima, o primeiro-ministro Kan, do Japão, defendeu a redução da dependência japonesa em relação à energia nuclear e uma investigação profunda sobre as causas do acidente na central nuclear de Fukushima, depois do terramoto de 11 de março.
Kan voltou a defender, no seu discurso, os três princípios não nucleares do Japão (não possuir, produzir ou introduzir armas atómicas no país) e, simultaneamente, destacou o compromisso do seu país em contribuir para acabar com a proliferação nuclear.
Fonte: ÚltimoSegundo

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