No canal Ares Vallis, em Marte, destaca-se a cratera Oraibi, com cerca de 32 Km de diâmetro, cheia de sedimentos e com a borda sul destruída pela água. Em 1997, a missão Pathfinder, da NASA, poisou nesta região, 100 Km a norte da cratera, numa área fora do lado direito da imagem. A imagem foi obtida pela sonda Mars Express, em 11 de Maio de 2011 - Crédito: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
Recentes imagens da sonda Mars Express, da ESA, mostram o grande canal designado por Ares Vallis, com grande concentração de jovens crateras e outras mais antigas, parcialmente destruídas, pela passagem da água, em tempos antigos.
As imagens, obtidas em 11 de Maio de 20011, revelam que grandes quantidades de água devem ter atravessado Ares Vallis com grande força, provavelmente há mais de 3,8 biliões de anos.
No canal destaca-se a cratera Oraibi, com cerca de 32 Km de diâmetro, cheia de sedimentos e com a borda sul destruída pela água. O grande fluxo que erodiu parcialmente esta cratera também destruiu as margens e escavou canais paralelos no leito do canal, indicando a direcção do fluxo. Permaneceram algumas pequenas ilhotas acima do fundo do vale, e que também mostram o caminho do fluxo.
No chão e no planalto, à esquerda da imagem, há uma série de sinais de crateras. Estes eram crateras completamente formadas, mas a água ou o vento destruiu as suas bordas e encheu-as com um depósito de sedimentos. A sua presença no planalto sugere que mesmo estes terrenos altos podem ter sido parcialmente invadidos por enchentes. Os montes solitários que podem ser vistos provavelmente representam o que resta do planalto original.
Para além das características antigas, as imagens divulgadas pela ESA, e que podem ser vistas neste endereço, mostram também crateras de impactos mais recentes na superfície de Marte. Observam-se aglomerados de pequenas crateras e outras alinhadas, como acontece quando um asteróide ou outro corpo se divide em muitos pedaços na atmosfera antes de cair no chão.
A cratera Oraibi tem cerca de 32 km de diâmetro. Está cheia de sedimentos e parte de sua orla foi destruída pela água. No passado distante, grandes volumes de água devem ter atravessado Ares Vallis. Pode ver-se um aglomerado de jovens crateras à direita da imagem, que foi obtida pela Mars Express, em 11 de Maio de 2011 - Crédito: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
Estes aglomerados de crateras também se podem formar quando um grande impacto ejecta fragmentos de rocha com força suficiente para atirá-los a quilómetros de distância antes de voltar à superfície, criando novos impactos, as chamadas crateras secundárias.
Nas imagens, os aglomerados de crateras são relativamente jovens e provavelmente formaram-se durante os últimos 20 milhões de anos, pois se tivéssem mais tempo teriam sido erodidos.
Fonte: ESA
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