Escaravelhos fósseis coloridos, bem preservados, a cutícula é altamente reflexiva e cores metálicas brilhantes (Chrysomelids) - Crédito: M. McNamara.
Paleontólogos dos Estados Unidos encontraram dez fósseis de escaravelhos que conservam perfeitamente a sua forma e exoesqueletos intensamente coloridos, apesar de terem entre 15 milhões e 47 milhões de anos.
Segundo o estudo publicado na 'Proceedings of the Royal Society B', os cientistas conseguiram averiguar que as cores que vemos agora nos escaravelhos diferem ligeiramente das cores que eles tinham quando estavam vivos. A descoberta vai permitir conhecer melhor como eram estes animais há milhões de anos.
A maioria dos fósseis foi encontrada em jazidas na Alemanha e Estados Unidos. As diferentes cores das suas cutículas resultam da interacção da luz com a fina capa de material que cobre o seu exoesqueleto.
Para determinar como o processo de fossilização afectou as cores originais dos escaravelhos, os cientistas examinaram as nanoestruturas dos escaravelhos antigos (por exemplo com microscópios de electrões) e concluiram que as alterações moleculares, durante a fossilização, provavelmente alteraram a sua coloração em direcção à extremidade vermelha do espectro de cores, transformando, por exemplo, um escaravelho normalmente amarelo para uma cor mais laranja.
Deste modo, ficaram a saber que os tons verdes observados nos fósseis deveriam ser azuis no escaravelho vivo ou os violeta se transformaram em azul ao fossilizar.
Para Maria McNamara, investigadora principal, as cores podiam servir para os escaravelhos se comunicarem ou regular a sua temperatura.
Fonte: El Mundo.es
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