Tigres-da-Tasmânia no zoo de Beaumaris, em Hobart, 1910 - Fonte: wikipédia
Os resultados do estudo, publicado no jornal Zoology , da Sociedade Zoológica de Londres, sugerem que a reputação do tilacino como grande caçador de ovelhas foi exagerada e pode ter apressado a sua extinção.
O tigre-da-Tasmânia (Thylacinus cynocephalus) foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné, foi extinto na Austrália continental milhares de anos antes da colonização europeia do continente, mas sobreviveu na ilha da Tasmânia, juntamente com diversas espécies endémicas, incluindo o diabo-da-Tasmânia, outro símbolo da Austrália tal como o tilacino. A perda de habitat e das suas presas, assim como a perseguição e caça, contribuiram para o seu desaparecimento.
Apesar do seu declínio evidente, o tigre-da-Tasmânia só recebeu protecção oficial do Governo da Tasmánia cerca de dois meses antes de morrer o último exemplar conhecido no Zoo de Hobart, em 7 de Setembro de 1936.
Em 2009, o diabo-da-Tasmânia foi declarado em perigo de extinção, devido a uma doença mortal que está a afectar a população selvagem - Fonte: wikipédia
Na investigação, os cientistas usaram técnicas avançadas de modelagem de computador, e simularam vários comportamentos predatórios usando os músculos das mandíbulas, incluindo morder, rasgar e puxar, para prever os padrões de stress no crânio de um tilacino e dos dois maiores carnívoros marsupiais que restam, o diabo-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisii) e o tiger quoll (Dasyurus maculatus). As três espécies representavam os grandes mamíferos carnívoros na Tasmânia, na época da colonização europeia.
Tiger quoll ou Quoll-de-cauda-pintada, o maior mamífero marsupial carnívoro da Austrália. É considerado um superpredador - Fonte: wikipédia
Comparando o desempenho do crânio do tilacino com o das espécies vivas relacionadas, os investigadores conseguiram prever o tamanho provável do corpo das suas presas. Segundo eles, os tilacinos competiam com outros carnívoros marsupiais pelos pequenos mamíferos, como cangurus e gambás (possum).
Para os especialistas, quanto mais especializada for uma espécie, mais vulnerável ela é à extinção, sobretudo entre os grandes predadores. No caso do tigre-da-Tasmânia, uma perturbação do ecossistema, como a que resultou da forma como os colonizadores europeus alteraram a terra, pode ter sido suficiente para empurrar esta espécie para a extinção.
Fonte: ScienceDaily
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