O lagarto-verde, Anolis carolinensis, é o primeiro réptil (sem ser ave) que tem o seu genoma sequenciado - Fonte: wikipédia
Os resultados do estudo foram publicados online, em 31 de Agosto de 2011, na revista Nature.
O lagarto-verde Anolis é o primeiro réptil sem ser ave (que também é uma espécie de réptil) a ter o seu genoma descodificado.
Para entender o processo evolutivo do ponto de vista genético, já foram decifrados os genomas de vários mamíferos, incluindo o ser humano, e de aves. O lagarto está mais estreitamente relacionado com as aves - que também são répteis - do que com qualquer dos outros organismos cujos genomas já são conhecidos. Tal como os mamíferos, as aves e os répteis (aqueles que não são aves) são amniotas, isto é, compartilham ovos amnióticos em cujo interior há um meio líquido que permite que o embrião respire e se desenvolva em meio seco.
Durante a época de acasalamento, os lagartos Anolis exibem as gargantas vermelhas infladas para os companheiros - Fonte: wikipédia
Ao longo da História Evolutiva o aparecimento dos ovos amnióticos foi essencial para a colonização do meio terrestre, permitindo aos vertebrados deixar a sua ligação obrigatória à água.
Há cerca de 320 milhões de anos (no período Carbonífero), os amniotas separaram-se em répteis e mamíferos. Actualmente, existem cerca de 4.500 espécies de mamíferos e 17.000 de répteis.
Segundo os investigadores, o código genético do lagarto é um contributo importante no estudo da evolução dos amniotas vertebrados, que até agora tem sido feito apenas com base no ADN dos mamíferos e aves com genoma conhecido.
O lagarto-verde Anolis é um animal muito ágil e activo. Segundo os investigadores, os elementos do seu genoma também revelaram agilidade e uma grande capacidade de alteração. Entre outras coisas, os cientistas descobriram os cromossomas sexuais do lagarto que, como acontece com os mamíferos, parece ter cromossomas XX e XY.
Fonte: ScienceDaily / El Mundo.es
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