domingo, 23 de outubro de 2011

Também há estrelas no céu que são vampiros

Ilustração de uma estrela vampiro, sugando a matéria da sua companheira

A supernova é uma maneira em que uma estrela pode terminar a sua vida, explodindo num gigantesco fogo de artifício. As supernovas tipo Ia são particularmente importantes em Cosmologia, pois podem ser usadas como "velas padrão" para calcular distâncias no Universo e, por isso, são úteis para calibrar a expansão acelerada do Universo, impulsionado pela energia escura.
Apesar do hidrogénio ser o elemento mais comum no Universo, estas supernovas não apresentam o hidrogénio no seu espectro. Os cientistas pensam que as supernovas tipo Ia são produzidas em sistemas compostos por duas estrelas, onde uma delas é uma anã branca, o que resta no final da vida de estrelas como o nosso Sol.
As anãs brancas representam o produto final da evolução de estrelas com massas iniciais não superiores a algumas massas solares. Uma anã branca é composta por um núcleo estelar em final de combustão, abandonado quando uma estrela como o Sol ejecta as camadas exteriores no final da sua vida activa. Este núcleo é composto essencialmente por carbono e oxigénio. Este processo normalmente dá origem à formação de uma nebulosa planetária.
Quando estas anãs brancas se comportam como vampiros estelares, sugando a matéria da estrela companheira, acabam por se tornar mais pesadas que determinado limite, que é quase 1.4 vezes a massa do Sol, o que as torna instáveis e consequentemente explodem, como uma bomba termonuclear queimando o hidrogénio e o carbono de forma explosiva.
Fonte: ESO

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