Durante o grande bombardeamento, os meteoritos que atingiram a Terra deixaram ouro e outros metais preciosos - Fonte: wikipédia
Durante a formação da Terra, o ferro fundido deslocou-se para o seu centro formando o núcleo. A grande maioria dos metais preciosos, com mais afinidade com o ferro, emigrou para o núcleo de ferro fundido logo que a Terra se formou, por isso eles não deveriam estar no manto, onde são mais abundantes que o previsto.
Esta abundância é explicada como o resultado de uma chuva cataclítica de meteoritos que atingiu a Terra, depois do núcleo estar formado. Deste modo, todo o ouro trazido pelos meteoritos se concentrou apenas no manto e não se afundou para o núcleo.
Para testar esta teoria, investigadores da Universidade Britânica de Bristol compararam a composição de rochas com quase 4.000 milhões de anos de antiguidade encontradas na Gronelândia - antes do grande bombardeamento tardio - com amostras mais modernas.
Estas rochas antigas permitem conhecer a composição da Terra pouco depois da formação do núcleo e antes do bombardeamento dos meteoritos.
Através de medições de alta precisão dos isótopos de tungsténio nas rochas, os cientistas comprovaram que a composição do manto terrestre mudou depois do bombardeamento dos meteoritos há cerca de 3.900 milhões de anos, 650 milhões de anos depois da formação do Sistema Solar.
De acordo com o professor Matthias Willbold, da Universidade de Bristol, "O nosso trabalho mostra que a maioria dos metais preciosos em que se baseiam as nossas economias e muitos processos industriais essenciais vieram para o nosso planeta por uma feliz coincidência, quando a Terra foi atingida por biliões de toneladas de asteróides".
Fonte: Universidade de Bristol / El Mundo.es
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