Ilustração do sistema estelar Kepler-19 - Crédito: David Aguilar
"Este planeta invisível torna-se conhecido pela sua influência no planeta que podemos detectar", disse o astrónomo Sarah Ballard, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CFA), e autor do estudo a publicar no Astrophysical Journal.
Os dois mundos, o visível e o invisível, orbitam Kepler-19, uma estrela semelhante ao Sol localizada a 650 anos-luz, na constelação de Lyra. Com uma magnitude 12, a estrela pode ser observada com telescópios modestos nas noites de Setembro.
O primeiro planeta detectado, Kepler-19b, transita a sua estrela cada 9 dias e 7 horas, à distância de 8.4 milhões de milhas, aquecendo a uma temperatura de 900 graus Fahrenheit. Kepler-19b tem um diâmetro de 18.000 milhas, um pouco maior que o dobro do tamanho da Terra.
Como Kepler-19b não está só, o seu trânsito adianta-se ou atrasa-se cinco minutos. Estas variações no tempo do trânsito mostram que o planeta está a ser atraído pela gravidade de outro mundo (Kepler-19c), alternadamente acelerando ou abrandando.
No Sistema Solar, o planeta Neptuno foi descoberto de forma semelhante, quando os astrónomos verificaram que a órbita de Urano não correspondia às previsões. Percebendo que outro planeta distante poderia estar a deslocar Urano, eles calcularam o local esperado para esse mundo invisível. Pouco tempo depois, Neptuno foi observado por telescópios, perto da posição prevista.
"Este método é uma grande esperança para encontrar planetas que não podem ser encontrados de outra forma", afirmou o astrónomo de Harvard e co-autor do estudo David Charbonneau.
Fonte: NASa/Kepler notícias
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