Imagem do asteróide Lutetia captada pela sonda Rosetta da ESA - Crédito: ESA 2010 MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA
A Agência Espacial Europeia divulgou um novo estudo sobre o asteróide Lutetia 21, baseado nas observações da sonda Rosetta que sobrevoou o asteróide, em 10 de Julho de 2010, à distância de 3170 Km. Os primeiros resultados da sua análise, publicados em três artigos da revista 'Science' , sugerem que este corpo espacial irá fornecer pistas importantes para a compreensão da origem do nosso Sistema Solar.
Os dados recolhidos pela sonda mostraram que é um corpo celeste com características únicas, diferentes de todos os asteróides já conhecidos.
Devido à alta densidade do asteróide, os astrónomos acreditam que Lutetia possui um núcleo denso e uma camada mais exterior, de vários quilómetros, que se fragmentou com os multiplos impactos sofridos e que foram registados pela sonda Rosetta. Isto sugere que Lutetia provavelmente se originou durante os estágios iniciais da formação do sistema planetário. Deste modo, o asteróide é um objecto planetesimal, isto é, um dos primeiros "blocos de matéria" com que se formaram os planetas.
Para os cientistas, Lutetia pode ser um corpo cujo desenvolvimento planetário não continuou, ficando um corpo grande o suficiente para desenvolver e reter um núcleo denso, mas não atingiu a dimensão de planeta.
Imagens da câmera OSIRIS, da sonda, revelaram que o asteróide está coberto por uma camada de regolito, poeira e fragmentos resultantes dos impactos na superfície. Tem 121 Km de comprimento, 101 Km de altura e 75 Km de largura. A superfície do asteróide está profundamente marcada por crateras de impactos sofridos durante os 3,6 biliões de anos de vida.
O asteróide Lutetia foi a segunda paragem da missão Rosetta, da ESA, que começou em 2004. Na sua viagem espacial, Roseta visitou, em primeiro lugar, o pequeno asteróide Steins, encontrando-se agora, em hibernação, a caminho do seu objectivo principal, que é o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em 2014.
Fonte: ESA / El Mundo.es
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