A tecnologia de células-tronco fornece alguma esperança de que os rinocerontes-brancos do norte consigam sobreviver, apesar de terem sido completamente eliminados dos seus habitats - Fonte: wikipédia
Cientistas do Scripps Research Institute anunciaram ter produzido as primeiras células-tronco de espécies ameaçadas, obtidas a partir da pele dos animais. Os cientistas escolheram o macaco mandril (Mandrillus leucophaeus), um primata altamente ameaçado e geneticamente próximo do ser humano, e o rinoceronte-branco do norte (Ceratotherium simum cottoni), que está geneticamente muito longe dos seres humanos mas que é uma espécie muito ameaçada. Estas células podem, eventualmente, ajudar a garantir a sobrevivência das duas espécies.
As células-tronco estão a tornar-se rapidamente numa importante ferramenta para tratamentos médicos humanos e agora os pesquisadores querem que também seja útil aos animais dos zoológicos, inclusive no tratamento de diabetes e outras doenças animais, bem como ajudar a melhorar a reprodução das espécies ameaçadas.
De acordo com o estudo publicado na Nature Methods, a importância das células-tronco resulta do facto de que podem ser induzidas a formar qualquer tipo de célula do corpo dos animais. Se as células forem transformadas em células de espermatozóide ou óvulo poderão ser utilizadas em reprodução assistida para aumentar as populações e a diversidade genética de determinadas espécies em perigo. No entanto, ainda há muito trabalho a desenvolver.
As células-tronco podem ajudar no tratamento de doenças dos animais como, por exemplo, a diabetes do macaco mandril em cativeiro - Fonte: wikipédia
Estes dois animais foram escolhidos porque eles podem beneficiar das células-tronco agora. O macaco mandril sofre de diabetes, quando em cativeiro e o tratamento da diabetes, à base de células-tronco, que está a ser investigado nos humanos sugere que também pode funcionar nos primatas.
O rinoceronte foi escolhido porque é uma das espécies mais ameaçadas do planeta, com apenas sete animais, todos em cativeiro. Eles não se reproduzem há vários anos, e como são muito poucos há falta de diversidade genética, o que põe em risco a sua sobrevivência.
"A melhor maneira de gerir as extinções é preservar as espécies e os seus habitats", disse o pesquisador Oliver Ryder, do San Diego Zoo. "Mas isso não funciona sempre. A tecnologia de células-tronco fornece alguma esperança de que os rinocerontes consigam sobreviver, apesar de terem sido completamente eliminados dos seus habitats".
Fonte: LiveScience
Sem comentários:
Enviar um comentário