O lixo espacial é um potencial perigo para as missões espaciais tripuladas e robóticas - Crédito: ESA
O relatório, encomendado pela NASA , diz que a quantidade de materiais perigosos circulando a Terra atingiu um "ponto de inflexão" e representa um perigo real e crescente para os satélites e a Estação Espacial Internacional, e sugere o desenvolvimento de uma estratégia de limpeza.
Segundo os especialistas, a NASA deve fazer uma melhor gestão do "lixo espacial", que, cada vez mais, coloca em risco as operações espaciais humana e robótica.
Os objectos no espaço, que vão desde partes de foguetões a minúsculas partículas de líquido refrigerante, são rastreados por radares terrestres operados pela NASA e outras agências espaciais. Cerca de meio milhão de fragmentos e objectos maiores que um centímetro estão em órbita baixa, ao redor da Terra. Há dezenas de milhões de partículas maiores que um milímetro.
Mesmo partículas minúsculas de poeira podem causar graves danos às naves espaciais e satélites, devido à imensa velocidade a que viajam.
A potencial ameaça de detritos espaciais aumentou quando a China destruiu um satélite meteorológico em órbita com um míssil, em 2007, como parte de um teste anti-satélite, e dois satélites colidiram sobre a Sibéria, em 2009 .
Estes eventos duplicaram a quantidade de detritos de fragmentação catalogados no espaço, que havia permanecido quase constante nos últimos 20 anos.
O relatório acrescenta que a NASA pode ter que lançar operações para remover lixo espacial em órbita, ou encontrar outras maneiras de reduzir os perigos colocados por detritos. Com a retirada dos vaivéns espaciais, não existem outros meios já testados para poder recolher satélites desactivados ou outro lixo espacial a partir da órbita.
Embora diversas empresas e agências já estejam a estudar maneiras de limpar o ambiente espacial, qualquer programa destinado a remover lixo espacial pode enfrentar sérios obstáculos jurídicos, porque, segundo as regras actuais, cada país recolhe apenas os seus próprios objectos. A NASA estima que cerca de 30% do lixo espacial pode ser atribuído aos Estados Unidos.
"A guerra fria terminou, mas a sensibilidade extremada em relação à tecnologia de satélite continua", disse George Gleghorn, co-autor do relatório.
Fonte: Guardian
Sem comentários:
Enviar um comentário