A nave Tiangong-1 (Palácio Celestial) foi lançada, com sucesso, no foguetão Longa Marcha 2F, a partir da base de Jiuquan, no deserto de Gobi.
Tiangong-1 (Palácio Celestial), o primeiro módulo experimental da futura estação espacial chinesa, no foguetão lançador Longa Marcha 2F (reprodução)
Este lançamento aconteceu dois dias antes da festa nacional chinesa, celebrada no 1º de outubro. Em 2010, esta data comemorativa foi escolhida para o lançamento de uma sonda lunar, Chang'e-2, como parte do programa de voos espaciais tripulados iniciado há 20 anos. Em 2003, a China tornou-se o terceiro país a enviar homens ao espaço, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.
O módulo lançado hoje, com uma vida útil de dois anos no espaço, será acoplado dentro de um mês à nave não tripulada Shenzhou VIII. Deverão seguir-se outras duas naves com pelo menos um astronauta a bordo, a Shenzhou IX e a Shenzhou X.
A Tiangong-1 girará numa órbita a 350 km de altura, superior à da Estação Espacial Internacional (ISS), e depois descerá até 343 km para o acoplamento com a nave Shenzhou VIII.
Antes de construir a estação orbital permanente, até 2020, onde uma tripulação pode viver de forma autónoma durante vários meses, tal como na ISS, a China ainda deverá fazer vários testes, antes de retirar da órbita o módulo experimental Tiangong-1, em 2013.
O sistema de acoplamento chinês é semelhante ao sistema russo, pois o programa Shenzhou tem uma tecnologia do tipo Soyuz, segundo os especialistas. Se os chineses demonstrarem uma boa capacidade de acoplamento, eles ficam com condições técnicas para desejar ter acesso à Estação Espacial Internacional. No entanto, talvez o maior problema que se levanta à participação da China na ISS seja de ordem política, e que é a posição contrária do governo dos Estados Unidos.
Fonte: ÚltimoSegundo
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