Peixe-boi-marinho, Trichechus manatus. Pode ser encontrada do litoral dos Estados Unidos até ao Nordeste do Brasil. É um dos mamíferos aquáticos mais ameaçado do Brasil - Fonte: wikipédia
A ecologista Sandra Pompa, da Universidade Nacional Autónoma do México, e a sua equipa tentaram identificar os locais que são cruciais para as populações das 123 espécies de mamíferos marinhos e para as seis espécies de mamíferos de água doce. Os resultados publicados, em 1 de Agosto, na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", revelam nove locais de conservação com os níveis mais elevados de biodiversidade, onde estão concentradas 84 por cento das espécies de mamíferos marinhos e onze locais de conservação “insubstituíveis”, com espécies endémicas.
As áreas de conservação principal, que contém 108 espécies, são as costas da Baixa Califórnia (México), Nordeste da América, Peru, Argentina, noroeste da África, África do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia. As 11 zonas de conservação menores, contendo cada uma espécies únicas específicas, incluem as áreas em torno do Havaí e das Ilhas Galápagos, o lago Baikal, na Sibéria e rios importantes como Amazonas, Ganges e Yangtze.
O estudo também mostra que a maioria das áreas consideradas cruciais para a conservação dos mamíferos marinhos já está ameaçada. Muitos ecossistemas marinhos estão a destruir-se devido, sobretudo, à degradação do habitat, introdução de espécies exóticas e sobre-exploração dos recursos naturais. A navegação comercial constitui, também, uma séria ameaça.
De acordo com Sandra Pompa, “70 por cento das áreas com mais impactos humanos estão perto de um local de conservação crucial”. “Estamos a competir [com os mamíferos marinhos] em termos de navegação ou de poluição. Queremos construir indústrias ou atracções turísticas nas suas casas.”
Para os investigadores, "estes locais chave para a conservação representam áreas críticas de valor conservacionista a nível global e podem ser o primeiro passo para a adopção de estratégias globais com metas claras para as Áreas Marinhas Protegidas”.
Fonte: Público.pt / Guardian
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