As imagens do telescópio Huble mostram jactos brilhantes de gás, indicando o nascimento de estrelas. São conhecidos como objectos Herbig-Haro ou objectos HH. O objecto HH 47 está localizado na constelação de Vela, no hemisfério sul. HH 34 e HH 2 situam-se próximo da Nebulosa de Orion, no hemisfério norte - Crédito: NASA/ESA/P. Hartigan (Rice University)
A equipa é constituída por cientistas de vários países, liderada por Patrick Hartigan, da Universidade de Rice, em Houston, nos Estados Unidos. Os astrónomos recolheram numerosas imagens dos jactos de gás, que brilham intensamente e que viajam pelo espaço a velocidades supersónicas em direcções opostas.
Foram usadas as imagens de jactos expulsos por três jovens estrelas durante os últimos 14 anos. As imagens do Hubble permitiram aos astrónomos observar as alterações nos jactos de gás, ao longo de um tempo relativamente pequeno. Na maioria dos processos astronómicas, as mudanças acontecem numa escala de tempo maior do que o tempo de uma vida humana. Os filmes revelam detalhadamente o movimento rápido de saída do gás e como ele se desloca no espaço, assim como pormenores na estrutura dos jactos. São pistas sobre as fases finais do nascimento de uma estrela, que podem ser semelhantes ao que aconteceu ao nosso Sol, há cerca de 4,5 biliões de anos.
Patrick Hartigan salientou que com estes filmes pode comparar-se as observações directas dos jactos com simulações por computador e experimentação laboratorial para entender os processos.
Os resultados da equipa foram publicados no Astrophysical Journal.
Os jactos surgem numa fase activa e de curta duração na formação de estrelas, durando apenas cerca de 100.000 anos. São chamados de objectos Herbig-Haro(HH), em homenagem a George Herbig e Guillermo Haro, que os descobriram na década de 1950. Os astrónomos ainda não sabem qual o seu papel no processo de formação de estrelas ou como a estrela os liberta exactamente.
Uma estrela forma-se a partir do colapso de uma nuvem de gás de hidrogénio frio.À medida que a estrela cresce, ela atrai gravitacionalmente mais matéria, criando um grande disco de gás e poeira que gira à sua volta. Eventualmente, dentro do disco podem formar-se planetas quando a poeira se aglomera. O disco de material gradualmente move-se em espiral para a estrela e escapa como jactos de alta velocidade, ao longo do eixo de rotação da estrela.
Hartigan e os colegas utilizaram o telescópio Hubble para estudar vários desses jactos em três épocas 1994, 1998 e 2008, todos situados a 1.350 anos-luz da Terra, cerca da Nebulosa de Orion, no hemisfério norte e na constelação Vela (The Sails), no hemisfério sul.
Fonte: NASA / Hubble/ESA
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