sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Relembrando o satélite UARS, que está a poucas horas de cair na Terra

Os astronautas da missão STS-48 do Discovery captaram esta fotografia do UARS quando foi retirado do compartimento de carga do vaivém espacial, com a ajuda do seu braço robótico, em 15 de Setembro de 1991. O satélite, com o tamanho de um autocarro, foi colocado numa órbita a 575 Km de altitude, voando entre 57 graus norte e sul de latitude - Crédito: NASA/Earth Observatory

Há vinte anos, os astronautas do vaivém espacial Discovery, utilizando o braço robótico da nave, lançaram o Satélite de Pesquisa da Atmosfera Superior (UARS) em órbita terrestre. Os seus dez instrumentos científicos foram programados para observar componentes químicos fundamentais da atmosfera e estratosfera superior, e para descobrir como a luz solar aquece o ar e provoca mudanças nessa química.
UARS é mais recordado pelos estudos da camada de ozono e o buraco de ozono na Antárctida, em particular o papel do cloro, halocarbonos e óxidos nitrosos na destruição do ozono.
O satélite também foi perfeitamente posicionado para observar o transporte de aerossóis vulcânicos e do arrefecimento da atmosfera, como consequência da erupção do Monte Pinatubo. Muitos registos a longo prazo sobre o clima, tais como medições da radiação solar e gases de efeito estufa, iniciaram-se ou continuaram com a missão UARS.
A missão foi desactivada em 2005 e substituído por outros satélites que conseguem fazer estudos mais avançados sobre as mesmas características da atmosfera.
UARS permaneceu no espaço mais 17 anos do que foi projectado para a sua vida activa. De acordo com o último comunicado da NASA, espera-se que ele atravesse a atmosfera terrestre nas próximas horas, queimando grande parte das suas quase seis toneladas de hardware, e espalhando cerca de 26 fragmentos (500 Kg) na superfície da Terra.
Inicialmente a sua queda estava prevista para o final da tarde de 23 de Setembro, mas o satélite foi desacelerando à medida que entrou em atrito com as camadas progressivamente mais espessas da atmosfera. A reentrada é esperada no início de sábado, 24 de Setembro.
Fonte: NASA/Earth Observatory

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