O brilhante enxame NGC 2100 encontra-se na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea. Este aglomerado de estrelas fica perto da Nebulosa da Tarântula. O aglomerado mais pequeno, perto da margem direita da imagem e um pouco abaixo da zona central, é NGC 2092 - Crédito: ESO
As cores que aparecem nas nebulosas dependem das temperaturas das estrelas que as iluminam. As estrelas quentes jovens da nebulosa da Tarântula, que se situam no superenxame estelar RMC 136, encontram-se em cima e à direita da imagem e são suficientemente poderosas para fazerem brilhar o oxigénio, aparecendo na imagem como uma nebulosidade azul. Por baixo do NGC 2100, o brilho vermelho indica que ou se atingiu as regiões mais afastadas de influência das estrelas quentes da RMC 136 ou a região está sob a influência de estrelas mais velhas e frias, que apenas conseguem excitar o hidrogénio. As estrelas que compõem o NGC 2100 são mais velhas e menos energéticas e por isso têm pouca ou nenhuma nebulosidade associada a elas.
Esta imagem mostra o ambiente dramático do aglomerado de estrelas NGC 2100, na Grande Nuvem de Magalhães. A imagem é dominada pela Nebulosa da Tarântula, a região de formação de estrelas mais activa no Grupo Local de galáxias, que inclui a Via Láctea - Crédito: ESO
Os enxames de estrelas são grupos de estrelas que se formaram mais ou menos ao mesmo tempo, a partir de uma única nuvem de gás e poeira. As estrelas de maior massa tendem a formar-se no centro do enxame, enquanto que as de menor massa dominam as regiões mais exteriores. Este facto, juntamente com o maior número de estrelas concentradas no centro, torna o centro do enxame mais brilhante que as suas regiões exteriores.
O NGC 2100 é um enxame aberto, o que significa que as estrelas estão ligadas gravitacionalmente de modo relativamente solto. Estes enxames têm um tempo de vida que se mede em dezenas ou centenas de milhões de anos, já que eventualmente se dispersam devido a interações gravitacionais com outros corpos. Os enxames globulares que, à primeira vista, parecem semelhantes, contêm muito mais estrelas velhas e estão ligados gravitacionalmente de maneira muito mais forte, tendo por isso tempos de vida muito maiores: mediram-se em muitos enxames globulares idades tão antigas como a do próprio Universo.
Assim, embora o NGC 2100 possa ser mais velho que os seus vizinhos da Grande Nuvem de Magalhães, é ainda considerado um jovem pelos padrões dos enxames estelares.
Esta imagem utiliza dados do arquivo do ESO e que foram selecionados por David Roma, participante do concurso de astrofotografia Tesouros Escondidos do ESO 2010.
Fonte: ESO
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