O vídeo animado percorre os vários continentes, mostrando as zonas afectadas pelo fogo. Desde a Austrália até à América do Norte, as áreas que sofreram incêndios entre 2002 e 2011, estão marcadas a vermelho. Podem ter sido causados tanto para fins agrícolas como não intencionados. Entre as áreas mais afectadas estão matas de eucaliptos, grandes zonas de pastagens, campos agrícolas, savanas ou florestas tropicais.
A NASA lançou uma série de novos mapas de dados que mostram os milhões de fogos detectados em todo o mundo, a partir do espaço, na década de 2002-2011.
As observações foram feitas a partir do instrumento Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), a bordo dos satélites Terra e Aqua da NASA. Foram detectados mais de 40 milhões de incêndios em África, América, Ásia, Austrália, Rússia e alguns países europeus.
Os dados globais mostram que 70% dos fogos do mundo ocorrem na África, a maioria devida a práticas agrícolas e também a tempestades. No outro extremo encontra-se a América do Norte, apenas com 2% de superfície queimada em todo o mundo.
África tem muitos mais fogos do que qualquer outra região do mundo. Em Julho deste ano, grandes incêndios cobriam uma boa parte do continente. Os incêndios mais brilhantes, observados pelo instrumento MODIS, são mostrados em cor laranja e amarelo - Crédito: NASA
Há muitos anos a NASA mantém um programa de acompanhamento de incêndios que ocorrem no mundo, utilizando satélites, aviões e ferramentas terrestres. Os dados permitem aos cientistas estudar como o fogo afecta o ambiente a nível local, regional e global.
A América do Sul apresenta constantemente fogos, em grande parte da floresta amazónica, com picos de actividade em Setembro e Novembro. Quase todos os incêndios na Amazónia resultam directamente da actividade humana, incluindo o corte e as queimadas, porque os altos níveis de humidade na região tendem a evitar a ocorrência de incêndios naturais - Crédito: NASA
Com os novos mapas, os cientistas podem entender a distribuição global dos incêndios e determinar em que zonas e de que forma a frequência dos fogos pode estar relacionada com as alterações climáticas e o crescimento da população. Além disso, a monitorização dos incêndios florestais fornece pistas valiosas para compreender melhor a evolução do clima terrestre, o estado dos ecossistemas e o ciclo global do carbono.
Em 28 de Outubro próximo, a NASA lançará a partir da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, um novo satélite de observação da Terra (National Polar-orbiting Operational Environmental Satellite System Preparatory Project) ou NPP, cujos dados ajudarão a aumentar a compreensão, a longo prazo, das alterações climáticas e a melhorar as previsões meteorológicas.
Mais informações na webpage sobre a Década de incêndios. (em inglês)
Fonte: NASA
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